Quem sabe
Talvez a poesia seja a arte da ilusão
ou quem sabe, arte apenas dos sentimentos,
não importa muito a sua razão,
só quem a sente a recebe em alento
Nao sabemos se o palhaço chora antes de ver o circo pegar fogo e quem sabe sorrir em quanto o show continua nos colocamos máscaras para esconder o riso e o choro ou o show não começa em quanto o palhaço não se prepara.
MAIS QUEM SABE
Mais quem sabe, isso de mim pode ser volúvel
Ao certo fútil
Um sentimento sombrio e escuro
Que perturba minha sanidade.
Mais quem sabe, estar sentindo algo
Impreciso... delicado
Que designa vingança
A minha hostilidade.
Mais quem sabe, um dia jurar por uma libertação
Perdida... esquecida
Que ao certo fracassa aos olhos
Da impunidade
Mais quem sabe, algum momento da
Existência...haja obediência
Naquilo que não posso ser controlado
No ato de calamidade
Nada é inatingível para quem sabe o quer. O que não alcanço com as mãos, alcanço com o coração. O que não realizo hoje, posso realizar amanhã; e o que parece impossível, transformo em sonhos. Mas nunca desisto do que me faz feliz.
Hoje. Minha grande meta para essas férias é resgatar o prazer pelo trabalho, quem sabe descansando, ressignifico minha atuação?! Porque com essa movimentação de coronavírus está tenso, seguindo a tendência dos números. Já não espero mais surpresas e reviravoltas no campo profissional e na relação com chefes e colegas. Todavia, não posso largar tudo a esta altura, estou velho demais para começar tudo de novo, o jeito é pegar o osso e não largá-lo! kkk ! Ou bem jogo a toalha, ou encaro o cabresto. Já tive minha oportunidade, as portas se abrem mais facilmente para quem tem boa aparência. Pode ser estranho, mas infelizmente, ou felizmente, é assim mesmo. Sei que o que me falta na aparência, ganho nas virtudes. Tenho valor e um enorme potencial, mas como posso me aliar a uma boa companhia, se nasci assim? Vivo em um mundo material de pessoa frias!!!! E viva nós, né, Batoré!
Cada um com seu sofrimento, só que
De uma forma diferente, só quem sente
Sabe, só quem sabe sente, ninguém é mais
Inocente.
PAI
Pai, um dia quem sabe, pai?
Quando teus cabelos branquearem,
Tuas retinas cansadas perderem a luz,
Tuas mãos enrugarem,
Tuas pernas enfraquecerem,
Teus filhos que com tanto amor e hombridade.
Tu, só tu, soubeste conduzir,
Serão a luz dos teus olhos,
As mãos que afagarão os teus cabelos brancos,
E as pernas que te guiarão,
Até os dias derradeiros da tua vida.
Pai, um dia quem sabe, pai?
Quem sabe um dia, a gente se encontra em algum lugar, toma umas cervejas e lembramos daqueles dias em que passamos juntos principalmente daquele dia em que você brincou e me perdeu.
AMANHÃ
vai nascer,
quem sabe esse dia
isso acontecer
manhã, tarde, noite
busque agora
não espere anoitecer
acelerado em tempestades
tropeçando em ilusões
me esqueço do presente
me jogo, deixo as razões
siga em frente
poderás ser tarde
perdoe, ame
busque a verdade
faça agora
depois é incalculável
quem sabe amanhã
isso tudo será palpável
pode ser tarde
ou um belo dia
mas não se esqueça
de sorrir, ouvir
curtia a melodia
Amarras
Um dia, te terei em meus braços
Sentirei teus afagos, teus mimos
Quem sabe, poderemos mudar nosso destino
Um dia, conhecerei o teu coração
Longe dessas amarras, longe dessa prisão
Enfim, poderei transformar tuas razões
Numa verdadeira paixão, sem hora de acabar
Sem ninguém para nos amordaçar
ESPERANÇA
Um dia ela chegou...
