Quase Morto
Você está quase sempre perto de mim, quase sempre presente em memórias, lembranças, estórias que conto às vezes, saudade.
Eu sou quase uma psicóloga para as pessoas. Dou minha opinião sobre o que acho que elas deveriam fazer, dou conselhos, sugestões. Mas com você eu não consigo. Talvez porque tudo o que eu queira te falar é “me abraça, vem pro meu lado, fica comigo porque eu nunca teria coragem de te machucar”.
É por ele que eu venho aqui, boy, quase toda noite. Não por você, por outros como você. Pra ele, me guardo. Ria de mim, mas estou aqui parada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado, comigo: um dia encontro.
É um costume existente somente nos mundos imperfeitos. Onde busca-se, para quase tudo, atacar os efeitos e, quase nunca, as causas.
Já não me preocupo se eu não sei por que, às vezes o que eu vejo quase ninguém vê, eu sei que você sabe quase sem querer que eu quero o mesmo que você...
De repente ouvi teu nome. E quase que imediatamente te procurei a minha volta. Não te encontrei, mas me dei conta de que eu estava sorrindo.
COBRAS
Quando tu vires uma pessoa te pedindo ajuda, rastejando, quase não podendo levantar a mão para que tu a socorras, tomai cuidado em observar se ela não tem parentesco com cobra...
Nada por dentro e por fora além daquele quase-novembro, daquele vento, daquele céu-azul – daquela não-dor, afinal.
Sinto-me quase duas: uma me ama demais e a outra, nem sei quem é...
Dra. Linda Freeman: Pai?
Charlie Harper: Morto.
Dra. Linda Freeman: Mãe?
Charlie Harper: Mataram ela.
Dra. Linda Freeman: Gostaria de discutir isso?
Charlie Harper: Acabamos de o fazer.