Queimar
Fique em pé ao lado da lareira
Tire esse olhar do seu rosto
Porque você jamais vai queimar meu coração
O problema do fogo é que todo mundo tem medo de se queimar, mas ninguém quer ficar no escuro, muito menos no frio.
AMAR
Amar é queimar sem sentir dor
É acordar na ânsia de dizer bom dia
É brigar com a noite,
Para trazer você em forma de sonhos
Amar é sonhar contigo como a mais doce companhia
É ter seus lábios divididos entre carinhos e carícias
É ter seu corpo somado na ânsia de um único desejo
Amar é abrir os olhos apenas para te ver
É sentir a brisa faceira passando
É imaginar o leve toque de tuas mãos
Amara é rir sem motivo aparente
É ter os olhos a brilhar sem saber explicar
É ter a alma leve como a flutuar
Amar e a soma de dois
Em um exponencial infinito
Amar e elevar-se ao quadrado
E ter a integral de suas vidas sempre se multiplicando
Por fim ao final desta matemática
É ter seus corpos somados
Resultando em um só.
(Marta Freitas).
Há uma vela que tem por sina findar-se.
Há um pavio, que tem por fado, queimar-se.
- vulneráveis ao fogo, que inflama!
Em plena dor, em chama!
Pelo tempo consumida;
vida, vida, vida, vida!
Senhores, senhores...
Por quer nos abandonou?
Deixaram-nos queimar
Por miseráveis sem pudor
Servi-lhes não bastou?
Aqueles tolos pecadores,
Santos bastardos,
Não tiveram piedade de nossas famílias
Nos vingue, por favor
Em troca de nosso sangue,
O sangue que veio de seus corações
E que nos abençoou com o mais belo dos dons
Ao inventar a vela de acender, buscou o Homem produzir luz que se apaga, ao se queimar totalmente a derradeira porção de seu pavio. Até a luz elétrica tem seu ciclo de luminosidade, precisando ser renovada sempre. Pobres Homens-deuses, com o poder nas mãos: inventam e reinventam luzes. Acreditam que a claridade decorrente dos holofotes dos cargos que ocupam os deixam mais luminosos e, até quem sabe, eternos.
Eu escrevo e, escrevo e, escrevo. Eu escrevo até doer os dedos e, queimar minha alma. A sensação de asfixia é grande, é exorbitante. A garganta pigarreia e o corpo desmorona. Eu tento, eu tento, mas eu não consigo libertar minhas dores. De escritora amadora, passei a ser o buda no caminho do nirvana. A minha cabeça pede trégua, meus músculos pedem trégua, meu coração pede trégua. Tudo em mim levanta a bandeira branca, mas só consigo ouvir o sopro do vento lá fora, não tem ninguém para responder. Não tem ninguém com vontade o bastante para fazer com que eu pare com isso. E, eu escrevo e, escrevo e, escrevo, mas o nó continua entalado em mim. Eu escuto músicas reflexivas que me ajudam, naquele dó escravo do piano, eu me sinto um pouco melhor, mas volto a escrever. Não me falta inspiração, me falta dedicação. Me falta ser viva assim fora do papel, fora dos meus textos. Todos os dias a caminho do trabalho, pegando o transporte público, eu me transporto dentro da bolha e, fico lá. Fico lá, observando as pessoas a minha volta, escuto suas conversas, eu rio em silêncio, tiro minhas conclusões e, as vejo partir. E, é assim que me sinto, uma espectadora observando a vida das pessoas, observando o resquício de vida que parte, sem eu me dar conta. A cada dia, um dos meus suspiros leva mais um sopro da minha vida. E, eu continuo a escrever e, escrever, para que assim me sobre alguma coisa. Eu não queria ser lembrada, não queria marcar a vida de ninguém, não queria me tornar passado ou futuro, sempre quis ser presente, quis ser vida, quis ser alegria, quis ser luz, mas acontece que escritores deixam sua marca no mundo. Escritores são lembrados depois de suas mortes, depois de terem vivido suas vidas mesquinhas. E, eles escrevem e, escrevem. E, eu não paro de escrever e; escrever, porque minha vida se tornou um labirinto cheio de caminhos que me carregam de volta para o ponto de partida. De todas as minhas escolhas, nada parecer mudar, nada parece dar certo, nada parece seguir o rumo do mundo. Me arde o peito correr e, perceber que corri em círculos, apenas. Minha cabeça me arrebenta os neurônios. E, eu quero chorar para isso acabar, mas o sofrimento é insistente. Se ao menos alguém lesse meus textos, a dor seria menor, mas não é. E, os meus temores começam a se tornar realidade, porque as coisas nunca mudam. O meu relógio biológico estagnou no tempo e, agora eu me sinto presa. Eu estou presa. E, eu continuo a escrever; eu continuo, porque isso é a única coisa que não acaba, porque é a única coisa em mim que é capaz de mudar o curso natural das coisas.
Tudo que preciso é de um banho de lua brilhante e me secar no horizonte.
Me queimar num sol do deserto daqueles escaldantes.
E depois resfriar num pólo frio bem distante.
O mar será meu próximo desafio , aquele mar dos amantes .
Ouvia a voz do seu olhar me chamar;
O calor da sua boca me queimar;
E o toque da sua pele a me envolver.
Já Imaginou Chegar tão perto do Sol
Ao ponto de queimar tuas Asas e não Voar mais?
E cair...
Já Imaginou Olhar Pro Sol e não queimar Teus Olhos?
Já imaginou ?
é assim a vida de quem peca..
De quem é pecador
Deus É O Sol
e estamos na escuridão porque pecamos..
Pecamos tanto ao ponto de não conseguir ser Iluminados pelo Sol..e o que fazer se a noite não acaba mais?
Se a noite ainda é dia... se o dia ainda é noite..
e passamos tanto tempo na escuridão.. que quando olhamos para a luz de Deus ficamos cegos e não reconhecemos ela... Não conseguimos encarar a ''Luz do sol'' Porque estamos a tanto tempo na escuridão que qual quer luz Nos deixaria cegos..Então é nessa hora que devemos pensar e refletir...
Devo continuar a andar sem entender o meu caminho?
Existir apenas por Existir?
Ou Eu sou escolhido para algo que ainda está por acontecer?
Escolha Pois mesmo assim não fara diferença..
Sua hora chegou e cristo já te chamou.. e chama mais uma vez.. a questão é você vem comigo ou não
DELÍRIO
Sabe você que te amar
é o mesmo que me queimar.
Mesmo assim me procura
dizendo ser a minha cura.
Se eu estive sumido,
foi por estar consumido.
E quando enfim
a dor teve um fim.
Tu me chamas
para jogar-me nas chamas.