Quem Gosta de Ouvir Nao quer Falar

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Muitas pessoas são bastante educadas para não falar com a boca cheia, porém não se preocupam em fazê-lo com a cabeça oca.

Eu nem sempre posso falar aquilo que penso, mas o que não posso falar é exatamente aquilo que eu não devo dizer

É preferivel que lhe falte um milhão a que lhe sobre um centavo...

O conceito de salvação, mencionada vale por reparação, restauração, refazimento. A propósito, habituamos-nos a dizer com referência a um navio que superou diversos riscos “o barco foi salvo” o homem foi salvo do fogo,,salvo para quê? Para continuar a ser úteis,,

Quem não tem razão no que me critica não merece resposta, quem tem está falando a verdade, e contra a verdade ninguém pode. Ouça em silêncio as verdades e as mentiras que tem sido ditas sobre você.

Sou adepto da verdade, mas acho que a verdade não deve ser lançado na cara de ninguém...Jesus silenciou diante de Pilatos. Naquelas circunstâncias andiantava dizer alguma coisa? Nunca prevaleça da verdade para humilhar alguém, a verdade que esmaga está destituída de amor, o que totalmente contrária a lei de Cristo.

Às vezes é possivel auxiliar alguém apenas com o silêncio, falando aos nossos ouvidos é como se estivessem falando aos ouvidos de Deus.

Não nos convém perguntar em excesso. A criança pergunta muito mas não está apta para todas as respostas. Somos crianças espirituais.

Sinceramente não sei como os espiritos conseguem produzir por meu intermédio, um sujeito bronco como eu...creio que sou medium, se ninguém acreditasse eu seria obrigado a acreditar...

Ninguém tem o direito de julgar, o único que poderia ter feito _Jesus_ silenciou. Ora se o mestre não lavrou nenhuma espécie de sentença condenatoria, com que direito nos arvorariamos em juizes da conduta alheia?

Eu não sei como alguém pode duvidar da existencia de Deus!... acreditar que o universo possa ser obra do acaso? Diante da grandeza da criação, nos ainda estamos de rastros, somos poeiras cosmica _ não deveriamos sequer nos atrever a olhar as estrelas sem reverência...

Se eu fosse esperar melhores condições espirituais para servir, até o momento não teria começado...

Deveriamos pedir a Deus para viver muito... depois dos 70 a gente não tem animo para ter qualquer coisa contra alguém.

A natureza é a face do perdão de Deus, se as arvores frutiferas não nos perdoasse a agressividade exagerada, não teriamos a refeição de cada dia.

Não podemos nos impor a ninguém. O tempo é que vai nos modificando a poucos. Devemos ganhar o coração da pessoa, quem não ganha o coração não ganhará o cerebro, mudando os pensamentos de quem deseja ajudar.

O jugo leve é o do Cristo. Do jugo forte ao jugo pesado ao jugo leve há uma ponte dificil de ser transposta_ a dos nossos hábitos.

O Senhor não nos ensinou a pedir o pão, mais dois carros, e um avião ele ensinou: Senhor o pão nosso de cada dia, dá-nos hoje, se fossem necessárias mais recursos para sermos felizes, Jesus teria acrescentado.

Disse certa vez que nunca ia cair,,, a pessoa me olhou admirado chamando me orgulhoso, como diz “nunca vou cair”...respondi: “ Não posso cair, pq nunca me levantei.

Pensava que escrevia por timidez, por não saber falar, pelas dificuldades de encarar a verdade enquanto ardia, arvorava, arfava. Há muitos que ainda acreditam que começaram a escrever pela covardia de abrir a boca. Nas cartas de amor, por exemplo, eu me declarava para quem gostava pelo papel, e não pela pele, ainda que o caderno seja pele de um figo. O figo, assim como a literatura, é descascado com as unhas, dispensando facas e canivetes. Não sei descascar laranjas e olhos com as unhas, e sim com os dentes. Com as mãos, sei descascar a boca do figo e o figo da boca, mais nada. Acreditei mesmo que escrever era uma fuga, pedra ignorada, silêncio espalhado, um subterfúgio, que não estava assumindo uma atitude e buscava me esconder, me retrair, me diminuir. Mas não. Escrever é queimar o papel de qualquer forma. Desde o princípio, foi a maior coragem, nunca uma desistência, nunca um recuo, e sim avanço e aceitação. Deixar de falar de si para falar como se fosse o outro. Deixar a solidão da voz para fazer letra acompanhada, emendada, uma dependendo da próxima garfada para alongar a respiração. Baixa-se o rosto para levantar o verbo. É necessário mais coragem para escrever do que falar, porque a escrita não depende só de ti. Nasce no momento em que será lida.

Dá-me a tua mão desconhecida, que a vida está me doendo, e não sei como falar – a realidade é delicada demais, só a realidade é delicada, minha irrealidade e minha imaginação são mais pesadas.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Queria te falar tantas coisas, queria te falar do meu amor que muito tempo não é correspondido, queria te falar de minhas lágrimas, do meu sofrimento, da minha dor e da minha paixão.

