Quando Morre Alguém que Amamos
É, não somos mais um casal. Tenho trocentas coisas para falar em relação a isso, mas alguma coisa me tapa a boca e não consigo pronunciar uma palavra sequer, olhando para você. Passamos algumas semanas juntos, não sei se chegou a parecer um relacionamento. Encaro o que tivemos como uma espécie de troca de tempo perdido que queria se tornar útil, construído por beijos e abraços demorados nos intervalos da escola. Eu me sentia sortudo por estar ali, contemplando seus fios de cabelo que adoravam atrapalhar nossos beijos. Sorte é um negócio antagônico à tendência que eu tenho de cagar com tudo, mas, por incrível que isso seja, o azar não deu as caras. Era estranho pensar que as coisas estavam dando certo, apesar de eu não saber exatamente o que isso significa. Algo bonito estava nascendo. Era só olhar os nossos olhos cruzarem com toda a timidez do planeta para ter certeza. Três segundos era o tempo máximo que conseguíamos nos olhar simultaneamente, até a vergonha graciosa entrar em ação e nos interromper. Meu olhar para a esquerda, o seu para a direita. Eu para o nada, você para o tudo. Eu para o passado, você para o futuro. Assim como nossos olhares, nossos planos eram diferentes. Meu ceticismo e pessimismo te observavam com receio, sua expectativa e a fé enorme no amor me olhavam com vontade de amar de novo. Não consegui lidar com as nossas diferentes intuições e nossas intuições acabaram não sabendo lidar com o que tínhamos. Nos conhecemos estranhamente e terminamos da mesma forma. Só não houve adeus porque as partidas concretizadas perfuram demais o coração. Então, ficamos assim, fingindo não gostar e gostar ao mesmo tempo, de uma maneira tão esquisita que nem um de nós dois consegue explicar. E não foi preciso cobrar explicações e diferentes perspectivas do nosso fim. O silêncio é o meio de comunicação que encontramos para nos conectar ao quase amor que só existe na nossa imaginação.”
Apetecia me algo...apetecia me tudo...desfruto de nada por vezes de tudo.querem narizes nos falessios do amor enquanto as pupilas dilatam em dor de surdina. ..aberrante pensamento que Confúcios o meu coração. ..
A boémia que como vilã abusa do ser ou não ser adulto em acordes ou acordares de harmonia musical ou em expressão corporal. ..nunca me apanharam porque a boémia em mim poderia ser o big fish de todos vós que estais sem voz. ..
"Não são vocês que me expulsam. Sou eu que vos condeno a ficar"
Tá a ter um ataque de epilepsia?
Não minha querida, é mesmo um ataque de ...
Do filho do encenador.
Etc etc
Transpirei de memórias inacabadas no meu ser. Quase soltei mar dos meus olhos ontem...
Onde vamos agora que acabou o teatro?
Ó cigana diz me tu...
Por mim e por ela.quando amas libertas...alguma vez te prendi?
Deu vontade de te ter conhecido bem antes.e ao mesmo serias sempre igual aos cinquenta...
Por seres como és. Apenas isso! Não para ter nada, e talvez ter tudo...
Qual tempo? É intemporal, necessitava sangrar...O destino encarrega se do resto,imenso. Mas o amor está lá. No olhar presente que pressente sem explicação para presságios. Está! Presente estive...no tom de voz,nada foi convencional, carregava passados que não foram vividos nesta vida...
se não teve força! ? Cada um teve o seu tempo de espera, cada um tem a sua liberdade. Não existem amores entre prisões. ..
Espero que sejas sempre honesta.acredito nisso na tua pessoa, minha pessoa. É do que mais gostei, gosto em nós. A capacidade de traduzires honestidade em discurso e acção corrente. Forte como o leito de um rio onde ambos já celebrámos e onde pernoitámos bem dentro um do outro. Não existiram margens nessa noite, e tava uma lua...
Gerações
Romântica é a boémia que trago nos bolsos do casaco que era do meu avô. Casaco que tinha perpetuado um Readers digest, todo ele azul vivo ! Esse velho casaco com uma faixa amarela que me agasalhava os ombros. Quando o usava lembrava me do orvalho nas nossas nocturnas cavalgadas no oeste português, bafejadas de símbolos e signos. Cada vez que o vestia, sentia sempre que era a primeira. E sim sentia me vivo como o azul ,e amarelo bem vivos, cheios de novas expressões em cada vinco do casaco. Conceito de um avô que agasalha, um Readers. Experimenta sempre primeiro algo que te comprove a qualidade de futuros actos . quem não serve bom vinho da casa ,nunca servirá boa comida, e sem boa comida não existirá boémia e muito menos romances que sorriem. ..nem amizades que perdurem.
Dáalguem
Gordo... Esta é mesmo a vida que menos gosto.Só me apetece sair de casa,ir buscar uma viola me a mente ao coração que mente e vaguear de carro com o cão. ..Sinto um desapego à minha pessoa imenso.Não me apetece vincular a nada. ..Apetecia me tar são Bartolomeu no alpendre.
