Que te Impede de Falar Comigo

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⁠POSSA EU...

Possa eu na poética assim: tu, comigo ao lado
e, ao sentimento, as sensações resplandecendo
aquele olhar tão sedutor no toque rescendendo
em versos de carinho, dum poetar apaixonado
No mimo me espalhar inteiramente, e aí vendo
os teus gestos, os cuidados, em mim pousado
o teu sussurro baixinho ao ouvido, e eu, calado
sentimental, encantado, alegre, do amor sendo

Que em cada trova, um trovar contigo repartido
e num valioso sentido a terna emoção prosada
a alma, o pensamento, para sempre, sucumbido
Então, o meu destino no canto fosse conteúdo
e cada verso: um detalhe, um sentir, mais nada
e nas entrelinhas, que possa eu, dizer-te tudo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 de abril, 2022, 11’31” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto da saudade tua

Não consigo ficar sem te escrever
cada cheiro teu que comigo ficou
tornou versos que comigo chorou
aqui nesta ditadura no meu viver

São sonetos que a paixão poetou
São momentos de amor sem ter
perdidos nesta dor, dói pra valer
latejando no coração, ali aportou

Sem o teu sorriso a quem recorrer
o teu olhar a recordação eternizou
os meus retalhos, estou sem coser

Por fim, vagueio, não sei onde vou
é trilha sem som, sem como finalizar
é tal saudade, que ainda não passou

Luciano Spagnol
2016, 07 de junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Estranho amor este que hoje eu sinto
a saudade incorporou a coisa amada
acorda comigo depois de ser sonhada
e de mãos dadas paira pelo ressinto

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

EU POETO, ELA POESIA (soneto)

Não sou só, os poemas são companhia
Sempre comigo, falam com a inspiração
Traz lá de fora o diverso numa multidão
De cores, e sabores, em total demasia

Sou poeta! Na reta: curva e ondulação
Num labirinto de devaneios como guia
Aquecidos pela chama duma tal magia
Do doce amor, saídas do meu coração

Sim, não estou só: eu poeto, ela poesia
Que vive em mim numa eterna emoção
Se estranho ou comum, a mim sacristia

Nesta verve, não sei o que é ter solidão
Se assim me compraz, não tenho ironia:
Pranto, canto ou nostalgia, só questão.

Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Terá uma noite que, ao me deitar
Tua alma comigo não mais estará
A saudade transcenderá

Inserida por LucianoSpagnol

“A felicidade é um tesouro escondido, o mapa está comigo, achar é meu destino”.

Inserida por DAmico

Vou te salvar de qualquer perigo, pode contar comigo.

Inserida por DAmico

“Jogo fora todos os problemas que as pessoas esquecem comigo.”

Inserida por DAmico

"Quero alguém que lute comigo mesmo sabendo que não vamos conseguir nossos objetivos. "

Inserida por DAmico

“Não sou um ioiô, mas a vida adora brincar comigo, ao mesmo tempo em que ela me joga para baixo, ela puxa para cima.”

Inserida por DAmico

“Meus inimigos brincavam comigo no parquinho da escola.”

Inserida por DAmico

⁠"Nunca fiz nada sozinho, Deus está sempre comigo."

Inserida por DAmico

⁠“A depressão é competir comigo mesmo e perder”.

Inserida por DAmico

⁠"Se você não sabe por qual guerra eu estou passando, não veio lutar comigo e nem trazer paz, então, para não se ferir, não entre na minha vida."

