Quando o mar está calmo
Dos campos agrestes às ondas do mar
do vento entre os montes ao chilrear.
Há algo mais calmo?há algo mais sutil?
É como um canto, como uma melodia
cada gota a chapinhar traz uma sensação
de sossego, de harmonia e calmaria.
Algo que é tão forte e parece frágil.
Rompe com rochas e rochedos
molha a terra e os meus dedos
Quando me preciso molhar
sei onde posso sempre achar.
Se o mundo fosse comparado a um mar,como seria este mar?Calmo com baixas ondas ou seria um mar em alta tempestade turbulento?
o mar é bonito né ! Mais ele tem fases, uma hora ele está calmo e quando vc menos imagina ele fica agitado mais nem por isso ele perde o que tem de melhor ....
Sois como mar
Incerto,intenso,calmo,denso.
Salgado mar são minhas lágrimas,
Calmas dilacerando-as como furacão.
Areia que incomoda,
São feridas mal curadas.
Pedras batendo,
São consequências mal tomadas.
Minha intensidade me afoga,me mata.
Sou o fundo misterioso.
Numa linda manhã de verão,
andava a passear sem pressa
o mar passava calmo e sereno
o meu coração respirava amor
mas quase sem dor, e de um modo pleno.
Julguei ver-te chegando de longe, mas sempre com ar apressado, zangado? Não como um sol cor de bronze que reflete no mar tranquilo, pois sabe o seu caminho.
Depois pensei estar sonhando
dentro de um barco parado
Se estivesse imaginando, talvez pensando, ou estaria a sonhar acordado.
A tua beleza ao pé de mim estampada, por vezes é sorridente, pode ser alegria, dor ou sentimental, mas o meu amor por ti não tem igual.
-Carta ao apaixonado-
Me desculpe por causar tanta tempestade.É difícil velejar em mar calmo quando é o barco que esta agitado.
Eu me sinto a confusão; eu estou mexendo a tua vida com perguntas.
Me desculpe se isso não te deixa dormir, se te deixa pensativo. Mas eu preciso de respostas.
Me parece mais lógico tentar te conhecer que me afastar. As vezes eu sinto essa vontade porquê , sinceramente, o que você me fala me assusta, me deixa confusa e nervosa. Me lembro de tuas palavras e sinto calafrios; me arrepio. Porque alguém que me conhece a tão pouco tempo, parece me querer tanto?
Me desculpe se parece que te contei pouco, mas, pra mim; parece que te contei mais do que deveria.
Escrevo para que me perdoe, e para te pedir que tente me entender enquanto eu tento te entender.
Um teatro calmo agora viveu, onde o tempo não se desespera, somos correntezas levadas ao mar, um distanciar do passado tão presente, o revelar de um futuro tão carente e incoerente se preservas...
Calma da alma e do coração que não se arrisca em nadar em mares tempestuosos e sim em calmo mar, sem risco aparente.
A alma é como a luz de um farol que orienta os barcos em alto mar.
O mar pode estar calmo ou tempestuoso mas a luz nunca deixará de os guiar.
Mar de Adeus
Têm dias em que o mar está calmo e em outros está mais agitado.
E sinceramente, não tem sido fácil navegar por esse mar até então desconhecido por mim.
Embora soubesse que navegaria por ele um dia, achava que seria muito lá na frente...quando os meus cabelos mudassem toda a sua tonalidade, quando eu tivesse tido experiência suficiente para olhar para trás, satisfeita com toda a minha jornada.
Mas como toda navegação, há sempre tempestades no meio do caminho, que nos fazem mudar e até mesmo interromper a direção desejada.
A princípio sou uma marinheira inexperiente, fico angustiada e com medo diante os fatos. Há momentos em que a dor me cega, me ensurdece e chego a me desentender com o capitão por tudo o que tenho que enfrentar.
Há circunstâncias em que penso em deixar a embarcação naufragar.
Mas sei que não estou sozinha nesse barco e que existe um capitão que me incentiva a olhar para o horizonte, a ter paciência e fé para passar por esse mar tão revolto.
Enquanto esse dia não chega, eu preciso ouvi-lo atentamente e acreditar que no fim da tempestade o arco-íris surgirá e
com ele meus olhos voltarão a brilhar.
"...e em tua viagem, pergunto: onde vais?
se sou o mar calmo e respondo teu impulso,
se em marés respeito teu instante convulso,
porque precisas ir em busca de outro cais?".
