Queda
Suas palavras nas parede enquanto você reza pela minha queda
E as risadas nos corredores
E todos os nomes que já me chamaram
Eu os guardo comigo e espero pelo momento
Em que vou te mostrar como é ser definido por palavras jogadas ao vento
Nota: Trecho da canção Enemy, em parceria com J.I.D., canção feita para a série "Arcane", da Netflix, lançada em 2021.
...MaisCorações Painita:
Colares reluzentes, almas acorrentadas pela sofisma
A queda nunca foi sutil para tais que fomentam a idolatria.
Seja ela por aquele ou aquilo, não houve Rei que não fora a ruína
Seja ela por embolsar poder ou carisma, não houve embusteiro que fora ladeado pela graça divina.
Nessa queda de braço pra saber quem é mais forte
Quem pisa mais
Quem menos sofre
Eu vou me deteriorando
Vou me perdendo
Me matando
Vou me permitindo sofrer
Sofrer novamente
Por quem não entende
Que o meu amor
Não vai sobreviver
Que o amor não tem pilha
Não tem bateria
E não sabe se um dia
Vai conseguir aguentar
As suas patadas
As suas “pisadas”
A sua frieza
Frieza de amar
Tenho um sonho para acreditar.
Dou um passo, vacilo, tenho uma queda,
E como uma pedra que jogada ao mar,
Afundo sem suspeitar.
Eis que um mundo novo consigo enxergar.
Tenho um caminho, uma jornada, sigo pela estrada,
Repleta de curvas, retas e lombadas,
Desperto para a vida a me moldar.
Não desistirei, continuarei, acreditarei,
Pois todo o começo tem um fim,
E no fim, recomeçarei,
E então, eternizarei.
Feliz aniversário, amor! Que nesse novo ano o nosso relacionamento só se fortaleça. Que a cada queda, a gente consiga continuar levantando juntos e seguindo na mesma direção. Meu único desejo é que essa data se repita por muitos e muitos anos! Te amo muito, bem além do que as palavras podem expressar.
O poema mais triste
Fiz de seu amor meu para peito, o qual não me segurou diante da queda.
Fiz de seu riso o meu porto seguro, me permiti repousar em seus braços como se fosse uma cama confortável.
Quis fazer de um inferno o céu
Quis sempre provar o doce de tudo, e não o triste amargo sabor do fel.
De asas abatidas...
Me sentindo capaz...
Levantei um dia um vôo...
Caí e me feri...
Oh queda...
Apenas rastros ficaram....
E minhas escritas...
Mancharam-se...
As poesias que um dia eu fiz...
Sagraram nos campos...
Fazendo de meu voar...
Um destino sem rumo...
Uma ave no ar...
Uma Águia no céu azul...
Tocou-me...
Uma inspiração me abalou...
Soltei as asas da imaginação....
Cheguei ao chão e caminhei....
E fui dando vida as minhas asas...
E pelo vento fui levado...
Fui renovando um solo desnutrido...
Joguei adubo....
Voei baixinho semeando sementes
Desenrolando em mim...
As cordas que me amarraram...
Um Porto Seguro...
Estava em minha busca...
Quem...?
Minha digníssima Rainha...
Esposa...
Mesmo ferida....
Ela teve forças para continuar...
O que era pra ser...
O que era pra vir...
Veio como vulcão....
Oh identidade....
De pura santidade..
Consome-me com tua luz...
Uma direção oh Pai...
Tempos de sonho...
Econtra-me oh Santo com tua santidade...
Minha alma chora...
Minha alma clama....
Resolva o meu eternizar...
Irreal mundo...
Torna-me Real...
Meus rabiscos....
Estão manchados...
Poluídos pelo tempo...
Poluídos pelas falhas...
Poluído pela natureza...
Quero eu ainda...
Levar um Poema...
Cantar a linda canção...
Não sei onde...
Não sei como...
Não sei...
De fato eu realmente não sei....
Mas ambas as almas...
Do curió...
Ao sabiá...
O Japiim...
Ainda ouvirei...
O cântico na selva....
O albatroz....
A gaivota voando baixinho no Mar...
Leve-me oh vento...
Pra onde quiser...
E quem sabe outro dia...
Pra onde eu vou...
Um Reino...
Um céu....
Um véu....
Ate sei lá....
Tudo em mim...
Falará....
Autor:
Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
A noite escura é como uma festa das estrelas cadentes. Cada queda de estrela é um pedido que fazemos, e a esperança é a certeza de que algum desejo vai se realizar.
Título: "Sons da Eterna Melancolia"
Capítulo 1: "Queda dos Céus e Caminhos Sem Destino"
Desde a concepção do mundo, tornei-me uma humilde serva, condenada a vagar pela Terra após o cataclismo divino. Minha existência, agora testemunha silente das intricadas complexidades humanas, é um doloroso eco do que já fui. Ironicamente, em meio à grandiosa guerra celestial, eu era apenas um anjo, uma figura sem voz.