Inserida por DAmico

Você lembra?
Sentou-se comigo ali, naquele banco de praça abandonado.
Preferiu o silêncio por algum tempo, ficou tudo bem, você se sentiu a vontade, e permanecia por perto.
Eu fiquei te olhando, examinei cada traço do seu rosto, e vi como você desviava o olhar quando ficava sem graça.
Você não acendeu o cigarro, porque eu te pedi. Não queria ter o seu cheiro impregnado nas minhas roupas, não queria ainda decorar o seu cheiro logo tão cedo. Pra caso de bater a saudade no decorrer do dia, eu não precisaria me lembrar do seu perfume barato misturado com esse cigarro amargo de quinta.
Você sentiu as minhas mãos geladas te acariciando vagarosamente. E agente ainda se permanecia em total silencio.
Me lembro que de longe dava pra ouvir o barulho das folhas sendo levadas com o vento.
Via seus braços fortes se arrepiando com o leve frio que fazia naquela manha de outono.
Eu pude avistar as pontas dos prédios sendo cobertos pela neblina.
Por perto a visão que tinha era de pessoas caminhando, com pressa, encarando o chão. Talvez cheias de problemas, com almas tão vazias.
Mas eu tinha você bem ali na minha frente, me fazendo perder o foco sobre tudo.
Por que estar com quem agente ama, não teria preço, não teria como se comparar a nada.
Como pode? Por fora um silêncio profundo entre nossos corpos, e por dentro gritando o mais alto possível.
Encontros ocasionais, beijos de surpresa, abraços demorados, palavras ao vento.
Coisas naturais da vida, não aconteceriam todos os dias. Já era de se saber.
Lembra também, do apartamento bagunçado? Da nossa foto no porta retrato, dos bilhetinhos na porta da geladeira. Lembra do nosso amor? Lembra da sua blusa que me servia de pijama em dias de chuva? Lembra da cor apagada da cortina, que você tanto reclamava? Eu troquei as cores, apenas pra satisfazer o seu bom gosto. Mas é claro que isso não seria o suficiente pra te ter de volta nos meus braços.
Amar muito alguém, nem sempre é o suficiente pra ter de volta. E disso eu sei bem.
E hoje, as coisas naturais da vida ficaram tristes.
Isso não é uma carta, é um presente, que de embrulho eu lhe envio a minha saudade.
— Oh saudade.

Inserida por JeMartines

⁠A felicidade que você perdeu um dia... estará protegida comigo enquanto eu viver, habitando o fundo do meu coração.