Com a luz da noite...
E o silêncio.
Sou um pássaro no fio da navalha e preciso da decadência em forma de risos. ..
As minhas asas ocultaram. ..riram e partiram!
Quase cruzaram a vida, existiu possibilidade temporal para tal, mas o destino não quis. Deu um dócil olhar aos dois, e vocês partilham cada um no seu tempo. Cruzou a personalidade cada vez mais adquirida na minha pessoa. O brilho pelo risco, a falta de limites. A ânsia de liberdade. Tudo se salta, porque tudo olfactam. Horizontes sem fim vislumbram. Essa força de vontade reencarnou de um para o outro. Eu ofereço fragmentos de tudo o que posso que é ser vosso! Essa vontade de que não desistam de vocês que vos faz correr sem parar... estou por aqui como sempre. Para amigos e cães um dia passou, outro chegou, outro reagirá certo que a dita (mãe) liberdade chegará...
"Ah moço, se você soubesse pelo menos um 'tantinho' do grande amor que sinto por você! Será que você me amaria também?"
Ou sejas tudo
ou não me sejas nada
Gosto do que é inteiro
completo
entrega
Não me contento com metades
porções
Parcelas de sentimentos
de almas
de corpos
apenas não me soam nada
Não as quero
Obrigada
entregue a outra
outra que se contente com suas migalhas
outro pobre ser
que não conheça a beleza
de ser só entrega
ser tudo
o nada
a mim, nada é
Por tua causa vivo como uma criança.só espírito infantil pode fugir às agruras de tais perdas...uma perda nunca é singular pois é o abraço de uma variedade infinita de sensações...indios sonham relembrando! Que saudades de levitar no cheiro do teu olhar.ainda hoje cheiro as maos a procura de relembrar...os outros sao apenas outros dentro de nós.
Dá a alguém
Reino amnésico
por vezes tenho representações e lembro me de algo.
Imagens
ou palavras,
mas nunca a consciência do acto todo.
Essa consciência segundo a memoria que costuma estar nesse lugar sentada a olhar para mim a dizer :
" nao te vou deixar lembrar de tudo”
" Agora aproveita a tua mais ínfima viagem na tentativa de perceberes amnesia”
"Ela não está cá para ti"
"Podes voltar, mas nunca a vais encontrar"
"Eu sei que vais voltar. Voltas sempre. Nunca desistes, nem te conformas, depois não sabes lidar com isso"
É das poucas coisas que me lembro de quando estou à porta
do reino da amnesia.
Contrariedade do esquecimento umas vezes em casa, outras fora…
Alguns não acreditam que tal sitio ou lugar existe! E eu que me lembro que tentei explicar mesmo que não necessite…
Dá a alguém
ó velhas que carregam a minha ira nas costas
da montanha
vinde ver
o que me levou a soltar este menino surdo do meu ser...
Dá a alguém
O homem moderno sexualmente e nas acções do dia a dia assemelha se a um grande necrofago. Ao longo da caminhada que é o envelhecer em espírito e em alma. regista não a passagem temporal mas sim uma grande pinça murcha com um pequeno coração.E existe uma relação da igreja com o coração e a pinça. Chama se a acumulação de sémen transferida por directos discursos vindo de obscuros percursos...ai conflito que estais na terra. Quem diz na terra, diz na tua terra à tua beira.cuidado moderno já existem cintas que falam e quem sabe não te chegas à beira . depois gritas ou sussurras: papa Francisca sémen sémen semente do corpo que sai. Já mataste o homem, fica a modernidade.Amen!
Dá a alguém
será que os olhos delas são tão profundos que quando eu os ver, vou conseguir enxergar a mim mesmo na vasta imensidão do azul do seu olhar, vendo a minha própria alma ?
Não digo nada, porquê não há nada a dizer, o único som que fazemos é o silêncio, é isso, e apenas isso que dizemos um para o outro, essa foi a maneira que encontramos para expressar, o que sentimos , não que seja um sentimento ruim, mas para demonstrar o desconforto, com nós mesmos, a sensação de ter dado errado, e talvez a culpa, por não ter feito melhor, e não ter a chance de fazer diferente, pois isto, é a única coisa que queremos, e é também a única coisa que não podemos ter. Isso é tudo que queremos falar, e falamos com uma ação, como um pedido de perdão, em um olhar, em um simples silêncio.
Eu sou um desses caras que se sente duido, que as meninas pensam que não existe, mas eu deixo aqui afirmado que eu realmente existo, e sabe eu sofro igual e/ou mais que todas vocês, não sei o porque, talvez porque eu não queira ou não consiga esquecer, mas o que importa, é que dói, é a grande verdade, mas a única coisa que eu posso dizer e que é real é; essa é a vida, e estamos sujeitos a esses tipos de sentimentos, o que importa é a gente se sentir bem.