Quem Vive
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Os melhores momentos são aqueles sentidos pelo coraçao,aqueles momentos em que a alma vive,muito além do corpo...
Esses momentos únicos ficam gravados na nossa memória,fazem parte de nós...
UM ANO TENEBROSO
O ano é 2020,
A esperança vive nos corações.
Pessoas estão felizes,
Com otimismo e boas vibrações.
Poderíamos ter feito algo,
Maspermitimos acontecer.
Deixamos...
O nosso povo padecer.
A culpa é minha,
Eé sua também.
A culpa é nossa,
Edela não escapa ninguém.
Dela surge um inimigo,
Eele é poderoso.
Minúsculo, praticamente invisível,
Masmuitíssimo perigoso.
Ede repente,
Fomos tomados pelo pavor.
As pessoas deixaram de ser gente,
Epassaram a serem números, que horror!
O ano é 2020,
Eo mundo em destruição.
Medos e desesperos,
Só agora lavam as mãos.
Isso ainda vai acabar.
Logo,voltamos a nos vermos, nos abraçarmos.
Masnão se esqueçam,
Que devemos nos cuidarmos.
Vamos aproveitar cada segundo da vida para vive-la melhor, então viva intensamente. Curtindo nos momentos ociosos apenas as lembranças desses momentos, porque o tempo não volta, o que volta é a vontade de voltar no tempo.
Hoje, mais uma vez acordei motivado, cheio de esperança, energia boa e recarregada, pronto pra viver e acontecer, pronto pra escrever mais uma página da minha história.
Estou pronto para sorrir, cantarolar e fazer desse dia o melhor dia da minha vida.
Aquele que não cumpre o combinado no que trabalha e no que promete, vive no palco dos amadores, sem caráter profissional e social.
Vive agora
Não vivas no passado.
O passado nada te traz.
A não ser aquele mau agrado,
Que relembrar te faz.
Se estás acordado,
Não olhes para trás.
Olha com agrado
Para o que a vida te traz.
Penso em você a todo instante. Você ainda vive em mim, isso é fato! Eu tento não lembrar dos momentos que nós dois vivemos, mas é inevitável. Quando me vejo, já estou revirando os pensamentos, a procura de lembranças que vivemos juntos.
Saber quem somos é o que realmente importa, quando se vive em um mundo de aparências e falsas convicções!
Não é justo que um viva na riqueza, enquanto o outro vive na pobreza.
Qual o mérito de subir na pirâmide fazendo nossos semelhantes de escada? Estudar!? Pra quê!? Pra continuar como escravo ou virar escravagista? Empreender pra humilhar ou se matar de trabalhar?
"Toda pessoa vive e encontra uma outra que marcará a vida para sempre, acredito que AMOR só exista um e uma única vez, nas outras vezes é a tentativa de recuperar o Amor frustrado".
(Auto)Biografia Não Autorizada
Escrever uma (auto)biografia já é uma árdua tarefa por si só. Viver é biográfico. Por mais público e notório que se seja, a distinção entre o público e o privado é ou será sempre a distância elementar entre a cozinha da casa e sua latrina.
Os cômodos de uma casa são praticamente a realização da vida de uma pessoa. E é nela, esse pequeno feudo chamado lar, em que escrevemos com sangue, suor e lágrimas os momentos significativos e significantes de nossa estúpida e singular existência.
Talvez por isto, essa distância tão hegemônica à tantos mundos, em que quartos e salas, áreas distintas entre o lazer e o serviço, sejam tão pouco comensais. Um olhar sobre si mesmo recai muito mais sobre nossas mentiras do que sobre nossas imprudentes verdades.
Ao certo e para tanto: verdades não nos interessam. Por si mesmas já desencantam. Desmistificam. Desmitificam. E isto é trágico.
Ser sincero é ser sozinho: egoísta demais para conviver com a fragilidade da existência e sua incompletude.
Caso não queira ser contrariado, por favor: não nasça! Desejas ser perfeito? Morra!! Somente a morte nos torna, retorna, reflete em si, o que por ventura ou desventura é perfeito.
Há quem diga da perfeição divina. Nem nela, aos 120 anos de idade, um homem de bom senso crê.
Não por sua latente companhia. Aliás, de ambos: Eros e Tanatos. Juventude e decrepitude sempre andam juntas. É como saber e ignorância: como necessitamos de justificativas para nos dizermos sãos. Como precisamos tanto da palavra igualdade para nos afirmarmos únicos e tão únicos, tão donos de nós próprios: livres. Encarcerados em uma bolha de ares não respiráveis, mas livres!
