Quente
Garçom! Nem mais um cálice de tristeza!
Sirva-me uma porção quente de alegria e um amor a moda antiga, sem gelo. Traga-me também duas taças, hoje quero brindar à felicidade que a tristeza de outrora me trouxe.
Nem toda noite é fria, nem toda noite é quente, nem toda noite é amena, mas quando estou ao seu lado a noite fica plena e serena.
Eu? Ando. Precisando, é claro. De vento, de música, de viagem, de fotos. De momentos, quente, frio, morno. Precisando.
Noite quente...estou suando..preocupado...inconformado com as andanças da vida...ah porque ela e assim..dessa forma..desse jeito...insistindo sempre na perfeição ...essa perfeição ridícula..que todos insistem em demonstrar...ligo o radio...ele e perfeito..traz as notícias com perfeição..com a graça das imperfeições humanas...por isso sao notícias ...Sao diferentes e demonstram a realidade humana..mais já nao quero mais imperfeições ...nem pessoas perfeitas..quero apenas a noite...o sono..o amanha diferente...mais suave..mais gelado e eu aqui a pedir tão somente a refrega...o carinho...a perfeição com uma porção de graça regada aos beijos e abraços da mulher amada!!!
Na brisa suave sinto o calor do teu olhar quente.
Na maré e na maresia descubro o meu sonho
e minha fantasia.
Vejo cores, lembro amores, sinto saudade.
Vejo minha vida como filme passando em preto e branco
sem emoção, sem noção, sem rumo.
Sei que vou, só num sei pra onde nem onde.
O caminho é incerto, deserto, sem cor.
Mas tenho certeza que no meio do caminho descobrirei
onde chegar.
Seguirei seus passos, seus traços,seu andar !
Pela lua
Numa noite quente de verão
Fui procurar na lua minha inspiração
Sua beleza me encanta e me fascina
É de tamanha grandeza que me alucina
Apreciando a rainha
Do mais romântico clarão
Que sempre linda e graciosa
Torna até a mais quente noite fabulosa
E já com o orvalho da manhã
Despeço-me da madrugada
Que foi pela divina lua iluminada
Agora resta esperar
Outra vez o momento de encontrar
Durante a noite quente ou fria
O esplêndido luar
"Às vezes o café é meio amargo, o suco meio azedo e a água um pouco quente. Mas quem disse que tenho que suprir a demanda do outro, quando nem a minha estou suprindo? Nesse momento percebo a necessidade de ressignificar às relações"
Se um raio ou o céu atravessar, e o sol mais quente te aquecer, é sol querendo se mostrar,pedindo passagem para viver...
Autumn
Eu te desejo
um dia de outono...
nem tao quente que te bronzeie..
nem tao frio para que te recolhas.
... Eu te desejo
um cheiro de folhas douradas..
como tapetes no chao...
e um cheiro de fruta madura.
Me dizem sempre: seja fria, seja fria, seja fria!
Mas não consigo, sou tão quente quanto água em ponto de ebulição.
A questão é que não consigo ser fria, mas não é aconselhável que me faça esquentar demais, por dois motivos:
- Fogo pode queimar; e
- Sentimentos também evaporam.
A noite é muito mais sincera. Ela pode ser solitária e ao mesmo tempo quente, acolhedora. Quando a claridade se esconde, podemos encontrar os medos, angústias, ansiedade, sonhos e frustações no cantinho do nosso quarto, junto com a bagunça que evitamos organizar. Sem uma sombra pra nos escondermos, automaticamente suportamos os temores durante o dia, com medo de sermos notados em momentos frágeis. Sempre gostei do frio da solidão, do timbre do silêncio. Traduções nas noites em claro.Palavras, lembranças, soluços... adeus sono.
Uma lembrança
Lembro-me perfeitamente. Revoltado, o sangue quente borbulhava em minhas veias. Esvaziei meus bolsos, respirei fundo e saí. Deixei para trás tudo o que poderia crer ser precioso. Não havia caminho à trilhar, meu destino era incerto. Caminhava. Enquanto o fazia, pensava, principalmente sobre os motivos que me levaram a caminhar. A frustração me confundia. Não os encontrei. Mesmo assim, continuei.
