Quente
E, fatalmente, vão se cruzar por aí. São tantas as esquinas. Vocês vão beber um café quente juntos, falar amenidades, sobre novos cortes de cabelo, você está bonita e você mais maduro, como está sua mãe e tudo mais. Nos momentos de silêncio, baixarão o queixo, com medo de amarrar olhares.
A INGRATIDÃO !!!
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A ingratidão arde como marca na pele com ferro quente ,
ferida aberta por alguém que você tanto ajudou,
quando a ingratidão chega, machuca a alma...
Mas um dia a ferida sara, a dor passsa..
mas deixa a lembrança numa cicatriz,
para que jamais esqueçamos,o que causou essa marca de uma ferida ,
e a dor que ela deixou.
Mas logo vem o perdão,
que supera a ingratidão,
limpando nossa alma e coração,
da sujeira que ela deixou.
Se você não estiver preparado,
para suportar a ingratidão,
ela chega, te derruba e te joga no chão!
O antidoto contra essa erva daninha,
chamada "ingratidão",
chama-se amor,misericórdia e perdão !
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texto de Gilberto braga
Sonho genealógico
Era uma noite de verão, estava quente e eu dormia.
Alguns instantes após comecei a sonhar e o que sonhei agora relato.
No sonho eu estava em minha própria casa revirando compartimentos e gavetas em busca de documentos que me permitissem convergir para o meu passado.
Queria descobrir o nome de meus bisavôs e trisavôs, etc. Contudo todo meu esforço era vão. Subitamente minha mãe apareceu no sonho e explicou-me que os papéis aos quais eu anelava estavam na antiga casa de meus avôs, naquele sitio onde passávamos todos os anos-novos.
Despedi-me da minha mãe e corri com afinco e esperança para a casa mencionada; enfim eu desbravaria minhas origens. Naquela paisagem onírica a casa estava tão bela quanto era na realidade - claro que minha mente usara minhas antigas lembranças para arquitetar aquele sonho - e toda uma atmosfera nostálgica pairava por sobre as arvores, a casa e os animais. Quando atravessei os umbrais da casa deparei-me com uma montanha de papéis amarelecidos atirados sobre os cômodos e o chão enquanto outros estavam fixados ao teto, como se a casa já estivesse a minha espera.
De repente ajoelhei-me sobre aqueles documentos e no primeiro que pus as mãos li o nome e o sobrenome do meu bisavô materno. Meus olhos pareciam não acreditar no que estavam lendo, parecia um sonho dentro de outro sonho. Eu descobriria tudo, tudo o que sempre ansiara para descobrir.
Tomado de euforia e já rascunhando e esquematizando minha arvore genealógica senti com se meus sentidos estivessem me abandonando, suave e perversamente eu acordava chocando-me com a realidade, a triste realidade onde estou perdido em um emaranhado de dúvidas que se conectam a outras dúvidas numa teia infinitamente colossal.
O golpe de misericórdia veio quando recobrei a consciência e lembrei-me que eu jamais encontraria essas respostas na casa de meus avôs, porque ela não passava de cinzas. Em futuro algum eu decifraria meu passado.
Minhas raízes sempre desapareceriam um pouco além dos meus pais, como se minha família tivesse surgido a pouco mais de cem anos nesta terra anciã, consumidora de vidas, algoz de todos os séculos.
Somente os sonhos trazem o que a realidade se nega a revelar.
Essência de negão: É o que te mostra a diferença entre carícia e pegada. Cheiro forte, corpo quente (boca com febre), química perfeita.
O Silencio - João Paulo Borges
A chuva cai lá fora.
Aqui dentro sempre parece mais quente
Mais quieto, mais vazio.
O silêncio toma conta,
separa a consciência da realidade,
encosto minha cabeça no travesseiro másio.
Procuro não pensar em nada,
não lembrar de nada.
Principalmente em minha amada.
Misterioso esse silencio.
Que bebi as horas tão tardio.
Alguém abre a porta,
a enfermeira entra no quarto,
tentando me dar um remédio
que eu adio.
Tomo-o sem coragem, sem vontade.
A farmeira sai do quarto
e eu volto ao silencio amigo.
Ela estava quente...
impaciente pelo seu toque,
em choque pela sua falta,
alta no delírio abstinente;
latente a sua boca
loca por um beijo seu.
Ela o queria morno
no forno de seu pequeno ventre,
entre um suspiro,
um espirro, e lento
cento e uma vezes.
(Fogo)
Acordando na quente tarde de Goiás! Saio da cama e o sol bate na minha cara com força, Me retrato, me amo e me odeio, Aquela presença me irrita, aquela ausência me grita, me mata, daí me odeio novamente pelas complexidades dos fatos e me amo ao mesmo tempo. Nosso sentimento é bipolar!
Outono da minha vida
Adentrando ao outono da minha vida,
Um paradoxal inverno quente me anima.
E a primavera, florida, faceira e sorridente
Reflete a esperança de um dezembro caloroso,
Com o verão pulsando caloroso em minhas veias.
