Que te Impede de Falar Comigo
“CONSTANTEMENTE ”
Será constante
esta dor navegante
assolada no peito
que impede a entrega a um beijo
qualquer
que sufoca a loucura mais louca
de uma mulher?
Será constante
o impedimento inquietante
a qualquer entrega mais ardente
ou provocante?
Serás constantemente
constante?
Por fim.
Tentando que as palavras saiam, mais algo impede, algo trava, algo entope.
Não que falte oque dizer, pois até poucos minutos atrás minha mente gritava... gritava inicios, gritava meios e gritava fins. Os fins, os afins os em fins e os por fins... Gritava por fins de tarde onde o sol continuasse se pondo sobre o morro mais alto e continuássemos sendo sua principal platéia, como os casais que vão ao cinema e esperam sentados até que a última letra termine de subir, para não correr o risco de perder aqueles pequenos trechos que anuncia a continuação da sequência.
Por fins de semana onde a sua maior satisfação não tenha sido conseguir dar conta de lavar todos os cestos de roupas suja.
Por fins de noite onde nossa maior discussão seja onde será nossa próxima baladinha ao invés de ficarmos no carro descontindo se entramos ou se vamos embora.
Por fins de vida, onde velhinhos possamos estar juntos e onde eu possa te dizer: É minha velhinha, por diversas vezes quase nos perdemos, mais por fim vencemos...
O dinheiro não é nada além de gordura do corpo político, onde o excesso normalmente impede a sua agilidade, e a escassez o torna doente.
Vidraça
Na infância - fechada;
É vidro translúcido que mostra a vida e impede os perigos, protege e deslumbra; intriga e provoca.
Um dia se abre...
E o vento da noite, a brisa do dia, a cor do luar, o sol sem pudor se tem ao alcance, se pode provar; se fecha ou se abre ao seu bel prazer;
O destino de hoje ao alcance da mão; se teme, se foge - fechada, abrigada; e abre, se quer.
Um dia a vidraça, mal fechada, talvez, se bate e se quebra, em pedaços no chão.
E os cacos que sobram não formam vidraça, não acalmam temores, não servem de asilo, não impedem o vento, as dores, os medos, o frio...
E o que sobra da vida são fragmentos de outrora, pedaços de tempo que guardam lembranças, memórias, saudades;
E assim, em pedaços, não são mais vidraças; são restos, são cacos, lasquinhas de vida espalhados no chão.
Como disse Buda: O apego impede a nossa transcendência. Liberte-se do apego. Pois, quem está por trás do apego é o ego que habita em nós.
- Mojubá -
Ele leva o pior de mim e eu carrego o melhor dele.
Não me deixa cair e me impede de derrubar.
Brinda minha felicidade gargalhando das minhas lágrimas.
Quando ferido, não sou mais eu.
O ato de querer
Nisto consiste a vida
De fato, é isto que impede
Da gente viver por viver
Imperfeito, o coração deseja
Os olhos anseiam
A alma implora
de tanto querer
O coração fraqueja
A alma pesa
Os olhos ... esses choram
Deplorável carência
Louvável vontade que existe
Num triste querer de verdade
Querência ... daquela que dói
Rói o coração
Quase pára, bate lento
Na dor que dói, tão doida
Então, por que será que a gente
Insiste tanto em viver
Se nisto consiste a vida?
Edson Ricardo Paiva.
Sei, posso até ter errado, mas isso não me impede de tentar novamente, e agora já sabendo... não posso atingir mais o mesmo alvo..
O medo do Fim impede muitas pessoas de tentar amar e se entregar, no entanto elas continuam a viver; sem parar para pensar que a vida também tem Fim, e terminará... Tudo Passa.
Para mim a melancolia é uma apatia doentia
Que no presente não impede que um passado
Momento volte no tempo pra trazer de volta um
Antigo sentimento, sentimento que ainda existe
Meio triste, mas que resiste e insiste, pois ainda
Aquiesce, aparece, pede, aquece e até parece
Que não desaparece no pensamento, que não se
Perde ou que se esquece com o passar do tempo!
Guria da Gaúcha Poesia