Quem Corre Cança
"" O coração não tem porta, por isso cuidado com o amor que deixa entrar. Você corre o risco dele nunca mais sair...""
Se você ouvir a voz do vento chamar pelo teu nome, corre enquanto é tempo, é tempestade que se aproxima
Vejo só você correr e te digo nem sempre quem corre muito chega ao final da corrida. Lembre -se da história da lebre apressada e da tartaruga lenta, porém esperta.
VETUSTO.
É ali, é lá, acolá, é cá
O tempo nunca foi planejar
É solto no ar, é patuá
Corre pra todos no pedalar
Por obediência o seguimos
E ele sem rima é caminhar
E neste túnel submergimos
Da ingenuidade a vetustez
Um dia aqui outro partimos
A certeza que temos, nossa vez
Nos tornamos memórias
Somos enroupados e nudez...
Luciano Spagnol
FRIO (cerrado)
Quem o contentar dirá destas noites de frio?
Corre no cerrado de galho a galho, arrepio
Dum vento seco e bravio. E eu, aqui tão só
Em queixas caladas, calafrios, é de dar dó
Recolhido na tristeza do invernado cerrado
Cheio de solidão, de silêncio e de pecado...
Que corrosiva saudade! Esquisita e estranha
Uma está lembrança forjada na entranha
Do inverno, caída de outrem, fluindo amargor
Onde, em sombrio sonho, eu vivendo a dor
Sem querer, na ingratidão, com indiferença
No vazio da retidão, da ilusão e da crença
Que acirrado frio, sem piedade, ofensivo
Que me faz reclusivo, neste cárcere cativo
Insano, em vão, duma melancolia lodaçal
Que braveja, me abraça e me faz tão mal...
Por que, pra um devaneador esta paragem
Que ouriça, e é tão deslocada de coragem?
Ah! quem pode me dizer pra que assim veio?
Se está tortura é passageira, assim, eu creio.
E a minha miséria aberta, escorre pelo olhar
Receio... e mais gelado fica em mim o pesar.
Uma prosa alheia, uma penitencia escondida
Se é só o frio, por que esta insânia homicida?...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
14 de julho de 2019
00’17”, Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Ninguém quer saber de fofoca, maledicência ou acusações, a menos que, quando o seu nome corre solto na boca de outros ligados à sua jurisdição ou à sua família, há quem pergunte quem foi para saber os motivos, em vez de usar o verdadeiro domínio próprio para resolver a situação com paciência, discernimento e sabedoria, na hora mais apropriada da desdita propagação.
O relógio não te espera. A vida corre rápida.
Você só tem esta vida: Não está feliz,
não terá outra chance. Acorda, viva e não apenas exista!
O tempo corre,
todos correm, e eu...
bem, eu estou aqui sempre,
parada, observando tudo e todos
a minha vida ja nao tem sentido
talvez tenha sido por isso que ela se foi
1. Agosto. 1914.
Quatro dias nessa guerra e parecem quatro séculos. A imagem daquelas pessoas correndo desesperadas se chocam em minha memória, mas por fora permaneço-me imóvel, sentado nesse banco de madeira, com a cabeça abaixada e o braço apoiado nos joelhos. Essa roupa pesada, essa arma já gasta, essa alma cansada. Hoje o capitão me procurou, a habilidade de um jovem como eu na invasão da (ainda) desconhecida cidade o deixou intrigado, mas ele não imagina que os nervos sobem à flor da pele mesmo quando se está numa situação de perigo. Ele me fez uma breve explicação de como serão os próximos dias: Longos e cansativos. A essa altura eu já me comprometera a estar frente a frente com a guerra, se ali eu estava, que me jogasse de cabeça então. O império alemão mandou um ultimato ao governo russo para que a mobilização do nosso exército cessasse em 12 horas. Não cessou.
Pfuuu…
As notícias chegavam rápido, nisso outros países já estavam declarando guerra uns aos outros, a Entente (tríplice em que a Rússia fazia parte) se matinha de olhos abertos, a qualquer momento poderíamos ter novos aliados ou inimigos.
fuuuuuu…
Quantas outras pessoas estavam tendo seus sangues derramados, quantas outras nações teriam sua estabilidade derrubada, as perguntas vinham e os tiros iam em quaisquer direções onde demonstrasse um pouco de perigo. Agora já estávamos dentro de trincheiras, a possibilidade de sermos pegos diminuiu.
fuuuuuuuu..
Que outros países viriam para o nosso lado ou ficariam contra nós? Os outros soldados arriscavam ao longe “Qual dos lados o Império Otomano irá?" "Aposto que conosco." Mas ninguém sabia. Nunca sabia. E assim passavam-se minutos, horas, o sol desaparecia e nem sequer a lua brilhava, era a completa e monótona escuridão, excluindo o fato apenas de que…
BUMMM
Gritos de “abaixem-se!" ecoam de todos os lados, me agacho e fico a espreita. De onde veio? De quem teria sido? Olho para os lados, com o rifle em punho, outros fazem o mesmo. E então, finalmente ouvi o comandante gritar por trás de um rochedo: A Alemanha declarou guerra a nós.
O Tempo
Tempo, este que nunca para
Desde que começou, corre e dispara
Muito rápido com presa
Leva tudo, e o que resta...
São lembranças,
De momentos, de mudanças
Pessoas mais velhas, corpos cansados
Mãos e pés calejados
Pelo carrasco do tempo
E um pobre desatento
Passa sem viver
Sem rir, amar, chorar ou sofrer
O que tenho, e hoje guardo
Em um cofre chaveado
São retratos jovens e filmes velhos
Lá estão seguros, enquanto esses olhos
Aos poucos se fecham e envelheço ao lado
da mulher que amo e e sou apaixonado
E mesmo que o tempo
Para meu lamento...
Um dia nos une
No outro nos pune
Ao teu lado quero viver
E mesmo após o anoitecer
Eu sempre vou te esperar
Para mais uma vez ao teu lado caminhar.
A vida corre feito menino apressado atrás da
bola colorida, como um bando de andorinhas
quando a noite se avizinha.A vida corre, o
amor escorre, e sem mais apelos um dia dia
se morre, A vida corre...
O vento corre lá fora,
esfriando minhas veias.
Fazendo-me gelo.
Estou esperando a hora,
de me lançar nessas teias,
querendo ser gelo
Esfriando-me, agora e outrora.
E não adianta mais as meias,
meus pés pararam, são gelos.
O meu coração não baterá agora,
e talvez não mais o ouvireis,
pois sou, serei pedra de gelo
A pessoa que deseja a verdade, sobre qualquer coisa, corre o risco de ouvir a verdade de Deus. (ler João 18)
Quando durmo acho que minha alma sai do corpo e corre a São Silvestre e volta, por que eu só acordo mais cansado.
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