Queda
A noite que se encarregue da queda de seus impérios, pois nada foge a sombras, nem se omite aos olhos dos loucos...
Se me estenderes uma das mãos pra me livrar da queda no abismo, ainda me sobrara uma para me agarrar as pedras e nos segurar caso voce tambem venha a se escorregar.
Não se prenda a ninguém, pois quando te soltarem sua queda vai ser grande. Entregue-se com uma certa reserva. Lá na frente você vai perceber que o que você pretendia era se proteger.
Não se considere um fracassado na primeira queda, pois existem milhares de novas tentativas que poderão levá-lo à conquista.
A arrogância não leva a nada, só a queda, sabe o porque? porque quem muito empina o nariz acaba não conseguindo enxergar os próprios pés (passos)!!!
“Amigo”
Sinto muito por você que usa pessoas como escada.
A subida pode não dizer, mas a queda é esperada.
Não sabe, nem vai saber o valor da amizade, me desculpa o que vou dizer, mas você é covarde.
SUPERAÇÃO: A arte de levantar a cada queda, capacidade de sorrir com lágrimas nos olhos, poder dizer q tudo esta bem mesmo quando não esta, acreditando na vitória mesmo q a batalha pareça perdida.
A vida é feita de altos e baixos, por isso a cada queda um aprendizado, pois você descobre com a sua competência e suas habilidades como superar os obstáculos e criar alternativas para sobressair e ser melhor.
Cada queda se destina a nos ensinar alguma coisa. Sofrer com a culpa nos impede de aprender a lição e seguir adiante.
ahhh
uma queda....
a quem diga que elas
lavam a alma
arrancam do pensar tudo que martiriza
o ser
acuado
o ser
magoado
o ser
crucificado...
estou em queda...
a me jogar perante meus atos...
em queda livre
sem asas
sem alimentar ilusões...
cair
me espatifar
juntar os cacos...
pois
a verdades das coisas...
sera
realmente verdade?
sera
que sou obrigada a engolir o que
eu mesma
plantei?
não
no ar sinto a liberdade
das aguas
de contornar obstaculos
de arrancar
pedras do caminho...
pois
a força de uma cachoeira
da queda da agua
ela muda o
curso
das coisas mal acabadas
do silencio que
agoniza
da tristeja infligida...
eis-me
aqui
neste lago transparente
sem pensar
sem
sentir...
envolta pelas energias
buscadas...
e nunca
nunca mais morrer na
praia...
Quem pensa que o céu é perto,
e nas nuvens quer pegar,
os Anjos ficam sorrindo,
da queda que vai levar!
Metáfora
O rio, em pânico, prestes à queda,
Olhando para traz, vislumbra toda sua bela obra,
Lamenta perder seus investimentos.
Receia as mudanças que estão por vir.
Correndo ainda no mesmo passo,
Segue seu caminho em direção ao desconhecido.
Intempéries, cachoeiras, corredeiras...
Nada impede o seu trilhar.
O medo ainda o apavora,
A dúvida constante o instiga,
Mas a certeza de que deve seguir jamais o abandona
E enfim a nova realidade infinita o recebe de forma inesperada e feliz.
Aqui também é bom,
Aqui, agora, é ainda melhor;
Ainda mais tranquilo.
Memória e Futuro
I
A dor da queda
O peso, a derrota
nos calaram por muito tempo
Em nosso tempo (curto ainda)
nos vendaram, amordaçaram...
e a venda
e a mordaça
tem sabor de gente morta
- não qualquer gente
a nossa gente -
Tombaram nossa lutadora
Helenira Resende
à frente
não temeu nem a mira
nem a morte.
Nosso comandante
nos dissera:
“é preciso não ter medo
é preciso ter a coragem de dizer”
o mesmo Carlos
em vários Marighellas
II
Veio então a carapuça
para que a história
fosse esquecida
para que o mundo
fosse esquecido
e assim cai o muro
sem por nós ser percebido
E sobe a poeira
que forma uma grande
e espessa camada
imobilizadora
Torna-se a vida, cinzenta,
como cinzenta é esta cidade
cheia de maldade e gritos
que os ouvidos ignoram
III
É que estamos
no fundo do abismo
a queda livre cessou
e por aqui estar é que podemos
com firmeza
mirar para o alto, e
ver qual caminho,
qual horizonte,
que perseguir.
Certo é que
nem todas as feridas cicatrizaram,
e seguirão machucando.
Outras, no caminho mesmo
vão abrir-se.
Mas,
sendo a dor conhecida,
o abismo e a escuridão,
a ferida e a cicatriz
não mais temeremos,
nem mesmo a morte.
E seguiremos o caminho do clarão
que se apresenta somente
quando erguemos a cabeça
IV
“Este é nosso tempo
esta é nossa gente”
Nosso tempo
de desenterrar os fuzis,
as fardas,
os lutadores e lutadoras
Nossa gente
explorada
brasileira
revolucionária
Conclamemos nosso exercito
pois atento está o inimigo,
ampliemos nosso arco
pois forte é o inimigo,
afinemos o projeto e a marcha
pois quererá nos dividir, o inimigo
acertemos os ponteiros do relógio
que é chegada a hora da revolução.