Quedas e tombos
Queda de águas cristalinas, sol pujante, cenário venusto, flora verdejante, cheia de vida, momento simplesmente maravilhoso, inserido numa naturalidade fascinante, satisfatório para o corpo e para a mente, desfrutando de um sentimento entusiasmante, benesse inegável, o refrigério necessário em alguns bons instantes.
Cada passo, cada queda, são lições a absorver, Cada desafio, uma chance de me redefinir e renascer, Por isso, nunca perco, quando acontece, cobro em dobro, Pois sei que no final, a vitória será minha, em dobro é claro.
Cléber Novais
Prudência é amiga íntima da sabedoria, e antevê o tropeço, a queda, sem se arriscar; abstendo-se, totalmente, de ser inconsequente, diante do abismo, a brincar...
Sempre em declínio, sempre em queda, assim me sinto nesta vida errante, um ser em decadência, sem saída, com um peso sobre os ombros constante. Não há alívio para o peso da existência, somente o peso da própria consciência, que nos leva a pensar e a refletir, sobre o destino incerto que está por vir.
Não querer ter nascido é um fardo pesado, mas já que estou aqui, não quero ficar parado.
Não vou lamentar minha existência, pois há tanto para viver, com toda a essência.
A vida me pregou uma peça, mas não vou me deixar abater. Vou buscar a minha própria prece, e encontrar motivos para viver. Às vezes, sinto-me sem poder, como se fosse um mero acidente ao nascer.
Não queria ter nascido, em um mundo tão cruel, onde tudo é tão difícil, e a vida é um carrossel.
A vida às vezes parece uma maldição, mas não quero me entregar a essa tristeza, nem deixar que o sofrimento me defina. Não importa o que a vida me trouxe, nem as feridas que me fez sofrer, conheço o meu coração eu vou encontrar a minha voz.
A dor pode ter me moldado, mas eu decido como vou agir, não vou deixar o passado me prender. Continuo a lutar, a buscar alguma forma de me libertar, do peso da vida e da dor da existência, encontrando a luz em meio à escuridão da decadência.
Não pedi para nascer, mas agora eu escolho viver. Farei da alegria minha vingança, eu quero me vingar da vida sendo feliz. Não me curvarei diante do sofrimento, pois quero mais do que apenas sobreviver, eu quero rir, amar e ser feliz, e a vida não me impedirá de viver. E fazer da minha existência um eterno renascer. Pode até ser uma luta diária pela sobrevivência, mas não vou me entregar à desesperança, vou me vingar da vida com minha existência.
Vou me vingar da vida, sim. Com cada riso e cada sim. Com cada abraço e cada amor. Com cada sonho que eu conquistar.
A vida pode ter me dado um início difícil, mas eu escolho como será meu final. Vou encontrar a felicidade, com um sorriso mesmo na dor, e mostrar para a vida quem é que está no controle afinal.
Vou me vingar da vida sim, com a alegria do meu amor.
O Azarão Apaixonado
..
Subi na bicicleta
Foi queda na certa
Entrei no busão
Fui de cara pro chão
Montei no cavalo
Travei o ciático
Embarquei no navio
Suor e calafrio
Subi no avião
Tontura e indigestão
Dirigindo um carro
Desloquei o braço
Passeando na lancha
Me revirou a pança
Tentei o velotrol
Minha perna deu nó
Me enrolei no teu abraço
Se desfez todo embaraço
Somente no teu beijo
Me sinto inteiro
Não importa o quão difícil seja o caminho, lembre-se: cada queda é uma oportunidade para se levantar e continuar lutando. E se não der certo, pelo menos você ganhou uma desculpa para tirar uma soneca no chão.
Quando você decide caminhar sozinho, você acaba aprendendo duas grandes lições. Aprende que a queda machuca e sangra, mas o levantar é a única razão para não deixar as possíveis cicatrizes atormentar o restante da jornada por uma vida inteira.
A Queda ( de uma Folha )
Ó Vento que embala este meu corpo
Que liberta os sentidos de uma doce melancolia
Ó Luz que invade e purifica os sentidos
Que abraça enquanto o tempo pára
Outrora Verde, corpo vestido de uma Primavera passada
Hoje Castanho, corpo despido de um Outono presente
“E doravante?”
Doravante cá estarei de novo para mais uma dança dos sentidos
Quando caímos machucamos os nossos joelhos, portanto a cada queda se torna mais difícil se levantar.
Errei, me iludi por um amor
Que nem eu senti,
Fui rápido na queda, pois
Nenhum fio me sustenta,
Sou mole de coração,
Para você,
eu perco a razão.
Sou embrulhado em laços,
um palhaço me transformei
Acreditei em algo,
que nem mesmo me entretem.
Submeto-me a entrar no teu amor,
Lugar apertado que me sequestrou
a tal que não me desesperou, mas
No final me pisoteou.
Em resumo sou hipócrita, chorando
De novo por algo que nem mesmo
Me importa.
Vou me destruir,
Só pra contigo no final,
Poder me reconstruir.
Anseios do Coração
Eu queria que o amor fosse uma cama elástica,
Pois na queda, não me machucaria.
Queria que a saudade fosse um brinquedo,
Assim, esqueceria mais facilmente.
Eu queria que a paixão fosse uma lei de prisão,
Para ter certeza de não me apaixonar em vão.
Queria que a dor se transformasse em aprendizado,
Não em alguém, evitando despedidas frias.
Eu queria que a incerteza fosse uma brisa suave,
Para não abalar os alicerces dos sonhos que construiríamos.
Queria que a esperança fosse constante,
Mesmo quando os ventos da adversidade soprassem.