Quedas e tombos
Sendo quem você é, sendo o melhor que puder, ainda haverá quem deseja ver tua queda, teu errar... Não vá chorar por quem não é feliz ao te ver alegre pelo fato de quem você se tornou. Não deixe de ser feliz pela infelicidade de quem não tem alegria.
Não é fácil depois de uma queda tocar a vida pra frente. Mas eu sigo adiante alegremente, da cor que você me vê.
Formação e queda de sentir
Tudo começou com um pedido
O qual não demorei para aceitar
Mas veio muito tempo a se passar
E nada ainda sentia
Eram comuns os meus dias
Mas aos poucos conheci
E olhando para o alto ri
Por conta das frases que ouvi
Já sabia o que estava por vir
Mas acho que me esqueci
Perguntei algo e adquiri resposta
Mudei a minha forma
E fiz o que pude em ações
Muitas vezes perdi as minhas noções
Mas tentei seguir as instruções
Fiquei irritado, bravo e chateado
Tive motivação e alegria
Sentimentos temporários
Assim como a chuva em meio ao Sol
Vem intensamente e acaba de repente
Depois da tempestuosa tempestade
A neblina se dissipou
E o meu ser enxergou
O estado que se encontrara
Mas ali já não mais estava
No entanto ainda sentia
Não era algo igual
Mas sim que se diferia ao antigo
Pois era algo novo e nada ambíguo
Um sentimento convicto
Mas nada é como antes
As palavras e momentos, tudo mudou
Mas há algo diferente e existente
E portanto se tornou memória
E não esquecimento
A maioria dos ativistas de alguma coisa nobre nos dias de hoje, é aquela mesma que resvalou em queda no tema em vidas anteriores. Não fosse o esquecimento temporário entre as encarnações, de duas, uma: ou se achariam incapazes de lutar pelo certo dessa vez, ou seriam apontados como hipocritas sem moral. Deixemos as leis reencarnatórios agirem em nosso próprio benefício.
Pensamentos do Barão
A História da decadência e queda de homens poderosos está sempre ligada a excesso de orgulho, vaidade e sexo.
Pode ser seu pior inimigo, mas se você sentir prazer com a queda dele, você sempre será só mais um fracassado. É preciso índole para alcançar o topo!
Um cristão em dúvida, e um cristão que realmente está em "queda livre", porém, só ele ainda não percebeu isso.
Se uma escolha, um hábito, uma mania, uma intransigência ou uma queda, te fez entrar em conflito com o outro, e a partir disso ele foi cruel e te execrou, a primeira providência que você deve tomar é cultivar a calma. Se tentativas de reconciliação forem vãs, deixe que o tempo - que faz com que tudo passe - aja com sua poderosa força. Não há outra saída para a desarmonizarão, que não seja se harmonizar.
O sucesso é mais do que a simples resiliência. É uma questão de usar essa queda para nos impelir na direção oposta.
E quando no amor tem loucura, ele vive lá no alto sobrevoando a paixão. Coração em queda livre, eternamente sem razão.
Amor platônico é você andar de bicicleta onde você sabe da intensidade da queda. Mas é inevitável, o empecilho é atraente.
Tem vezes que tudo o que eu quero é o silêncio, de um mar agitado ou da queda d'água de uma cachoeira.
“AS SETE LÁGRIMAS... DE PAI PRETO”
(Completa)
Foi uma noite estranha aquela noite queda; estranhas vibrações afins
penetravam meu Ser Mental e o faziam ansiado por algo, que pouco a pouco se
fazia definir...
Era um quê desconhecido, mas sentia-o, como se estivesse em comunhão com
minha alma e externava a sensação de um silencioso pranto...
Quem do mundo Astral emocionava assim um pobre “eu”? Não o soube, até
adormecer...e “sonhar”...
Vi meu “duplo” transportar-se, atraído por cânticos que falavam de Aruanda,
Estrela Guia e Zambi; eram as vozes da Senhora da Luz-Velada, dessa Umbanda
de Todos Nós que chamavam seus filhos-de-fé...
E fui visitando Cabanas e Tendas, onde multidões desfilavam... Mas, surpreso
ficava, com aquela “visão” que em cada uma eu “via”, invariavelmente, num
canto, pitando, um triste Pai-preto chorava.
De seus “olhos” molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pelas faces, e não
sei por que, contei-as... foram sete. Na incontida vontade de saber, aproximei-me
e interroguei-o: fala, Pai-preto, diz a teu filho, por que externas assim uma tão
visível dor?
