Quantas vezes você
Quantas vezes você pechinchou para um vendedor de rua que talvez não demonstrasse mas poderia estar desesperado para vender algo para comprar o almoço ou pagar uma conta de luz, água, aluguel ou comprar comida para levar pra casa para matar a fome da própria família?
Hoje vi no sinal de trânsito um casal muito bem vestido em uma Amarok comprando balas de goma de uma senhora que estava vendendo a unidade com dez balas de goma a R$ 1,50,
Pechincharam teimosamente para que ela fizesse 10 unidades por R$ 10 e ela fez. Detalhe... (adivinhem o que eles estavam ostentando na caminhonete? Sim, a bandeira do Brasil.
Já pensaste quantas maravilhas podes o teu Deus? Indubitavelmente, ele já te livrara do coração dos ímpios. Já paraste para pensar que este mesmo Deus, já livrara também o seu irmão do teu coração odioso?
240524
O relógio marca
12 horas no cerrado
não sei de qual arca
só sei que estou calado
quantas mais vou precisar
pra esquecer,
e novamente ser amado?
Quem viverá vai ver!
15/05/2016, 12'00"
Cerrado goiano
DEVANEIOS
Quantas vezes, em sonho, as asas da ilusão
Flechado pra onde estás, e fico ali no vazio
Me perdi nos devaneios, e então a solidão
Em um deserto agridoce: de amargor e frio
Angústia, minh’alma voa, quer outra direção
Soluça na treva, triste realidade que arrepia
Sonhos que mais parecem querer confusão
Estirado sob o céu, do cerrado, árida folia
Quantas vezes, a imensidão, assim calada
De cada canto passado, o olhar espantado
Via minhas lembranças no beiral debruçada
Quantas vezes, quantas vezes, a passividade
Da noite, num luar tão sedento e desfolhado
Fez lagrimejar cada versar de uma saudade...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Quantas vezes desconstruímos a nossa vida por alguém que nos abandonou, mas esquecemos de amar quem nunca nos desampara, mesmo em dias difíceis, sempre esteve ao nosso lado.
SONETO NA CHUVA
Quantas vezes, pés descalços, enxurrada
A minha infância, na inocência eu brinquei
Águas em versos, chuva molhada, sopeei:
Quantas vezes eu naveguei na sua toada?
Na narração me perdi, no tempo maloquei
As lembranças ali no passado deixada
De memórias fartas, meninice, criançada
Aqui no peito guardada, e nelas estarei...
Céu cinza do cerrado, nuvem carregada
Deixa chover, pois só assim eu alegrarei
Da varia recordação da pluvial derivada
Pingo a pingo, trovoada, no outrora voltei
Água na cara, cachoando na alma calada
De saudades, neste soneto na chuva, falei!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
Resumindo
Poesias, inspiradas, quantas
Quantas da alma pra cantar
Grandes as paixões, tantas...
Nossas vidas, grande alçar
Várias estórias, as santas
Ou não - vale é o poetar.
Fados, pequenos contos
Todos tão pouco pra contar
O tempo, reticências e pontos
Ah, estes são para superar
Quando se olha bem no fundo
Segundo, e tem brilho no olhar
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13 de dezembro de 2019, 11’05”
Cerrrado goiano
EU, EU MESMO (soneto)
Eu, nos cansaços, as saudades
quantas as lembranças estilam
que o passado no exato pilam
assim, cheios de passividades
Afinal, tudo no tempo expilam
eu, eu mesmo nas fatuidades
duvidei, imperfeito, vontades
me levaram, na baixa bailam
Pois tudo é eu, sem metades
eu sou eu, e nada anteviram
e do meu eu, sai as verdades
E eu, que no eu, me inspiram
dele um passado, variedades
que do uno eu, “áses” extraíram
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
SAUDADES, TANTAS
Quantas saudades tive? tantas, nem sei
Todas tão suspiradas na esfolada prosa
Cada qual na dor, com sofrência rimei
Rimei também a solidão nua e ramosa
Tive saudades daqueles a quem amei
E nesta nostlagia só situação morosa
Me era companhia, superação tentei
Cantei a lembrança da oferecida rosa
Ah! saudade, de sensação embaciada
Tantas as clamei em noite enluarada
Chorei, mesmo assim contida emoção
Ó Deus, por equivoco, ao me moldar
Colocaste no vão do peito a sussurrar
Só a saudade em lugar de um coração...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
19, outubro de 2021 – Araguari, MG
"Na jornada da vida, descobrimos que não importa quantas vezes o sol se ponha, sempre haverá estrelas para nos guiar pelo caminho."
Roberto Ikeda
Tentar quantas vezes for preciso porque o importante é competir se primeiro ou segundo lugar tanto faz, porque a diferênça é apenas um passo a mais !
Não importa quantas pontes terei que atravessar, quantas vezes terei que cair menos ainda quantos idiotas terei que ignorar o que importa é chegar até onde tenho que chegar !
Preciso me achar não importa quantas vezes trilharei caminhos errados. O certo é que me acharei no final !
Quantas cores devo usar pra falar de amor, quais as letras pra dizer te amo, em que tempo conjugar o verbo pra sempre ?
Quantas vezes eu tentei não te falar de amor, não me entregar assim, mas não tem jeito, não sei mandar em mim.
Tantas noites desejando não sentir você, não querer você, não viver você...não tem jeito você mora em mim.
Quanto tempo me pedindo pra não me machucar, pra não te lembrar, mas não tem jeito você não sai de mim.
Quantos sonhos desejei deixar pra trás, não sonhar jamais, mas não tem jeito...em mim só dá você !
Quantas vezes sonhei não me permitir, não me entregar, mas não tem jeito meu corpo diz: agora é tarde pra voltar.
Quantas vezes te procurei com o olhar, me dando, me entregando...mesmo sem querer me dar.
Quantas vezes tentei te seduzir, cantei mesmo sem você ouvir, quantas vezes...quantas !
Quantos versos escrever, quantas músicas tocar, quantas saudades doer, quantas lágrimas rolar...todas serão de vontade de você !
Quantas vezes terei que explicar aos meus olhos que os teus não podem pertencê-los ? Quantas vezes ainda terei que chorar tua ausência até que minha saudade compreenda que essa dor é em vão ? Quantas vezes terei que explicar ao meu corpo que o teu não pode tocá-lo ? Quantas vezes terei que machucar minha pele para que entenda que se arrepiar com a tua é perca de tempo ? Quantas vezes terei que dizer para minha boca que o desejo da tua é proibido ? Quantas vezes terei que tapar meus ouvidos para não me perder na tua voz ? Quantas vezes terei que gritar, me magoar...até me fazer entender que eu e você não podemos ser nós !
Você vai está nas minhas lembranças sempre: não importa quantos anos passem, quantas horas ...você sempre em mim vinte e quatro horas de todos os dias por todos os anos !