No começo, apenas observava o mundo ao meu redor. Encontrava-me descobrindo inúmeros detalhes que sempre passavam despercebidos devido ao caos do dia-a-dia. Um olhar atento bastava para me corrigir. Caminhava sozinho, sempre pensando. Após horas, os pensamentos foram interrompidos por súbitos lapsos de sanidade mental. Me perguntava sobre o porquê de caminhar. Não os dava atenção, algo me movia a continuar, embora fosse essa razão desconhecida. Após dias, pesava sobre mim o castigo da fome. Pensava, agora, sobre as pessoas que tem fome. De onde elas tiram forças para continuar a caminhada? Maltratado, apenas continuava a andar, alimentando-me com restos encontrados durante a jornada. Alimentava-me também de esperança de chegar, embora local específico não era sequer imaginado. Andava. A dormência de meus pés era um lembrete constante do quanto havia caminhado. Incessante, ela se mantinha pronta a me desencorajar a qualquer minuto. Pensamentos me abateram: como fazem as pessoas cujos “pés dormentes” não as permitem andar como agora faço? Visto isso, redobrei a concentração e me mantive firme.
O suor escorria pela minha face, já há muito tempo suja pela terra do asfalto e longo período sem práticas de higiene convencionais. Minha cabeça se mantia erguida. Com meu olhos ligeiramente abertos, tentava me guiar através das miragens impostas por um Sol inclemente. O sal os fazia arder, mantendo-me cego. Imaginava: como podem as pessoas caminhar sem enxergar? Descobri razão pela qual caminhar: chegar. Esperava saber onde.A chuva caía. Lavava meu corpo e alma. As vestes, agora molhadas, pesavam. Tanto quanto minha consciência, por ter partido de forma tão inesperada, tal como a tempestade que me surpreendia. Olhava para o céu e apenas me entregava à sua fúria. Me sentia rejuvenescido, com espírito renovado. Sensação como nunca antes havia sentido. Questionei-me: como podem as pessoas viver e nem sequer apreciar esses pequenos momentos? Pensei em meu lar. Um turbilhão de rostos conhecidos, momentos vividos e erros, como nunca ter apreciado a chuva. Parti, em meios as poças: essas, de lágrimas. A exaustão por fim me venceu. Pernas trêmulas, cabeça pesada e respiração falha. Uma simples distração: fui ao chão. Cogitava como teria sido se, desde o princípio, tivesse lá permanecido, não caminhado. Estático no chão frio, mal conseguia me mover. Movimentava-se apenas minha mente. Ao fechar os olhos por completo, um filme era visto. Imaginava se estaria morrendo. Me dei conta de que não seria possível: eu já estava morto. Morto por dentro. Sempre obedecendo à rotina, aos caprichos dos que me rodeavam. A revolta tentou se manifestar, mas toda vontade já havia sido minada de meu ser. O sono foi longo, mas pareceu curto.Ao acordar, uma surpresa: uma mão. Estendida diante de mim, oferecia-me alimento e conforto. Sendo carregado, lembro-me de me sentir como um fantoche, em um teatro. O que, de fato, eu era. Deitado em uma cama confortável, descansei. Ao acordar, um banho e uma refeição. Logo dirigi a palavra à pessoa que ao meu lado estava, queria saber que circunstâncias a levaram a me ajudar. Disse-me que viu em mim mais que um corpo estirado ao solo, mas uma alma carente de ajuda. Completou por dizer que nada além de suas possibilidades havia feito: nada que uma pessoas de bem faria por outra de valor equivalente. Não me cobrou a breve estadia, nem os alimentos. Desejou-me boa sorte, na viagem que chamou de “vida”. As lágrimas voltaram. Mas dessa vez eram diferentes. Só pude agradecer e partir, diferentemente de como no começo de minha viagem. Ao sair daquela humilde casa, refleti: como podem as pessoas não crer na bondade, na compaixão? Senti-me envergonhado pelos meus momentos de revolta, normalmente associados a assuntos esdrúxulos. Por fim, acordei. Tudo não passou de um sonho, embora extremamente real. Mas, embora fantasia, meus pensamentos permaneceram intactos em minha memória. Tudo o que pensei, chorei e senti: toda a jornada. Nada pude fazer a não ser ajoelhar e agradecer. Ser grato por descobrir que há muito a ser observado além de uma primeira impressão, grato por não sofrer devido a fome, por ser capaz de me mover com minha próprias pernas, de ver com meus próprios olhos, de saber que os pequenos momentos da vida fazem dela tão fascinante e grato por ter aprendido a acreditar nas pessoas.Desde o começo, a chegada sempre foi a largada e o que me movia era fé: em um mundo onde as pessoas pudessem ser agradecidas pela grande dádiva da vida que possuem.
