Quem vai Pagar por isso
Para Vinícius
Agora eu já posso morrer em paz
Eu tenho um milhão de contas a pagar
Mas agora tanto faz
Seu cabelo é o sol
Seus olhos, cor de anis
Dos dedos dos pés
À ponta do nariz
É perfeição
A melhor coisa que eu já fiz
Quando você me olha assim
A minha resposta é sempre sim
Quando você sorri pra mim
Parece que o mundo não é um lugar tão ruim
Eu não toco o chão
Começo a flutuar
Estou nas nuvens
Já as posso até tocar...
Eu não quero que ela
Veja violência ou a dor
Só meu mundo imaginário
De prazer e amor
Perfeição
A melhor coisa que eu já fiz
Quando você sorri pra mim
A minha resposta é sempre sim
Quando você me olha assim
Parece que o mundo não é um lugar tão ruim.
"Capital Inicial-Giulia"
Quando você escolhe uma profissão, tem sempre um preço a pagar. O meu é estar longe da família, longe dos amigos, longe daqueles que realmente querem meu bem. Mas assim vou levando, com alegria, às vezes com tristeza, às vezes solidão. Mas a vontade de realizar o sonho é tão grande que supera qualquer sofrimento.
“Respeito humano”, na linguagem da Igreja, é desagradar a Deus para não pagar mico. É o vício endêmico do nosso tempo.
Vagabundos como eu, que não têm dinheiro pra pagar rolê, sempre precisam de algo mais pra convencer. E eu gosto de rap, sou trabalhador, inteligente, então me diz amor, tá bom pra você, ein?
Entendo que a poluição industrial é o preço do progresso... Mas por que temos que pagar o preço adiantado?
Diz o senso comum: ser jovem é bom, pois não há responsabilidades, contas a pagar e decisões a tomar. Bobagem. Isso também significa não ter as rédeas da vida, ser conduzido, acomodar-se enquanto o outro dirige. Há quem goste dessa posição, há quem perpetue esse suposto lugar cômodo de passageiro. Adultos infantilizados. Mulheres dependentes. Homens morando com suas mães. Filhos eternamente mimados. Povos que adoram seus ditadores.
A liberdade requer sacrifícios, e as pessoas não estão dispostas a pagar por esses sacrifícios. Mas aqueles que acreditam no seu valor e que estão dispostos a se sacrificarem, entenderão a verdadeira finalidade da vida, e estes viverão plenamente.
Teremos de mudar a forma como vivemos neste planeta. Se não o fizermos, vamos pagar um preço muito alto.
Nada pode tornar moral a destruição dos melhores. Não se pode ser punido por ser bom. Ou pagar por ter sido hábil.
No Brasil, tentar viver sem pagar impostos, juros para bancos e salários absurdos para políticos é a mesma coisa que tentar viver sem oxigênio.
Acho que perdi a disposição pra ficar triste, mesmo que apenas de vez em quando. Também para pagar o preço por felicidades emprestadas, aquelas que, durante algumas horas levam às nuvens, mas, a qualquer instante, fazem desmoronar nosso ânimo e nos depositam na morada de Hades. Metaforicamente, claro. O tempo passou pro meu coraçãozinho e ele ficou comodista, não tem mais encanto por flechas de cupido, ao contrário, foge delas com medo da picada. Uma hemorragia a essa altura da vida pode ser fatal.
Não quero mais arrebatamentos, ansiedade se o amado não vem, insegurança se ele silencia por alguma razão. Não quero mais borboletas no estômago, a náusea da emoção desordenada; nem ficar alheia olhando o céu, quando o sinal já abriu e as buzinas nervosas dos carros azucrinam. Não, não quero mais esse estado de graça que, ao menor temporal, nos deixa em petição de miséria existencial.
Não quero mais arrastar correntes ou vagar pelo deserto quando houver desentendimento. Nada de comportar-me com subserviência diante de grosserias e descasos. Não desejo cobrar ou exigir o que quer que seja; o que vier terá de vir naturalmente como deve ser. Abro mão de dançar na chuva em pleno verão, desisto das constelações que poderia ganhar e do céu que sempre me prometeram mas nunca me deram. Desisto da insana sensação de amar para sempre, da ilusão de que existe eternidade... é tão breve o apogeu nas nuvens e tão dolorosa a queda! Quero mais não!
Quero somente ter motivos para manter o sorriso, quero a transparência nos gestos e a verdade com suas botas de couro. Chega de pantufas de lã que não preparam os pés para o chão áspero. Quero a embriaguez do vinho e os olhos fechados para as viagens mais longas; quero a certeza de que tenho os pés fixos à terra, por isso não vou cair a qualquer momento. Chega de vertiginosas derrapagens. O máximo que suporto é um inevitável tropeço.
No balanço da história vivida, virei muitas páginas, rasguei outras tantas e recomecei um novo enredo. A cabeça acima do coração, como Deus fez. A alma protegida das tempestades e o corpo sempre pronto pra não ser apenas mais um corpo, porque não pode morrer a poesia; não quero perder a vontade de acordar todas as manhãs, nem a sensação de que a vida pode recomeçar a cada dia.
Não acredito mais no pote de ouro no final do arco-íris nem em fadas que transformam abóboras em carruagens. Acredito apenas no que os meus olhos alcançam e as minhas mãos podem tocar. Amor platônico só é bonito na literatura... Na vida, o bom mesmo é a realidade, ainda que com suas cores gris atravessando o azul!
Suicídio é quebra de contrato com o destino. É a desonra terminal de um caloteiro que não quis pagar o preço de viver.
Ser humano é movido a sonhos, não a salários. Ser humano é movido a perspectivas, não a pagar contas no fim do mês. Ser humano é movido a propósitos e causas, não a metas dadas pelo seu chefe. Ser humano é um ser complexo e quem consegue compreendê-lo e ajudá-lo a se conhecer e a se superar, pode ser chamado e reconhecido como um Líder. O mundo precisa de líderes e não de meros "pagadores de salários".
As pessoas sabem o que é melhor para elas, mas se não querem, ou não estão dispostas a pagar o preço, vão viver por suas escolhas fracas
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