Quem sabe
Devemos sempre nos lembrar que Gaia nos deu duas orelhas e uma boca, quem sabe devemos escutar duas vezes mais do que falar.
Dia desses
Outro dia talvez,
Quem sabe amanhã,
Quando a chuva passar
E o ar, limpo e claro
Se impregnar do colorido
Que os raio do sol bordar
No horizonte, enfeitando o mar,
Eu traga o meu sorriso
Na hora do Ângelus
E faça uma prece
Em comunhão com o mar.
Outro dia talvez,
Quem sabe amanhã,
Eu caminhe sem rumo
Pela areia macia
Em busca de inspiração
Para uma nova poesia.
Outro dia talvez,
Quem sabe amanhã,
Eu me faça poeta
E junto palavras
Com o dom de te encantar.
Mas terá que ser
Num outro dia, talvez...
Encena teu beijo em meus lábios, como se fosse a primeira vez, quem sabe assim, insensatez, eu acredite novamente em seus ensaios.
Algo nos faz seguir em frente,
talvez seja a esperança,
quem sabe no fundo ela é uma coisa boa
Mas não sabemos ter esperança
porque sempre acabamos dependendo dela.
Agente morre sozinho. O que resta para os que ficam são a dor de ter nos perdido. Ou quem sabe o alívio.
''Quem sabe mais tarde''. ''Ainda não estou pronto''.
Nós sabemos que são apenas desculpas, e que cria espaço para um adiamento que parece não ter fim. A verdade é que a atitude certa deve ser tomada quando não temos vontade. Não temos mais nada a perder, então é a hora de ganhar. E quanto mais cedo tentarmos, mais rápida será a vitória.
Quem sabe esse tempo de espera não seja apenas um teste ou uma provação necessária para que eu perca meus medos infantis de ver um amor partir. Ou ficar. Aprender. Semear. Se amar. É nesse tempo sem alguém do lado que entendo que é preciso saber ser feliz sozinho. Porque quem não é feliz consigo mesmo, não é capaz de ser feliz ao lado de outra pessoa. Afinal, felicidade vem de dentro, não do outro.
E sozinho eu me encontro, debruçado nas janelas da vida, esperando, quem sabe, um amor passar e me invadir.
Fique a vontade, meu bem. Sinta vontade de ficar. Não tenha pressa, quem sabe aqui é o seu lugar. Me mostra tua coragem. Vai, leve tudo de mim. Apague os passos da estrada. Tente nem se quer lembrar daquele nosso tempo, o qual era tão fácil amar.
Diz que quando eu for embora sempre vai me procurar. Não que eu não queira, pois sempre eu vou te amar. E em cada estação que eu não puder estar, levo essa saudade, enquanto não posso te levar. E no fim desse sufoco espero contar com a sorte, se ela existe, que só a morte possa nos separar.
Tô tão confusa, as vezes quero ir, outras quero ficar, quem sabe parar, desistir, esquecer, mas talvez eu deva continuar, tentar de novo, recomeçar. Como disse, tô tão confusa.
A vida é boa para quem sabe viver e, através da fé, tem a certeza de que ela é eterna. Do pulsar do plano espiritual é que emana todo o Axé!
Constatação
Olhei em teus olhos
bem no fundo, e neles
não me vi.
Quem sabe o tempo tenha feito
com que deles eu saísse.
Assim de mim te esqueceste.
E eu, mesmo querendo, não
mais te visse.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Seletividade no olhar de quem sabe o valor que tem, que se conhece bem para não querer qualquer alguém. Serenidade no olha de que vê a hipocrisia e falsidade apontar lhe o dedo sem saberem que já foram julgados. Sanidade no olhar de quem já cometeu muitas loucuras e não se arrependeu por tentar. Sinceridade no olhar de quem já amou muito ao próximo, e continua a amar. Simplicidade no olhar de quem sabe o que é capaz e que sua fé te leva muito além. Para todo o mal o bem, para todo o bem um amém!
Quem sabe?
Eu não sei,
Mas vou averiguar
Se me calhasse
Fazia para resultar
Mas eu não sei
Até pode acontecer nunca saber,
Só queria um pouco enxergar,
Pelo o escrever
Não pelo o amar.
E se eu não souber?
Apenas devaneio
Não pelo o que escrevi
Mas por aquilo que leio.