Quantas vezes você
Soneto XXII
Quantas vezes, amor, te amei sem ver-te e talvez
sem lembrança,
sem reconhecer teu olhar, sem fitar-te, centaura,
em regiões contrárias, num meio-dia queimante:
era só o aroma dos cereais que amo.
Talvez te vi, te supus ao passar levantando uma taça
em Angola, à luz da lua de junho,
ou eras tu a cintura daquela guitarra
que toquei nas trevas e ressoou como o mar desmedido.
Te amei sem que eu o soubesse, e busquei tua memória.
Nas casas vazias entrei com lanterna a roubar teu retrato.
Mas eu já não sabia como eras. De repente
enquanto ias comigo te toquei e se deteve minha vida:
diante de meus olhos estavas, regendo-me, e reinas.
Como fogueira nos bosques o fogo é teu reino.
Em meus pensamentos...
quantas vezes lá,
me pego conversando com você.
Quando você confia em mim
e você me responde quando
eu não não posso ouvir
e eu tento entender tudo aquilo
que você não me disse
Assim, discutimos tudo aqui
que nunca foi dito...
Te digo tudo.
Pensar em você é inevitável.
Do Deserto
Texto do poeta L. Eisley (1907-1977):
"Por quantas dimensões a vida precisa passar? Por quantas estradas precisamos caminhar em busca do grande segredo da existência? A tarefa é difícil, mas não há argumento que nos impeça de seguir adiante. Não sabemos o que levou as coisas a serem como são. Não sabemos o que nos espera adiante. Mas devemos tentar ir o mais longe possível. Mesmo no meio do deserto, é importante descobrir as maravilhas enterradas na areia".
Não importa quantas “metamorfoses ambulantes” minha vida sofra, minha alma será sempre a mesma. Essa é a maior dádiva: deixar-se renovar sem perder a raiz, aquilo que você realmente é.
Quantas vezes vamos ter que brigar assim? Você não está cansada disso? Eles dizem que as pessoas continuam brigando pelos mesmo motivos até que isso as separe. E você quer saber? Já chegamos a isso.
As pessoas enxergam o que desejam, independente da verdade. Quantas vezes você vai insistir no erro?
Quantas vezes paramos na frente do desconhecido e lá petrificamos? Ficamos sem entender: "dou o próximo passo? Será que vai dar certo?". E como o danado do tempo não perdoa, consome. Ah, como consome! O momento se vai e com ele nossos sonhos, nossas metas, anseios de felicidade ficam estagnados na incerteza de um movimento incompleto. Não restam dúvidas que o "se" ficará presente em instantes de reflexão. Hoje verifico que eu quero que o "se" se dane, para que em um futuro - ainda que ausente nas bases da moral e da ética - eu possa dizer: eu tentei!
Quantas vezes não descobrimos o verdadeiro amor, porque nos acostumamos demais com o sofrimento?
Vire a página dessa história que não deu certo, mude, viva pensando no que é bom pra você, ai é quando descubrirá que não há tesouro maior que o amor!
Não importa quantas vezes eu caia. Você sempre me verá levantar de novo e com um detalhe: cada vez mais forte!
Não importa quantas vezes você caia. O que fará toda diferença é quantas vezes você será capaz de erguer-se novamente.
Deus não perguntará quantas coisas boas você fez na vida e sim quanto AMOR você colocou naquilo que fez.
A mente tem limite de quantas vezes aguenta decepções, traumas e bullying. É como uma bomba relógio prestes a explodir.
Não importa quantas e idas e vindas você tenha num relacionamento ruim, você pode chamar de destino, de amor de outras vidas, de laço eterno.
Mas a verdade é que quando você é capaz de magoar propositalmente o outro, de trair de mentir, de chantagear. Você já deixou de amar.
Você já passou por isto? Sim, eu creio que sim..
Quantas vezes nos pegamos pensando em todas aquelas lembranças, que talvez possam ser as piores, mas foram as que ficarão sempre em nossa vida. Beijos roubados, amores descontrolados, saudades infinita. Quantas noites passamos sem dormir, pensando em alguma pessoa, pensando o quão bom seria tê-las neste momento ao nosso lado, compartilhando um amor duradouro, um amor infinito, um amor inseparável, e sempre o que resta-nos é o frio da solidão, noites mal dormidas, amores mal vindos. Quantas vezes pegamos em nosso celular e avistamos aquela mensagem, que talvez faça um ano que está salva, e você chora. Lembrando de todos momentos passados ao lado de determinada pessoa, de noites sem dormir falando com aquela pessoa, e hoje em dia, ela talvez transformou-se em pó, água, evaporou-se de sua vida. Creio também que quando lemos esta mensagem, estamos pensando em uma pessoa, por mais que ela esteja longe, por mais que ela esteja em outros braços, por mais que o nosso amor não sejas correspondido, a saudade aperta, eu sei. Os melhores momentos de sua vida, não foram aqueles que lhe fizeram respirar, mas sim, quantas vezes perdeste o fôlego. A vida não espera por nós, o amor também não. Ficamos com medo de amar novamente, e sofrer tudo novamente. Mas, quando aparece um novo amor, pensamos que será o único, e sofremos, sofremos. Sem mais forças para prosseguir, apenas resta-nos saudades, lágrimas que brotam de nossos olhos, sem serem chamadas. Até mesmo naquela música que tanto lhe fez chorar, lembrando-se de quantas juras de amor foram feitas, de quantos planos vocês tinham, de quantos desafios passaram juntos, para tornar-se tudo em vão. É, é a vida menina, não desanime, você ainda irá sofrer muito, irá perder a cabeça, irá sentir ciúmes, irá morrer de amor. Amor apenas nos faz bem, quando é saudável, quando nos faz sentir o céu mais próximo de nós. Ame com o coração, e nunca percas a cabeça por amor. Amor irá lhe fazer feliz, e triste ao mesmo tempo. O tempo passa, e o que resta-nos dizer é: "Foi bom." . E também com as lágrimas estampadas em nossa face, apenas deixemos com que o silêncio diga por nós, pois assim como a vida, amores apenas há de restar-nos belas lembranças.