Desenhou ondas em meu pensar, como uma pérola
sem sua ostra
Vi, de longe, o mar calmo, pensei: Por que não dar um mergulho? Decisão extremamente errada. Mas agora já é tarde. Afoguei-me. Afoguei-me num mar de amor.
As dificuldades são a base da construção do nosso caráter.
Um mar calmo nunca fez um bom marinheiro,
mas um bom navio com certeza nos ajuda a passar pela tempestade.
Por isso agradeço às pedras no caminho,
principalmente àquelas pequenas, pontiagudas no fundo do sapato
sempre me lembrando que por maior incômodo que causam,
são só pedrinhas, muito pequenas diante do que tenho a caminhar pela frente.
Mas o maior agradecimento vai àquelas pedras preciosas, raras,
minha família, meu amor, meus amigos, meu ouro, meu bom navio num mar revolto!
A base do meu caráter.
"Cheia de alegria sinto Deus no mar,ora cheio,agitado,ora sêco,calmo,com suas ondas a proporcionar esse vai e vem,movimento de agitação e bonança que se assemelha a vida em sua história que nos mostra que temos calmarias e tempestades. Sinto,ainda,Deus no Sol,ora quente,escaldante,ora frio,refrescante,no seu giro normal,entre nascente e poente,movimento que me faz medAtar a vida em sua história e refletir que o que nasce,depois desaparece. Continuo a sentir Deus,no vento,ora como brisa gostosa a me acariciar o corpo,ora com ventania carregada de poeira fina a irritar os olhos,onde me ponho em movimento para receber a sensação gostosa da brisa,ou a correr para me livrar da irritação da irritação pelo corpo.Assim,também,é a vida!...Ora se fica pelo prazes,ora se corre,afastando-se do desconfôrto." (Exatraído do livro:Almira e sua história - Traços bibliográficos)
Uma nau sem mar
No seu olhar calmo e sereno de antigamente, não encontrei meu mar e nenhuma praia aonde eu pudesse repousar meu “eu”. Encontrei apenas algumas interrogações fugindo de todas as respostas que eu poderia Ter.
Foi como ver em uma manhã a ressaca, a fuga para outra encosta e a sensação de algo esparramando, descansando em si mesmo.
Pela primeira vez parei para pensar e fiquei perdida dentro do meu vazio, dentro do meu próprio porto sem nenhuma sinalização.
Não voltaremos atrás. Eu sei que não voltaremos, nem para recolher as mágoas, nem para recolher os aplausos. Guardaremos dentro de nós esse silêncio gritante, explodindo dentro de nós. Eclodindo dentro do nosso ser que já não é. Deixou de ser quando se fragmentou, e os pedaços espalhados não se fizeram formas novamente. São lâminas, areias dentro do nosso mar, desse mar vazio sem nenhuma nau, sem nenhum anjo esperando a embarcação. Acabaram os sonhos e tudo se fez real.
E, no entanto, olhando pelas frestas de nosso interior eu vi um menino correndo em direção às ondas imaginárias, eu vi um menino brincando de “gente grande”, guardando dentro de si um medo danado dessa vida tão dura, muitas vezes impiedosa. O que esse menino não aprendeu (porque teve medo), foi a fantasticidade que é desafiar a vida com todas as quedas, com seu tempo imperativo. E como é gostoso tirar da vida o néctar, o doce, o essencial, mesmo quando ela insiste em nos dar o amargo.
Foi isso que vi em seus olhos e compreendi que não era calmaria, e sim olhos inertes. E foi por isso que o mar foi embora, sem nau, sem anjo, sem nada para deixar de rastro, de simples lembranças.
Também estou indo. Deixarei as marcas digitais de uma sombra se movendo ao tique-taque do relógio. Deixarei meus fragmentos de sonhos espalhados nesse chão frio. Talvez um dia os absorvam ou triture-os até o fim. Tudo isso são marcas de um passado que ainda dói muito percorrer.
Mas estou indo. A minha nau parte amanhã, sem os seus olhos, sem o seu mar.
Haverá de soprar ventos leves, ventos fortes, que certamente nos levará a navegar em outro tempo.
Sou a fé dos desesperados, o barulho do silêncio, as ondas de um mar calmo. Não me prenda, pois vivo solta como os pássaros, apenas me ame, do meu jeito, do nosso jeito, e de todas as formas aparecerei para te amar!
Quando o sol brilhante, o ceu azul, o mar calmo e a suave frescura do vento nao sao capazes de nos fazer sorrir, talvez seja hora para nos libertarmos, porque nunca seremos felizes exterieurmente enquanto nao foremos livres interieumente.