Não tenha medo da quantidade absurda de carinho que eu quero te fazer. Nem de eu ser assim e falar tudo na lata. Nem de eu não fazer charme quando simplesmente não tem como fazer. Nem de eu te beijar como se a gente tivesse acabado de descobrir o beijo. Nem de eu ter ido dormir com dor na alma o fim de semana inteiro por não saber o quanto posso te tocar. Não tenha medo de eu ser assim tão agora.

Não é ser fria, é ser cuidadosa. Não é ser grossa, é falar a verdade.
Não é ser metida, é ter amor próprio. Não é ser difícil, é ser seletiva.
Você precisa ser mais franca e esperta. Tanto homem por ai querendo uma mulher interessante igual a você, e você ai perdendo tempo atrás desse menino? Acorda amiga, mulher precisa de homem, e homem precisa de mulher. Meninos só precisam de uma mãe e um playstation.

Os excluídos

Ao contrário do que o título desta crônica possa sugerir, não vou falar sobre aqueles que vivem à margem da sociedade, sem trabalho, sem estudo e sem comida. Quero fazer uma homenagem aos excluídos emocionais, os que vivem sem alguém para dar as mãos no cinema, os que vivem sem alguém para telefonar no final do dia, os que vivem sem alguém com quem enroscar os pés embaixo do cobertor. São igualmente famintos, carentes de um toque no cabelo, de um olhar admirado, de um beijo longo, sem pressa pra acabar.

A maioria deles são solteiros, os sem-namorado. Os que não têm com quem dividir a conta, não têm com quem dividir os problemas, com quem viajar no final de semana. É impossíver ser feliz sozinho? Não, é muito possível, se isso é um desejo genuíno, uma vontade real, uma escolha. Mas se é uma fatalidade ao avesso - o amor esqueceu de acontecer - aí não tem jeito: faz falta um ombro, faz falta um corpo.

E há aqueles que têm amante, marido, esposa, rolo, caso, ficante, namorado, e ainda assim é um excluído. Porque já ultrapassou a fronteira da excitação inicial, entrou pra zona de rebaixamento, onde todos os dias são iguais, todos os abraços, banais, todas as cenas, previsíveis. Não são infelizes e nem se sentem abandonados. Eles possuem um relacionamento constante, alguém para acompanhá-los nas reuniões familiares, alguém para apresentar para o patrão nas festas da empresa. Eles não estão sós, tecnicamente falando. Mas a expulsão do mundo dos apaixonados se deu há muito. Perderam a carteirinha de sócios. Não são mais bem-vindos ao clube.

Como é que se sabe que é um excluído? Vejamos: você passa por um casal que está se beijando na rua - não um beijinho qualquer, mas um beijo indecente como tem que ser, que torna tudo em volta irrelevante - você inclusive. Se lhe bate uma saudade de um tempo que parece ter sido vivido antes de Cristo, se você sente uma fisgada na virilha e tem a impressão que um beijo assim é algo que jamais se repetirá em sua vida, se de certa forma este beijo que você assistiu lhe parece um ato de violência - porque lhe dói - então você está fora de combate, é um excluído.

A boa notícia: você não é um sem trabalho, sem estudo e sem comida - é apenas um sem-paixão. Sua exclusão pode ser temporária, não precisa ser fatal. Menos ponderação, menos acomodação, e olha só você atualizando sua carteirinha. O clube segue de portas abertas.

Dom de Iludir

Não me venha falar
Na malícia de toda mulher
Cada um sabe a dor
E a delícia
De ser o que é...

Não me olhe
Como se a polícia
Andasse atrás de mim
Cale a bôca
E não cale na bôca
Notícia ruim...

Você sabe explicar
Você sabe
Entender tudo bem
Você está
Você é
Você faz
Você quer
Você tem...

Você diz a verdade
A verdade é o seu dom
De iludir
Como pode querer
Que a mulher
Vá viver sem mentir...

Minha criança

Peço licença para falar na minha criança, a que mora aqui dentro e não me abandonará jamais. Talvez com a morte eu até regresse a ela. Os quase setenta anos que dela me separam não a removem. Ela ali está, magra e tímida, a me olhar e ditar comportamentos e reações.

Minha criança esteve em todos os meus filhos e aparece no meus sete netos. Ela se refaz da morte da irmã e abre os olhos para o mundo, com a certeza de que veio ao mundo para alguma missão, embora sempre se considere inferior ao tamanho da mesma.

Minha criança sente enorme saudade de pai e da mãe com quem o adulto já não conta salvo no exemplo, na saudade e nas orações quando me domina uma fugidia sensação de estarem, incorpóreos, a meu lado, mas sem se manifestarem.