Quantas vezes você já ouviu a frase: Ninguém é insubstituível?
Pensando bem, ninguém é insubstituível, no sentido de que todos os seres humanos somos transitórios. Hoje estamos aqui e amanhã poderemos não mais estar. E, a qualquer momento, poderemos ser substituídos no cargo que ocupamos, na realização da tarefa que nos devotamos.
E essa é uma realidade de muitas instituições, onde as pessoas são descartadas, por qualquer motivo ou motivo algum.
Contudo, ao se repensar bem a frase, percebemos que ela é inverídica sob variados aspectos.
Basta se faça um passeio pela História da Humanidade e logo descobriremos pessoas que fizeram a grande diferença no mundo.
No campo de arte, recordemos de Beethoven. Ele morreu em 1827. Quem o substituiu? Embora tantos músicos depois dele, ninguém compôs sinfonias como ele o fez. Nunca mais houve outra Sonata ao luar. Ele foi único. E ouvindo as suas sonatas, seus concertos quem recorda que ele era surdo?
Único e insubstituível também foi Gandhi, o líder pacifista e principal personalidade da Independência da Índia. Quem ensinou a não violência como ele o fez? Quem, depois dele liderou uma marcha para o mar, por mais de 320 quilômetros para protestar contra um imposto? Quem conseguiu a independência de um país da forma que ele o fez?
E o que falar de Martin Luther King Junior? Depois dele, alguém teve um sonho que custasse a própria vida? Um sonho em que os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos se sentassem à mesa da fraternidade. Um sonho de que os homens não fossem julgados pela cor da sua pele, mas pela qualidade do seu caráter. Ele morreu em 1968. Quem o substituiu?
Quem substituiu Madre Teresa de Calcutá, com seu amor, seu bom senso, sua capacidade de entender a necessitada alma humana?
Quem substituirá o colo de mãe ao filho pequeno? Quem poderá substituir o abraço da amada que partiu, do filho, do esposo que realizou a grande viagem?
Tudo isso nos leva a pensar que cada pessoa tem um talento especial, uma forma de ser particular e, com isso, marca sua passagem por onde passa.
Outros virão e tomarão seu lugar, realizarão suas tarefas, dispensarão amor, farão discursos importantes, mas ninguém como ela mesma.
Um órfão encontrará amparo e ternura em amorosos braços, o esposo poderá tornar a se casar mas nunca será uma substituição. A outra pessoa tem outros valores, outros talentos, outra forma de ser.
Pensemos, pois, que, de verdade, cada um de nós onde está, com quem está, é insubstituível.
O que cada um de nós realiza, a ternura que oferece, a amizade que dispensa, o carinho que exprime é único.
Isso porque somos Criação Divina inigualável. Criados à imagem e semelhança do Criador, com nuances especiais, conquistadas ao longo das eras e que se expressam no sentir, no agir, no falar.
Pensemos nisso e, em nossa vida, valorizemos mais as qualidades dos amigos, familiares, colegas, conhecidos, tendo em mente que cada um deles é insubstituível.
E valorizemo-nos porque também somos insubstituíveis no coração das pessoas e no mundo.
Eu vou (re)nascer quantas vezes for preciso e (re)descobrir todos os caminhos possíveis, mas eu não desisto de ser quem eu sou.
CABELOS
Cabelos! Quantas sensações ao vê-los!
Cabelos negros, do esplendor sombrio,
por onde corre o fluido vago e frio
dos brumosos e longos pesadelos...
Sonhos, mistérios, ansiedades, zelos,
tudo que lembra as convulsões de um rio
passa na noite cálida, no estio
da noite tropical dos teus cabelos.
Passa através dos teus cabelos quentes,
pela chama dos beijos inclementes,
das dolências fatais, da nostalgia...
Auréola negra, majestosa, ondeada,
alma de treva, densa e perfumada,
lânguida noite da melancolia!