Minha posição pairava na nebulosidade, sem um compromisso político definido. Eu permaneci no epicentro da batalha celeste mais ardente já travada.
No entanto, como reza o provérbio, "o inferno guarda seu calor mais intenso para aqueles que ficam em cima do muro". Não me aprofundarei nesse assunto, pois o desfecho é familiar a todos.
Em minha defesa, eu me limitava a observar. Não tomei partido, não emiti opiniões, evitando perturbações. Eu era o anjo encarregado da limpeza celestial, uma espécie de zeladora cósmica, incumbida de manter a ordem e o esplendor. O céu costumava ser um paraíso radiante, repleto de júbilo, e ali eu era acolhida com benevolência. Anseio por aquela serenidade outra vez.
Minha vida celestial ecoava harmonia, permeada por laços e risos. O canto e a dança eram minhas paixões, chegando a almejar ser uma cantora. Evitava conflitos, afinal, por que buscar discórdias quando a busca pelo deleite era meu anseio? Entretanto, hoje percebo que não tomar partido é, de fato, escolher o fracasso.
O tributo por essa indecisão foi exorbitante. Fui exilada, junto aos anjos caídos, uma punição que jamais antevi. O processo foi doloroso, minha luminosidade esvanecendo e meu ser se partindo em agonia. Supliquei por clemência, embora soubesse que meu Criador jamais me escutaria novamente. A queda foi uma jornada tortuosa, pontuada por cometas e congêneres condenados.
A Terra se aproximava, ponto de virada naquela contenda e em minha própria sentença. Não era o inferno, mas sim uma terra gélida, onde meus irmãos caídos e eu nos reunimos antes de sermos arrastados ao abismo real. Despencamos como meteoros em uma paisagem desconhecida, chorando lágrimas celestiais durante horas a fio.
Minha punição divina era justa. Não nutria orgulho por minha nova função, embora ela fosse imprescindível. Eu carregava o fardo de coletar almas conforme a lista ditava, sem alternativa, sem juízo. Dias de descanso eram raros momentos de paz, quando buscava refúgio em ilhas paradisíacas para vislumbrar algum alento.
Capítulo 2: "A Melancolia na Vida Humana"
No âmago de uma alma atormentada, travava-se uma batalha incessante contra a pressão de manter dois empregos extenuantes. A busca por uma fuga era constante, porém ilusória. Essa alma parecia tentar se libertar do próprio ser, mas suas tentativas só ampliavam o sofrimento que a abraçava. Como uma sombra onipresente, a tristeza pairava sobre ela, imutável.
A ideia da morte surgia como uma alternativa incerta e perigosa. No entanto, havia o reconhecimento de que esse não seria um veredito definitivo para os tormentos. O mistério do desconhecido aguardava do outro lado, uma incógnita que aprisionava sua mente.
Enquanto o universo aparentemente conspirava para mantê-la viva, ela mergulhava cada vez mais em um abismo de desespero. Tudo à sua volta carecia de significado, incapaz de trazer um vislumbre de alegria. Cada esforço parecia fadado à inutilidade, e qualquer riso se tornava uma frágil máscara. Seus olhos eram narradores silenciosos de uma tristeza indescritível.
A busca por ajuda se manifestava através de consultas a psicólogos e médicos, numa tentativa de aliviar a solidão e a angústia que a consumiam. Eu, a Morte, presenciava esses esforços, sentindo uma compaixão impotente e desejando aliviar seu sofrimento de alguma maneira.
As memórias do passado eram como cicatrizes invisíveis, profundamente enraizadas desde a infância. Lembro-me dela aos oito anos, lágrimas derramadas pela falta dos materiais necessários para uma tarefa escolar. Era uma tristeza profunda e incompreensível, uma expressão de sua dificuldade em comunicar seus sentimentos.
Criada numa família religiosa, imersa em regras rígidas, ela cresceu em isolamento, sem verdadeiros amigos. A religião, em vez de trazer conforto, instilou medo e exclusão. As restrições impostas por uma mãe que sofria de depressão sufocaram sua habilidade de se relacionar com o mundo exterior.
Seus pais, imersos na fé, privaram-na de uma infância convencional. A falta de brinquedos e a ausência de conexões sociais a mantiveram distante da alegria que uma criança merece. Enquanto eu observava sua trajetória, a Morte, questionava o fardo que ela carregava e quem deveria suportar a culpa.
E assim, ela vagava, a melancolia a seguindo como uma sombra leal. Mesmo em suas tentativas de distração, a tristeza sempre a alcançava. As feridas da infância não curadas, os traumas persistentes, continuavam a sangrar. E mesmo eu, com todo o meu poder, era impotente para salvar essa alma atormentada.