Minha criança possui incomensuráveis solidões diante do mistério do infinito. Ainda recua diante do violento, embora não o tema, e ainda se infiltra em episódios de distração e inocência inexplicáveis num homem com minha carga de vivências. Minha criança ainda gosta de abraço caloroso, proteções misteriosas e de um modo de rezar que o adulto nunca mais conseguiu tais a entrega e a total confiança no mistério e na proteção de Deus.

Minha criança carrega o melhor de mim, é portadora de meu modo triste de falar de coisas alegres e de algum susto misterioso sempre que se lhe impõe alguma expectativa d enfermidade. Minha criança é inteira, mansa, bondosa e linda. Eu a amo, preservo, e dou boas gargalhadas quando a vejo infiltrar-se nas graves decisões de algumas de minhas responsabilidades adultas. Ninguém a vê, salvo eu. Ninguém a acaricia, salvo eu, que a estimo, procuro e admiro mais a cada dia e com quem converso histórias infinitas, que somente a imaginação pode conceber no universo maravilhoso da fabulação interior e solitária.

Diariamente passeio com minha criança e estou muito feliz por cumprimentá-la, levar-lhe balas, nuvens, aquele cão da meninice, as canções de minha mãe e os carinhos de meu pai, levar-lhe os presentes que ganhava de meu padrinho e toda a enorme vontade de Ser que então adivinhava para a minha vida. Vida que chegou, ameaça passar, e da qual não me arrependo.

Minha criança adivinhou em seus sonhos o adulto que eu queria ser. E traz alegria e esperanças à minha idade atual. Hoje sou, há muito tempo, o adulto que sonhei ser. Talvez com menos tensões, mas igualzinho em meu modo de amar a vida.

Queria te falar tantas coisas. Queria te falar do meu amor que muito tempo não é correspondido, queria te falar das minhas noites de insônia, de minhas lágrimas, do meu sofrimento, da minha dor e da minha paixão. Mas tudo foi em vão, você não liga, não dá a mínima, mas eu queria te fazer feliz. Infelizmente, você não me dá oportunidade de mostrar todo o meu amor. Você não me deu a oportunidade ao menos de falar, hoje sofro…Mas queria te explicar toda a razão do meu amor. Quem sabe esse querer não se transforma em ter um dia. Pois eu realmente quero ter você ao meu lado… Quem sabe um dia.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Lá vou eu aqui de novo falar de mim, porque não consigo mais falar de ninguém. Lá vou eu aqui de novo tentando me conhecer, porque sei que a gente não conhece ninguém.

Acabei de tomar meu Diempax, meu Valium 10 e um Triptanol 25, e a chuva promete não deixar vestígios.

Eu olho a janela, e quando vou percebendo algo me transporto para Feira Velha e não sei se sinto saudade ou se eu não tenho medo de morrer.

Mergulho no baú. Revejo, repasso as minhas teorias, fico me perguntando porque eu não choro e qual a última vez que chorei. Fico com raiva de minha bobagem, digo que é isso mesmo, tocar o barco pra frente.

Levanto e fico achando que o ser humano é engraçado.

Disse pra mim. Nenhum pio. Não vou falar nada. Já que sou tão imprópria, inadequada, boba. Já que nunca basto e se tento me excedo. Já que não sei o que deveria ou exagero em querer saber o que não devo. Nunca entendo exatamente, nunca chego lá, nunca sou verdadeiramente aceita pela exigência propositalmente inalcançável. Meu riso incomoda. Meu choro mais ainda. Minha ajuda é pouca. Meu carinho é pena. Meu dengo é cobrança. Minha saudade é prisão. Minha preocupação chatice. Minha insegurança problema meu. Meu amor é demais. Minha agressividade insuportável. Meus elogios causam solidão. Minhas constatações boas matam o amor. As ruins matam o resto todo.

Podia falar de quando te vi pela primeira vez, sem jeito, de repente te vi assim como se não fosse ver nunca mais, e seria bom que eu não tivesse visto nunca mais, porque de repente vi outra vez, e outra e outra, e enquanto eu te via nascia um jardim de flores nas minhas faces.

Não venha me falar de razão.
Não me cobre lógica.
Não me peça coerência.
Eu sou pura emoção.
Tenho razões e motivações próprias.
Sou movido por paixão.
Essa é minha religião e minha ciência.
Não meça meus sentimentos.
Nem tente compará-los a nada.
Deles sei eu.
Eu e meus fantasmas.
Eu e meus medos.
Eu e minha alma…

Certas coisas se sentem com o coração. Deixa falar o teu coração, interroga os rostos, não escutes as línguas.

Umberto Eco
O Nome da Rosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004.

Não é suficiente falar sobre a paz. É preciso acreditar nela. E não basta acreditar nela. É preciso trabalhar para alcançá-la.

Costumo chorar, quando estou com raiva. Comer, quando não tenho nada para fazer. Falar sozinha, quando não tenho ninguém. Costumo me deixar levar, até cair novamente.

Ficar em silêncio não significa não falar, mas abrir os ouvidos para escutar tudo que está a nossa volta.