Com certeza um natal muito feliz
Entre familiares e amigos.
Um “adeus ano velho” ruidoso
Com prazerosos brindes, fortes abraços,
Estalados beijos e furtivas lágrimas.
Mais um Ano Novo repleto de promessas.
Que aventuras viverei em janeiro?
Viagens, estradas, novas paragens.
Fevereiro de olhares, sorrisos e afagos.
Conquistas merecidas, achados fortuitos,
Quiçá novos amores, explosivas paixões,
Prazeres incontáveis, noitadas inesquecíveis.
Assim a vida se renova, até a hora da partida.
Março trará corações dilacerados,
Almas partidas, bilhetes rasgados,
Pulseiras, anéis e colares jogados.
Roupas rotas, tênis gastos,
Revistas dobradas, livros esquecidos.
Enfim, páginas viradas, vidas passando.
Os passos antes largos, agora lentos,
Os olhos lassos, as nuvens altas,
Prolongados suspiros, ais, sussurros.
O tempo escoando entre dedos e frestas,
As ondas do mar lavando lamentos,
Na areia desenhando imagens funestas...
(J.M. Jardim, setembro/2013)
Você sabe saudade?
Aquela que vem sem avisar como um vento quente que toca a nuca, trazendo de leve o seu cheiro. Aquela mesma que é doce e molhada como o primeiro toque dos lábios num copo de água gelada no calor de meio-dia, que traz de leve o seu gosto, o doce salgado da sua boca.
É assim que não sinto agonia mas um prazer largo em te esperar, uma graça e uma alegria esperando o momento em que estes meus olhos cansados vão tocar a sua imagem e o meu coração vai disparar, eu vou te abraçar e tocar os seus cabelos. E os nossos rostos, os nossos gostos, as nossas roupas vão se confundir e não estaremos mais sós.
DOCE SERPENTE
...sou doce
sou quente
sou amável
e as vezes carente...
...mas tome cuidado
para não me assanhar
se me atiçar viro serpente
destilo friamente
meu veneno...
...veneno de prazer e sedução
o "tome cuidado" é que você
pode correr o risco de não
mais sair das minhas mãos...
Se o seu coração é de gelo, não se aproxime do meu!
Pois, o meu é bem quente e pode fazer sumir o seu...
Jamais me esqueço que sonhei um dia
Que numa tarde quente de um janeiro
Um velho homem de expressões grosseiro
Uma carruagem pobre conduzia
Nessa carruagem muita carga havia
E o bicho que puxava não ligeiro
Trazia marcas em seu corpo inteiro
Pois que o seu dono tanto lhe batia.
Furiosa ao ver tal ato vergonhoso
Um fogo me subiu e, em tom honroso
Comprei-lhe o bicho e disse: “não se esqueça
“O mundo gira e, então, não perca o siso
“O mesmo fado provedor do riso
“Torná-lo pode um dia o que padeça”.
Nada como uma boa chuva para me trazer um chocolate quente, o cobertor, e um bom livro onde eu possa me aventurar.
Tão exato e nefasta quanto a minha vida...
Fraco e frio feito a noite ainda que quente.
Mentiroso e inescrupuloso é o coração da gente.
Sou o vinho que nunca acaba
a solidão ao cair da tarde
o banho quente que revigora
a massagem que consola
Sou chuva que molha
as mãos entrelaçadas
Sou céu estrelado
no vento da noite fria
Sou a viagem às origens
o quintal perdido
Sou o sonho impossível
a distância inalcansável
Sou a fuga e o fugidor
a dor da lágrima
o calor do abraço
no reencontro
Sou o que te falta
o que mais odeia
e por isso te completo
sendo eu apenas metade
Sou porto seguro
chama de vela
açoitada por um forte vento
sou o mar elameado
Sou teu, ainda que livre
sou a angústia
Sou o pecador
a espera da redenção
Frio ou quente, longe ou perto, na América, na Ásia,na África, na Europa ou no Brasil, sempre terá alguém apaixonado . . .
O que eu posso ofereçer!
Poderia te dar o sol,
Mas ele é quente e posso me queimar.
Poderia te dar a lua,
Mas por quem o sol vai se apaixonar?
Te daria o infinito,
mas é muito grande,e trabalho não quero te dar.
Queria te dar as estrelas,
Mas quem o céu brilhará?
Poderia te dar o céu,
Mas como as aves ficariam?
Poderia te dar a terra,
Mas acho que as flores não gostariam.
Queria te dar tudo,
Mas tudo nimguem pode ter.
Então dou o meu amor,
Que é intieramente pra você!!!
Ela é como flor de deserto que brota em solo quente para deter o caos existente em seu coração. Ela não tem muitos amigos, o pouco que ainda lhe resta dá para contar em apenas uma mão, gélida e frágil. Ela prefere escrever em seu bloquinho velho à ter que aturar pessoas e conversas vazias. Ela prefere não ter sentimentos, porém, apenas à ensinaram o que é amar.