Quando um Amigo te Ofende

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Tenho tanta necessidade de um amigo que o invento.

A quem foram oferecidos em abundância, / dons com rosto amigo, / com aquele silêncio púdico, / aceita o dom que te faz.

Ó meu amigo, não te limites a aspirar à vida do possível, esgota antes o campo do possível.

Acredita no amigo, mas pensa no inimigo.

"Se você ama alguem... você tem que dizer, na hora, em voz alta. Senão, o momento apenas passa por você..."

"Bonis nocet, qui malis parcit."

Ofende os bons, quem poupa os maus.

Tal como poeira fina atirada contra o vento, o mal vai para cima do tolo que ofende um homem inofensivo, puro e inocente.

Arguimos a vaidade alheia porque ofende a nossa própria.

O perdão é uma tatuagem dolorida, que doí continuamente.

Ei eu te amo, vc é a única pessoa que eu quero.
Vc e meu amor é meu anjo, se for pra esperar por ti eu espero.

⁠Com muito cuidado, o gelo de um coração, pode ser derretido, pelo calor de um olhar.

Muita gente fala que fulano é amigo, mas não sabe o significado disso. Ser amigo é chorar o teu choro e rir, com o coração, o teu riso. E isso é coisa rara hoje em dia.

O Céu e o Ninho

És ao mesmo tempo o céu e o ninho.

Meu belo amigo, aqui no ninho,
o teu amor prende a alma
com mil cores,
cores e músicas.

Chega a manhã,
trazendo na mão a cesta de oiro,
com a grinalda da formosura,
para coroar a terra em silêncio!

Chega a noite pelas veredas não andadas
dos prados solitários,
já abandonados pelos rebanhos!
Traz, na sua bilha de oiro,
a fresca bebida da paz,
recolhida
no mar ocidental do descanso.

Mas onde o céu infinito se abre,
para que a alma possa voar,
reina a branca claridade imaculada.
Ali não há dia nem noite,
nem forma, nem cor,
nem sequer nunca, nunca,
uma palavra!

Nunca é longe demais o caminho que nos conduz à casa de um amigo.

Não devemos nos perder, somos tão poucos, meu amigo. Cuide bem de você, não sofra sem necessidade.

Um amigo... racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos. Empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão.
Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém.

Só o que se transforma continua meu amigo.

Agora me lembrei de uma coisa engraçada. Um amigo nosso em Argel achou a moça do restaurante muito bonitinha e perguntou-lhe se queria ir ao cinema com ele. Ela respondeu um pouco ofendida e muito digna: Pas moi, je suis vierge!
Não é tão engraçado? Ele disse que teve vontade de responder: C’est pas ma faute...

Clarice Lispector
Minhas queridas. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

Nota: Trecho de carta para Elisa Lispector, de 12 de janeiro de 1945.

...Mais

Não devo ter sociedade senão comigo
mesmo, nenhum amigo, senão Deus.
Generoso estrangeiro, adeus, sê feliz.
Adeus para sempre!

Não é amigo quem sempre busca a utilidade, nem quem jamais a relaciona com a amizade, porque um trafica para conseguir a recompensa pelo benefício e o outro destrói a confiada esperança para o futuro.