Líder nato é aquele que nasce com o solstício virado para uma praia quente e, estilo de liderança voltado para o equinócio da lua.
Sou fria, sou quente. Sou feia, sou bonita. Sou chata, sou legal. Sou sonsa, sou inteligente. Sou mutável, sou uma só. Sou bipolar, sou diferente. Sou raivosa, sou calma. Sou triste, sou alegre. Sou confusa, sou decidida. Sou complexa, sou fácil. Sou rejeitada, sou aceita. Sou odiada, sou amada. Sou sínica, sou franca. Sou pessimista, sou realista. Sou esquecida, sou lembrada. Sou imprudente, sou responsável. Sou desajeitada, sou cuidadosa. Sou bagunceira, sou organizada. Sou mentirosa, sou sincera. Sou chorona, sou sorridente. Sou incapaz, sou capaz. Sou ausente, sou presente. Sou egoísta, sou recíproca. Sou exibida, sou vaidosa. Sou desnecessária, sou essencial. Sou desprezível, sou importante. Sou atacada, sou admirada. Sou cópia, sou original. Sou plágio, sou exclusiva. Sou produto, sou gente. Sou platônica, sou qualidade. Sou rancor, sou amor. Sou tudo isto que dizem; sou tudo o que pensam. Sou tudo o que as pessoas falam e comentam pelos cantos. Mas sou tudo isto, ou uma coisa e outra, na cabeça de cada um, em que cada pessoa tira suas próprias conclusões, e julga quem sabe, de forma errada e precipitada sem antes conhecer e saber realmente a verdade da qual esta comenta. Nem tudo o que parece, é. Nem tudo o que demonstra ser de um jeito, talvez seja. Nem tudo que é matéria, é vida: a pedra é um exemplo! Talvez, dentro desta pessoa que tu julgas errado, apenas tenha um coração bom de menina, e um sorriso escondido esperando o momento e a oportunidade certa para mostrá-lo. Portanto, que tal dar-me uma chance?
O frescor do mato verde,
A densa relva molhada,
O cheiro do café fresquinho,
O pão quente chegando à mesa.
O ninho do passarinho,
A folha seca caindo,
O vôo da borboleta,
A lenda do boi da cara preta.
O vento assobiando,
Pingos de chuva gotejando,
O Sol vivo e brilhante,
A lavadeira cantarolando.
O dia amanhecendo,
As nuvens passando,
A flor se abrindo
E a criança brincando.
Eis algumas coisas da vida!
E que na verdade não são pequenas...
São simplicidades, sutilezas.
Que passam despercebidas,
Pois as capacidades de tão grosseiras.
Perderam a percepção, das verdadeiras riquezas.
Sabe mesmo o que eu queria ?
Te beijar todo dia
Transformar em quente a cama fria
Te chamar de minha rainha e
Te ouvir dizer que sem mim não viveria.
Na verdade
O que eu mais queria
é dizer que foi pensando em você
que eu escrevi todas essas linhas.