Sorriso de quem sabe, certeza de quem vive.
Desafiou o impossível, jogou com a razão...
Fez do minuto uma existência, das palavras um elixir mágico,
Das letras, um poema...
Um dia ela chegou,
E no ninho velho e desarrumado deste pássaro errante
O sol amanheceu mais cedo, a lua tardou, o tempo parou
A paisagem se fez quieta. Ninguém mais falava, pois nada mais
Se queria ouvir...
Um dia ela chegou e com seu jeitinho de menina
Fez um coração bater forte, fez vida, fez luz...
Fez renascer o amanhã, na espera do ontem...
Fez do véu da tristeza um manto de alegria.
Um dia ela chegou atrevida
Dizia o não pelo sim, o talvez pela certeza,
Deixava nas entrelinhas, o desejo...
Do acaso fez história, da dúvida acerto...
Fez como chuva que alimenta, no peito cansado brotar forte ...
A flor perfumada do amor...
Um dia ela chegou e como uma deusa,
Tomou posse do meu reino, mudou os móveis, arrumou a casa...
Alterou os rumos, o lado do vento, assim, discreta,
Secreta e apaixonadamente, verdadeira.
e um dia
quem sabe
no dia de são nunca
à tarde
não haverá
mais horrores
nem ditadores
nem desamores
mas se for nunca
pra sempre
que seja à noite
hora de sentir
nossas dores
no silêncio
da solidão
DESENCONTROS
Quem sabe, seja tarde...
Não posso dizer que ainda sejamos os mesmos.
Como poderiamos fingir, quando sentimos que muita coisa mudou.
Quem sabe, nunca mais...
Parece difícil que venhamos a sorrir de forma franca e aberta,
Considerando que hoje, por dentro, nossos mundos estão destruídos e desacreditados.
Quem sabe, venhamos a entender...
E um dia, talvez conseguiremos reconhecer um no outro, alguma razão.
Porque a ferida aberta ainda sangra e agora, estamos acuados e com medo.
Quem sabe, percebamos...
O mal que fizemos e o quanto nos ferimos para fazer valer, nossas verdades.
Falsas verdades que foram nossas bandeiras, cravadas a fundo no nosso amor próprio.
Quem sabe, iremos refletir...
E ver que afinal, somos apenas pessoas que possuem sentimentos.
Que assim como qualquer humano, nos abalamos, sentimos, sofremos e amamos.
Quem sabe, um dia...
Nos encontremos em um momento ou em uma rua qualquer.
Iremos tentar sorrir, fingindo que as mágoas já passaram?
Quem sabe, fique claro...
Que apenas estejamos fazendo parecer ser,
Mas um dia será, sei que sim, só precisamos mesmo, de tempo.
Quem sabe, o perdão chegue...
E venha junto com o entendimento, mas agora, ainda não conseguiremos.
Tudo ainda está recente, latente e marcou demais.
Quem sabe, sejamos felizes...
Afinal, sempre perseguimos a felicidade, não é mesmo?
Mas se não for agora, pode acreditar, nossos corações irão abrandar essa dor.
Quem sabe, voltaremos a amar...
Hoje, parece ser impossível, mas o amanhã irá dizer.
Ainda temos muito a entregar e talvez, depois, reencontraremos a paz.
Limitar-se a pouco, sussurros
e eu súbito penso: vírgulas
sim, quem sabe, de vez em quando
um belo ponto.
Escavar
em um fosso
um poço
para a água da chuva
meter a estaca em pé
para amparar
o novo damasqueiro
e o tempo que passa
enumerá-lo
escandi-lo
sem repetir a trama.
Nas tuas mãos
há um sol
não tão luminoso,
mas, claro e necessário
que calmo adormece
na sua luz opaca.
Não ajunte outro
te põe em movimento
e corre a dar às vinhas
a água que exigem.
Depois desse pesadelo
e mais um dia brilhar
quem sabe o homem aprenda
a Deus e aos seus respeitar,
Sergio Fornasari