Inserida por italo0140

São seis horas da manhã e eu tenho que lhe contar algo. Sério, você não vai acreditar no que eu tenho para lhe dizer. Está chovendo forte, tem um vento frio que traz os pingos gelados para perto da gente. Eu abri a janela para espiar e o barulho da água rolando no telhado ficou mais alto, muito mais alto, tão alto que fiquei com medo. Sabe aquela chuva que vem com força, parecendo querer lavar a cidade? Então. Está um pouco mais forte que isso. Ainda não amanheceu, acho que esse tempo molhado atrasará a claridade do dia. Eu fiquei olhando para o céu por alguns minutos e me deu uma vontade louca de sair na rua e ser lavado por essa água congelante. Está frio, muito frio. Mas eu fui. Sério, eu fui. Eu abri a porta e saí de casa. É, eu disse que você não acreditaria. Eu sou louco, mas você sabe disso. Você me conhece tão bem sem nem ao menos saber da minha existência. Lá fora, o vento levou meus cabelos para trás e eu fechei os olhos resmungando. Meu rosto estava completamente molhado, senti como se estivesse colocando a cabeça dentro de um congelador. Eu fiquei parado ali perto da grade que fica na frente do quintal olhando para o calçamento da rua que parecia estar resvalando. Sei lá, deu vontade de abrir o portão e dar uma volta. A água vinda dos céus continuava mantendo a temperatura do meu corpo um pouco baixa me fazendo tremer. Você acredita que eu saí portão à fora? Sim, eu saí. Estava escuro, estava chovendo e o frio deixava minha boca roxa. Eu fui até a esquina que tem aqui perto e sentei naquele degrau que eu costumava sentar sozinho há alguns anos atrás. Eu me senti tão sozinho. Minhas roupas estavam totalmente encharcadas e eu continuava tremendo. Não havia nada na rua, nem carros, nem pessoas. Estava tudo deserto. Foi nessa hora que eu fechei meus olhos e pensei em você. Eu não lembro muito bem o que veio à mente, parecia que eu havia me desligado do mundo e entrado na inconsciência. Eu estava com tanto medo. Medo de ficar assim por muito tempo, medo de ser engolida por essa solidão sombria que se perdia no escuro chuvoso da noite. Mas eu vi o seu sorriso. Eu juro que vi. Eu gritei o seu nome na minha mente e você sorriu. Você sorriu para mim. Acho que eu sorri também. Não sei, não lembro, não tenho muita certeza, mas eu senti uma gota quente escorrer pelo meu rosto em meio a água da chuva que me banhava. Sabe, eu senti um aperto no coração. Dá para acreditar? Eu sempre fiz de tudo para ser forte e vencer o meu maior medo sem precisar de ninguém, mas agora eu me encontrei preso em uma gaiola feita de um material muito brusco e forte, eu me encontrei aqui chamando o seu nome. Eu sinto minhas forças irem embora e eu finalmente estou precisando de alguém. Mas não é um alguém qualquer. É você. Eu acho que fiquei ali sentado por uns dez minutos olhando para o nada e ouvindo a sua voz cantando para mim dentro da minha cabeça. Você cantava a nossa música, aquela que me acalma, aquela que você sabe que pode ser usada como antídoto. Você sabia o que cantar porque você me conhece. Você me conhece tão bem sem nem ao menos saber da minha existência. Você me conhece porque nós dois somos um só. O vento aumentou sua velocidade me despertando da fantasia e me forçando a mover meus pés de volta para casa. Demorei um pouco para entrar, fiquei no quintal, perto da minha janela, pensando um pouco mais em nada. Acho que era disso o que eu precisava: viver o irreal. Eu não sei por que eu saí de casa, nunca me dera essas crises loucas antes, eu posso ter pego um resfriado, sei lá, daqui a pouco vou começar a tossir. Mas a chuva, a água que congelava meu corpo, era amena. A água que limpava a cidade, escorria pelo meu corpo tentando levar toda a dor que me habita. Era irreal. Eu juro para você que era. Parecia algo do além, algo curável. O banho quente que eu tomei depois foi como um choque no meu sistema. Eu acordei. Não foi nem um pouco parecido com o momento em que o vento acelerou e me fez voltar para casa, foi algo muito mais que isso. Eu acordei do irreal. Daquela chuva, daquele frio, daquela coisa do além que supostamente tentou levar minha dor embora. Sua voz sumiu da minha mente. Você não cantava mais, você não estava aqui. Eu fiquei sozinho e assustado de novo. Eu continuo precisando de você, eu me rendi, eu admiti que não sou forte, eu gritei. Eu fiz o que pude. Você não ouviu, não me notou. Talvez você fique tão espantada com tamanha loucura que eu obtive de sair por aí sozinho e não se convença. Mas eu disse lá no início que você não iria acreditar no que eu tinha para lhe dizer. São seis e dez da manhã e o céu continua escuro, o barulho da chuva ainda está alto e a janela continua aberta. Eu olho para a água caindo lá de cima e lembro da sensação estranha que eu senti há trinta e cinco minutos atrás quando as gotas bateram no meu corpo e eu estava sozinho pensando em você. Você é minha única saída, é a única pessoa que pode me ajudar. Você está com o pouco de força que ainda me resta. Você pode desacreditar disso também, mas só você pode espantar o medo e a dor que habitam meu coração.

Me apaixonei pelo seu sorriso. Não, espera, acho que foi pelo modo com que seus olhos se fecham por alguma palavra direta. Não, foi por isso também, mas com toda a certeza eu me apaixonei porque você consegue ter tantas coisas lindas que eu não vejo como escolher, me apaixonei por tudo o que há em você.

Aonde você for, eu vou estar contigo. Sou seu anjo da guarda e você pode contar comigo!

Pai já fez 6 meses que você esta aqui comigo, mais mesmo assim sempre vou lembrar de você, sempre vou lembra das lembranças boas, ou até dos momentos ruins que tivemos.

Inserida por ketellen_cristina