Quem Diria
Do texto "Parte de um Sonho, Parte de Uma Vida"
Substancialmente só, diria. Calvo, magro e artístico. Dizem que toco violão...
- Atenção. Um, dois, três. Preparados? Quero tocar.
- Seu nome? Qual é? - alguém grita do fundo do bar.
Penso em dizer meu nome, mas não me cai bem. Sou assim, indeciso. Quero tocar e só. Nada de apresentações.
- Quer me ouvir tocar ou não?
- Mas qual é o seu nome? - pergunta uma jovem ruiva, bochechuda, sentada na primeira mesa. Reparo que ela bebe algo barato e sem efeito muito forte na lucidez. Ela gosta de blefar.
- Meu nome...
Percebo que as pessoas no bar começam a se interessar por essa parte e param de conversar para esperar minha resposta. Consegui. Atraí a atenção do meu público. Já posso começar...
- I've got an angel... - e deslizo os dedos suavemente nas cordas do violão.
E acordo.
Meu amor… Quem diria que um dia eu fosse te chamar de meu. Pois é, ironia do destino mesmo, tantas coincidências … E olha só hoje, estamos aqui, firmes e fortes. E eu ainda me lembro do nosso primeiro beijo, foi tão louco. Uma amizade que cresceu assim, do nada, uma coisa que agente só vê em novela mesmo. Brigas e mais brigas, e muito amor depois delas, cada lágrima derramada, cada noite sem dormir, cada beijo, cada abraço e cada loucura ficarão para sempre na minha memória… Não dá pra esquecer, nem sequer dos minimos detalhes. E eu sempre vou me lembrar, sempre e sempre… Você foi mais do que perfeito para mim, foi paciente, sincero e verdadeiro… E me amou como ninguém […] Você, e só você, conseguiu ser tão perfeito, a ponto de me conquistar por inteiro, me deixar perdida, loucamente apaixonada por você… E hoje, sou dependente dos teus carinhos, do teu amor, do teu calor, da tua voz… Sou dependente de você.
Qual é a diferença entre autoanálise e introspecção? Eu diria que atravessamos a linha divisória entre autoanálise e introspecção quando não fazemos outra coisa senão nos examinar, e quando essa autoanálise se torna o fim dominante da nossa vida. Devemos nos examinar periodicamente, porém se o fazemos constantemente, colocando, por assim dizer, a nossa alma num recipiente para dissecá-la, isso é introspecção. E se estamos sempre falando com os outros a respeito de nós mesmos, de nossos problemas e dificuldades, e nos aproximamos deles com uma carranca, dizendo: "Tenho tantos problemas!" — provavelmente isso significa que estamos sempre com nossa atenção toda concentrada em nós mesmos. Isso é introspecção, e pode levar à condição conhecida como morbidez.
Parnasianista
Jeito esnobe de ser
Vive sobre ele mesmo
Quem diria depois de tudo
Ser o nada do ao todo talvez?
Sua alma não o reconhece
Não é mais quem se preste
Só evolui e envelhece
Nesta praça e desfavorável messe.
Cada linha que escreve, justifica seus pensamentos em prol do bem maior.
Mas que bem é esse que visa o nada?
Nada, não visa o bem. Se visasse algo não seria seu significado.
...Após a uma ida...
Ele muda para pior
Entope-se em sua angústia, e pensa como se não tivesse fim.
Se sente revoltado por eu estar escrevendo assim.
A milimétrica foi mais sua companhia do que a filosofia.
Importava-se com a estética e com a grafia,
Dane-se o sentimento.
O que importa e o reconhecimento.
E Não a rima em si
E Sim um poema alheiro.
“Quem diria. Ontem mesmo, conversando com vários amigos, eles me disseram que eu não mais parecia comigo.”
É né quem diria que nossas vidas fossem ser assim, cada um pra o seu lado.. é a vida sempre nos surpreende e o que ontem era o nosso dia-a-dia hoje não passa de lembranças!
Quando menina, me perguntavam o que você quer ser guando crescer? Hoje, eu diria que queria ser menina, para ter minha mãe de volta.
- "Outra xícara de chá, por favor."
Eu diria que sou apenas uma pessoa sentada num café da cidade, esperando a vida passar, ou pelo menos não me decepcionar. Não. Eu diria que sou apenas alguém sem metas, sem planos, sem uma base.
- "Aqui está, espero que goste de camomila."
Olhei a moça fixamente, era como se ela estivesse dizendo que eu deveria relaxar. "Mas, eu estava estressada?". Não fiz nenhum comentário. Não, de novo. Não me julgo como alguém comum, normal....por que realmente eu precisava da camomila, mas não para desestressar, precisava apenas para refletir. "Que tipo de pessoa eu sou?" Tive que começar com os defeitos peculiares. Desconfiada, preocupada, mau-humorada, e desiludida? Aquele chá me rendeu mais do que eu esperava. Eu precisava deixar de ser um "Sherlock Holmes" em decifrar situações. Aquela coisa de sempre querer ter razão, saber tudo o que os outros vão fazer, e decifrar pensamentos, dar a última cartada. "Eu realmente quero ter o poder do "xeque-mate" sempre?"
- "Moça, o horário do café já acabou. Desculpe, iremos servir o almoço."
Me levantei e me retirei. Esqueci de tomar o resto de chá. Aliás, esqueci minha peça do xadrez naquela mesa de alumínio. Acredito que foi a melhor coisa que fiz até hoje.
Eu falei que um dia minhas lágrimas secariam, que eu diria não a você. Você, uma miragem, e como toda miragem, bem distante de ser alcançada. Enfim, hoje meus dias serão melhores por saber que você existiu sim, foi lindo tudo que planejei e vivi sozinha, mas que alguns sonhos só são bons, se não se vivem. Sei disso porque ter você neste momento seria um martírio.
Somos quase magos
Fazemos mágicas com nossa lindas palavras, diria poesia...
Enfeitiçando todos com encanto todo dia..
Água fresca e sombra procuro...
As palavras certas tem futuro...
Palavras de impacto sem furo...
Que diz verdades, juro...
Verdades estas, que tonteiam...
Corações desavisados fantasiam...
Sonhando sempre acordados.
Somos poesia...
Bom dia....
Sol, acordei primeiro, porém durmo de olhos abertos em transe...
Quando poetizando estou...
Sem sono, de mãos trêmulas e com a garganta seca...
Seco de vontade de te ver.
O que você faria se o mundo acabasse hoje?
Diria a quem que a ama? Pois é, a vida é tão curta e as pessoas nem dão valor, se o mundo acabasse hoje, sinceramente não faria diferença, pessoas são assim, o mundo acaba e elas continuam se importando só consigo mesmas.
Eu diria que algumas dúvidas são como areia movediça. Nos prendem e vamos nos afundando nelas. Até que alguém nos resgate com respostas.
Comecei a sentir ela de verdade, quem diria que uma dor poderia se tornar física, como um desenho animado saindo da televisão.