Quem sabe
Quem sabe um dia acontece
"Queria ser indolor
Pra não sentir vontade
De te tocar.
Queria ser surda e cega
Pra não ouvir tua voz
E nem te ver,
Ou que eu fosse muda,
Pra não falar a teu respeito...
Melhor ainda, se eu pudesse
Ter Alzheimer pra de uma
Vez por todas esquecer
quem tu és...
E quer saber mais?
Sim, se houvesse um jeito
Eu sacrificaria minha saúde,
Pra me ver curada de ti!"
Talvez fosse apenas ternura se eu me negasse a te amar. Quem sabe tenha sido apenas aventura, mas hoje eu preciso e quero lembrar.
Quem sabe, o motivo por não encontrares o que procuras é pelo foto de procurar nos galhos, ao invés de procurar nas raízes.
“Somos pequenas granadas de hesitação, não somos? Quem sabe até bombas atômicas implosivas. Flertes impulsivos, cartas que não foram enviadas, quiçá escritas. Somos lençóis de aromas distintos, hálitos, diferentes hálitos. Pra você o céu é vermelho, já o meu um cintilante lilás. E continuamos assim, um camuflado de folhas caídas. Calmaria que esvai junto ao vento. Tão leve... Somos as somas dos erros e as sobras das palavras. Somos o diminutivo de carinho: que não existe. Por que não sermos um? Somos aquelas frases clichês ditas no calor da hora, as malditas risadas durante um beijo. Um furacão que não cessa. Paz que não se acomoda, somos um trilho sem fim que não aceita paradas bruscas dentre as estações. E o que eu faço? Se procuro qualquer rastro teu nos variados desatinos dos querubins, em rostos indiferentes, eu procuro. Descubro então que tenho tratado a dor e não a causa dela, que não encontro a melodia que tanto preciso se não for me arrastando por tua rodovia de quase-estrelas. Até o tempo está me perdendo e parece não se importar. Em todos os sentidos, os opostos, os corretos, os incertos. Não acompanha meus rastros, minhas pegadas num sentido torto ou noutro que eu desconheça. Não se convence de que, por sentir demais, minhas direções se tornaram incontáveis. E era assim, apesar do teu todo ser uma tempestade infindável eu sempre me perguntava como conseguira roubar todo o brilho do sol só para si. Aí, entre as queixas, entre a curva do teu queixo, eu compreendo que também somos criminosos, eu com a selvageria imprudente do coração e tu com as gotas de mal-me-quer escorrendo pela boca disfarçadas de veneno doce. Rodopiávamos na mesma sinfonia, contudo não no mesmo ritmo. Os teus olhos expressavam a pressa, os meus procuravam conforto na eternidade de apenas um segundo. Eu até podia supor que éramos os suspeitos habituais de uma pesarosa mágoa que não traz culpa nem vontade, mas sim voracidade e descaso. Entendi que nossos laços, sanguíneos, sarcásticos, abrasadores não se encontravam nas mesmas vielas. Porque nós somos um camuflado de folhas caídas que correm por veias diferentes. Coágulos de finitos desamores.”
♦ No último segundo de vida a gente pensa em quem?
Se amar é sofrer,
quem sabe o coração ainda precisa compreender que não é amor que se sente.
Ou seja,
o coração que nunca aprende,
a amar.
Se lá, do outro lado, além da vida..
quem sabe no espaço...
Não acredito no acaso...
mas se por coincidência nos encontramos
no outro lado da vida...
outra vez,
Se, os nossos olhares se cruzarem...
novamente...
E se continuarmos a ser desconhecidos..
De qualquer maneira,
eu vou te amara do mesmo jeito!
..
QUERER
Queria te tocar, te acariciar
Chega de dizer, quero conversar
Quem sabe te convencer ao dizer
Que não é virtual o que eu sinto por você
Deixa-me ver você, liga o computador
Diz-me onde te encontrar que eu já vou
Essa história de amor por computador
Que era de prazer, hoje é de dor
Posso sentir o perfume de sua pele
Cada vez que pela câmara você se mexe
Até parece que te tenho de verdade
Mesmo distante te amo de verdade
Você some e me machuca sem saber
Faz-me sentir que realmente sou amada
NOSSO AMOR NO QUE VAI DAR
Quem sabe o que o amanhã nós trás
Poucos corações sobrevivem ao amor distante
Tudo o que sei é o que eu sinto quanto é real eu mantê-lo vivo
O caminho é longo, existem montanhas em nosso caminho
Mas nós escalamos um passo a cada vez
Alguns penduram a solidão e vive a sua vida, mas olhando para trás
Tudo o que temos está aqui e agora
O amor nos levanta de onde nós pertencemos
Onde as águias chorar em uma montanha alta
Longe do mundo sabemos que, até nas altas nuvens o vento sobra
O tempo passa não há tempo para chorar
Você esta aqui e as vezes nem consegue ouvir o som?
Fica lembrando de palavras não ditas mas escritas
Fica lembrando de toques não reais mas sentidos
Dos beijos não dados mas desejados
Nem sei mas o que pensar só sei de uma coisa
O amor: Você e eu onde vai dar
Se pretender me deixar, engana o teu coração? Ludibria-o? Quem sabe ele creia que a quem ele pretendia esquecer é, na verdade, quem ainda o mantém aquecido.