E Ele, suave, respondeu: estás vendo essa multidão que entra e sai? As
lágrimas contadas, distribuídas, estão dentro dela...
A primeira eu a dei a esses indiferentes que aqui vêm em busca de distração,
na curiosidade de ver, bisbilhotar, para saírem ironizando daquilo que sua mente
ofuscada não pode conceber.
Outra, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na
expectativa de um “milagre” que os façam “alcançar” aquilo que seus próprios
merecimentos negam.
E mais outra foi para esses que crêem, porém, numa crença cega, escrava de
seus interesses estreitos. São os que vivem eternamente tratando de “casos”
nascentes uns após outros...
E outras mais que distribui aos maus, aqueles que somente procuram a
Umbanda em busca de vingança, desejam sempre prejudicar a um ser
semelhante – eles pensam que nós, os Guias, somos veículos de suas mazelas,
paixões, e temos obrigação de fazer o que pedem... pobres almas, que das brumas
ainda não saíram.
Assim, vai lembrando bem, a quinta lágrima foi diretamente aos frios e
calculistas – não crêem, nem descrêem; sabem que existe uma força e procuram
se beneficiar dela de qualquer forma. Cuida-se deles, não conhecem a palavra
gratidão, negarão amanhã até que conheceram uma casa de Umbanda...
Chegam suaves, têm o riso e o elogio à flor dos lábios, são fáceis, muito fáceis;
mas se olhares bem seu semblante verás escrito em letras claras: creio na tua
Umbanda, nos teus Caboclos e no teu Zambi, mas somente se venceram “meu
caso”, ou me curarem “disso ou daquilo”...
A sexta lágrima eu dei aos fúteis que andam de tenda em Tenda, não
acreditam em nada, buscam apenas aconchegos e conchavos; seus olhos revelam
um interesse diferente, sei bem o que eles buscam.
E a sétima, filho, notaste, como foi grande e como deslizou pesada? Foi a
ÚLTIMA LÁGRIMA, aquela que “vive” nos “olhos”de todos os orixás; fiz
doação dessa aos vaidosos, cheios de empáfia, para que lavem suas máscaras e
todos possam vê-los como realmente são...
“Cegos, guias de cegos”, andam se exibindo com a Banda, tal e qual
mariposas em torno da luz; essa mesma LUZ que eles não conseguem VER,
porque só visam à exteriorização de seus próprios “egos”...
“Olhai-os” bem, vede como suas fisionomias são turvas e desconfiadas;
observai-os quando falam “doutrinando”; suas vozes são ocas, dizem tudo de
“cor e salteado”, numa linguagem sem calor, cantando loas aos nossos Guias e
Protetores, em conselhos e conceitos de caridade, essa mesma caridade que não
fazem, aferrados ao conforto da matéria e à gula do vil metal. Eles não têm
convicção.
Assim, filho meu, foi para esses todos que viste cair, uma a uma, AS SETE
LÁGRIMAS DE PAI-PRETO!
Então, com minha alma em pranto, tornei a perguntar: não tens mais nada a
dizer, Pai-Preto? E, daquela “forma velha”, vi um véu caindo e num clarão
intenso que ofuscava tanto, ouvi mais uma vez...
“Mando a luz da minha transfiguração para aqueles que esquecidos pensam
que estão... ELES FORMAM A MAIOR DESSAS MULTIDÕES”...
São os humildes, os simples; estão na Umbanda pela Umbanda, na confiança
pela razão... SÃO OS SEUS FILHOS-DE-FÉ.
São também os “aparelhos”, trabalhadores, silenciosos, cujas ferramentas se
chamam DOM e FÉ, e cujos “salários” de cada noite... são pagos quase sempre
com uma só moeda, que traduz o seu valor numa única palavra – a
INGRATIDÃO...
queda.
crush.
quem sabe um dia.
quem sabe os dias.
quem sabe a estação,
ou uma, ou várias.
primavera,
verão...
olha,
quem sabe de baixo,
parasitando.
no subsolo.
quem sabe?
aliás,
quem sabe o que não se sabe?
vai saber.
crush.
queda.
paixão.
queda.
súbita.
queda.
enquanto debatias
não menos caía.
não menos levantava.
Com o fim da pandemia a sociedade terá a queda das máscaras, mas infelizmente apenas as físicas. Já que as outras servem para sustentá-la.