E nada como afirmar: o amor é azul! A terra é azul. O mar é azul. O ouro é azul. A morte azul. A chama da vida: o fogo é azul!!
É... A lua, no entanto, é cor de burro quando foge! Ou algo meio insonso, insípido. A lua é sem sal. E tudo sem sal é, na modernidade de nossos pré-tumulares, bom. É preciso iodo. Não etos, atos. Sei lá mais... Em um mundo formatado em óides, úricos e ídricos, apenas os hídricos e hesitantes são totalmente descartáveis para o bem maior da integridade econômica (reciclável) glocal.
O êxito é uma palavra sagrada. Secreta. Guardiã da eternidade. Mãe da sobriedade. Talvez natimorta. Já que o que se revela no hoje o é em sua totalidade. E há que fale sobre sustentabilidade. Vá entender lá o que é isso!? Na antiguidade, e nunca sequer saímos de lá (se é que lá estivemos ou chegamos!?), era a legalidade da escravidão! O que não está longe, mas bem presente! Enfim, nada como ser troglodita.
Outro dia estava lá, debruçado sobre os escombros de si mesmo e solicitando piedades aos transeuntes, o meu precursor: algo de resto entre o preto, o branco e o qualquer coisa chamado de índio. E rio-me quando afirmam-nos cinza. Acaso trate-se da cor: ainda há como escolher entre escuro ou claro; mas tratando-se de ou da existência, resistência, força, qualidade, propriedade, serve ao menos para salgar a caça que sobrar. Acaso sobre.
Falava-se outro dia sobre a fome. Não a conheço. O que conheço possui outro nome. Chama-se estupidez. E nada é tão farta no mundo quanto a estupidez. Estupidez e ignorância são sinônimos da igualdade que se busca e da sustentabilidade que se conquista no “por ora” das horas extras não pagas.
E cobrá-las acaba por ser direito, porém, incoerente. Afinal, a previdência é a previdência. E para ela hora extra não existe. Não conta como tempo de serviço. Ou se conta, onde estão os dez, quinze anos nelas embutidos e consagrados à vã gloria do proletário. Assiduidade. Nada como ser assíduo. Nada como a mais profunda competência. Relevância. Excelência. É bom também! É ser sustentável... No mínimo: auto-sustentável, ainda que imóvel.
Imóvel. Creio bem mais nesta palavra do que na liberdade ou esperança. Um dia foi-se criança. E hoje é-se velho, arcaico, deprimente, descartável – principalmente se não possuir renda ou recursos. E tem-se apenas vinte anos... O que dizer de quem chegou – sobrevivente – aos sessenta, setenta, oitenta, cem...
E sem é uma palavra derradeira. Porém cada vez mais comum. Assim como imóvel. É... O latifúndio venceu: a cova rasa é um direito legal, porém, distante, bem distante do lugar comum. É um imóvel. Como cada vez mais nos tornamos...
O pedágio está nas ruas, nas vielas, nos becos e avenidas, está nas praças, nos concretos e congressos, nas concretudes constituídas no pânico e no medo nosso de cada dia.
É o patrimônio que somos. O legado que deixamos. A biografia. A historiografia real e ampla de nossas palavras, atos e omissões. E tudo é trabalho. Tudo se resume ao servir, ao prestar, ao eficiente e eficaz. Aos meios e recursos recebidos. Às habilidades e competências adquiridas. Ao uso. Usufruto, talvez!? Usucapião, sempre.
Memórias são assim: fragmentos de nossas conveniências.
E como somos tão determinados por nossas inconveniências. Como somos julgados segundo nossas misérias. Como nos espelhamos tanto em dependências.
O mundo não é um mundo de luzes. Ele é constituído e consagrado através da escuridão. O obscuro e o oblíquo são as forças motrizes da existência. Precisamos muito mais dos vícios do que das virtudes... Pessoas virtuosas não nos são úteis.
E no fim desta, assim como as demais, pouco nos importa ser Dante ou Cervantes: de nada ou pouco a prata abasta. Tanto faz perguntar sobre o caminho: “as aves do passado não repousam no mesmo ninho do agora”.
Ter um Deus apenas, não é algo de bom senso.
Falar de amor não é bom. Amar faz bem, só isso. Saber amar é que é difícil: tanto de aprender, quanto mais, ensinar...
Perdão?! Não conheço! Mas esquecer vale a pena.
Vou viajar. É comum ao tempo fazer-se espaço. Na bagagem quase nada levo. O suficiente para uma semana, ainda que a jornada leve décadas. Esteja onde estiver, lá estarei completamente nu. E isto me é bom e sagaz: ser sempre incompleto. Satisfatoriamente, incompleto...