Capítulo 3i: "O Peso Invisível do Passado"
O vazio que crescia dentro dela era um buraco negro, absorvendo qualquer lampejo de esperança ou alegria. Cada tentativa de preenchê-lo resultava em frustração. Mesmo as buscas por prazer e distração eram efêmeras, pois a tristeza sempre retornava, fiel à sua constante companhia.
Talvez tenha sido a busca pelo divino que a orientou. Ela enxergava na espiritualidade uma possível cura, mas até mesmo suas preces pareciam ecoar vazias. Seu desejo por um Deus que a escutasse era um apelo silencioso por alívio, porém a solidão persistia.
Sua jornada tumultuada pela vida refletia-se em minha presença, testemunhando cada momento de sofrimento silencioso. Eu, a Morte, era uma testemunha sombria, incapaz de intervir no tormento que a consumia. Sentava-me ao seu lado, enxugando lágrimas invisíveis, sentindo a agitação de sua alma.
Lembro-me de seu sorriso forçado, uma tentativa de esconder o desespero que transparecia em seus olhos. Ela travava batalhas internas, enfrentando inimigos invisíveis que minavam sua força. Ansiava por compreender os segredos que a corroíam, por conhecer os medos que a assombravam.
Sua infância fora maculada pelo isolamento imposto pela fé. O ambiente doméstico, dominado pela religião de sua mãe, erigia barreiras que sufocavam qualquer exploração do mundo exterior. A religião, que deveria trazer consolo, transformou-se em uma fonte de angústia. Os temores do inferno incutidos por seus pais formaram um labirinto de ansiedade.
À medida que ela amadurecia, a dor não resolvida se transformava em uma presença constante, um fardo emocional cada vez mais difícil de suportar. Seus sorrisos, suas tentativas de interação, eram máscaras que ocultavam sua verdadeira aflição.
Observando-a, eu, a Morte, ansiava de alguma forma libertá-la do abismo em que estava imersa. Contudo, como uma espectadora impotente, eu não podia intervir. A tristeza dela se misturava à minha própria, criando uma conexão inexplicável.
"Ecos da Eternidade"
A trama da vida e da melancolia se entrelaçava, cada momento de desespero ecoando através das eras. Ela era uma alma perdida, uma narrativa triste que parecia não encontrar um desfecho. A cada suspiro, a cada lágrima, ela prosseguia em busca de uma saída da escuridão que a envolvia.
Eu, a Morte, permanecia a seu lado em sua jornada, testemunhando sua luta silenciosa. Cada capítulo de sua vida era uma página manchada de dor, uma busca incessante por alívio que parecia inalcançável. Mas quem, afinal, poderia resgatar essa alma atormentada? A resposta, talvez, estivesse enterrada nas profundezas de sua própria jornada.
"Enquanto você voa com destino certo eu mergulho em queda livre, dentro de mim, num vazio, aparentemente sem fim."
"Enquanto você voa com destino certo eu mergulho em queda livre, dentro de mim, sem saber ao certo, o que vou encontrar no fim."
Que cada pessoa que cruzar seu destino, o modifique. Cresça com cada obstáculo, faça de cada queda uma vitória ao se levantar. Aprenda que as pessoas sempre irão mentir e esconder algo. Não confie nem na sua própria sombra, até ela some ao calar a noite.
A queda (2012)
Era possível sonhar eternamente e unicamente com um grande e infinito sonho
Nas margens do paraíso, com vozes de anjos e na presença de Deuses
Um sonho comum a aquele que acredita em si, na fé que lhe conduz
Era possível simplesmente sonhar e sorrir, um profundo e verdadeiro riso
Com a alegria de um sonhador eufórico e completamente iludido.
Sendo, ainda, possível atravessar por estes vales, morros, estradas e montes
As barreiras e empecilhos casuísticos que nos afetam enquanto vivemos
E se saber viver, devemos sonhar aquele lindo sonho, eterno como deve ser.
Nessas praças desertas onde encontramos a si, e dizeres sutis e uteis ao patamar de mim
Quanta tristeza, destreza a de vir no fim? A verdade e a certeza podem ser assim
E tão obscura a noite, o céu e a vida, com tantas e quantas perguntas, o que és tu futuro?
E digo a ti, com lastima de não compartilhar-te a mim: é um céu noturno e obscuro
Então, diante do que restou dessa pequena história, essa minúscula cena, encenada sem ensaio.
O que será de nós? O que houve de errado? Quantos fins encararemos, isso nunca acaba, nunca encerra, viveremos eternamente o vago e vazio céu obscuro da incerteza.
O MAIOR SINAL DE QUE SUA QUEDA COMEÇA A ACONTECER, É QUANDO OS MAIS PEQUENOS DOS SEUS SERVIDORES COMEÇAM A TE TRAIR, QUANDO ESSES NÃO TIVEREM MAIS ARGUMENTOS, ENTRAM OS QUE TEM PROVAS CONTUNDENTES.