Querer bem

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A felicidade é igual, quer se encontre numa pessoa rica quer numa de condição humilde.

Se tens fé, acharás que o caminho da virtude e da felicidade é muito curto.

As oportunidades do indivíduo não as definiremos em termos de felicidade, mas em termos de liberdade.

Simone de Beauvoir
BEAUVOIR, S. O Segundo Sexo Vol 1: Fatos e Mitos, Difusão Européia do Livro, 1967

A maior felicidade do homem é poder dar - e nunca pedir.

A imaginação é a primeira fonte da felicidade humana.

A felicidade é no amor um estado anormal.

O dinheiro é instrumento de felicidade, mas não é a felicidade.

Viver é ansiar a felicidade possível e a impossível.

A felicidade é como o vidro; tem, como ele, o brilho e a fragilidade.

Felicidade, árvore frondosa de dourados pomos. Existe, sim, mas nós nunca a encontramos porque ela está sempre apenas onde nós a pomos, e nunca a pomos onde nós estamos.

Nós não somos felizes, e a felicidade não existe; apenas podemos desejá-la.

A felicidade nunca é grandiosa.

Poucos são os que nunca tiveram uma oportunidade de alcançar a felicidade e menos ainda os que aproveitaram essa oportunidade.

Convidar alguém é encarregarmo-nos da sua felicidade durante o tempo que estiver sob o nosso teto.

A felicidade solitária não é felicidade.

Boris Pasternak
Doutor Jivago

Passamos três quartos da vida a preparar a felicidade. Mas quantos gozam o último quarto?

A alegria de saber que você existe faz-me forte para suportar a tristeza de sua ausência. Eu amo você!

Não permito que nenhuma reflexão filosófica me tire a alegria das coisas simples da vida.

Sigmund Freud

Nota: Trecho de entrevista com George Sylvester Viereck.

Quem sou eu? A alegria de quem me ama, a tristeza de quem me odeia e a ocupação de quem me inveja!

Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria e peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque – a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras – e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos!
Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam mais bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Crônica Por não estarem distraídos.

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