Quando a Gente Pensa
Tem gente que faz a vida parecer conto de fadas! Tem gente que faz questão de te lembrar todo dia que Fada do Dente não existe e que além de ficarmos banguela, não vamos ganhar moedinha nenhuma!
“A grande vantagem de ser portador de feiura é que com o passar do tempo o sujeito continua desabonitado do mesmo jeito. Gente feia não enfeice !
É como se fosse um objeto que não se desvaloriza mais. Isso já está precificado na existência do indivíduo.”
"O futuro sempre foi incerto, e as profecias sempre falharam.As bolas de cristal nunca foram tão opacas.Só existe uma certeza, a gente nasce,a gente vive e a gente morre. O resto? bem o resto é um entreter os dias."
TRANSMITÂNCIA DAS COISAS
Tudo que existe , extinto...
Seja o que for - fará falta;
Tudo que existe, dizimado
Deixará um vácuo no mundo.
Se sentirá a falta da cor que se encobre com uma nova;
Se sentirá a falta da ideia que se perde, por medo da critica;
Se sentirá a falta do sonho que se desiste, por não se insistir;
Se sentirá falta das amizades interrompidas, nas intrigas...
Na ausência do perdão.
Se sentirá a falta do romance que acaba, em troca de nada;
Se sentirá falta da infância que passa como um meteoro;
Se sentirá falta da juventude que se vai como um raio.
A maturidade que chega, enfada.
O que quero passar são lições de vida:
Aproveite, divirta-se e respire!
Porque tudo o que existe, acaba..!
Tudo o que deixa de existir, é falta.
Tudo o que se enterra, é passado...
Nem tudo é perda!
Nem tudo é ganho.
Tudo muda, passa e à vontade transpassa!
COISAS DE MENINO DE RUA
Um menino de rua pode ser doutor?
No meu tempo podia..
O menino de rua era o dono do lugar;
Ele podia ser o que bem queria.
O menino de rua no meu tempo:
Tinha termo, se divertia;
Tinha vida, sorria e gargalhava;
Tinha casa e cama macia.
O menino de rua no meu tempo
Ia pra escola, fazia fila;
Cantava o hino nacional;
Jurava devoção à pátria mãe.
Memorizava as cores da bandeira;
Rezava de mãos posta no peito;
Chorava e não se envergonhava...
Pois, amava a pátria que nasceu.
O menino...
usava uniforme azul e branco,
Meias brancas, branquinhas,
Conga azul ou kchute preto...
No pescoço tinha uma gravata.
Fui menino de rua...
A mãe sabia, o pai espiava sisudo;
A vizinhança sentada na porta da casa
Da meninada, cuidava.
Menino de rua do meu tempo...
Se quis virou doutor, professor, jogador
Por isso sou poeta ...
Em versos escrevo história.
REPETIÇÕES DAS COISAS
Desnorteia-me saber
Que não sou autor de nada.
Pois, tudo é repetição das coisas
Há tempos criadas.
Só faço as coisas que os outros já fizeram;
Apenas adaptei-as
Ao meu jeito de fazer...
Falo só do que já ouvir, há tempos.
Escrevo do que já li, de vários livros;
Canto o que já cantaram, desde da infância...
Tudo é repetição, quase nada é novo.
Só não quero repetir, pois enoja-me:
Os erros dos outros ...
Que quebraram a cara, deram com os burros n’água!
DIA DE COISAS
Há dias que ninguém nos ouve,
Por mais alto que se grite;
Há dias que por mais que se mostre:
Ninguém nos ver;
Há dias que por mais que se corra,
Parece não se chegar a lugar nenhum.
O que parece ser um dia ruim,
É o dia, um dia qualquer;
Apenas um dia diferente na vida da gente.
É apenas um dia em que requer:
Mais esforços, mas atenção:
De se considerar o que quer:
Grita-se: quer ser ouvido, no quê?
Mostra-se: quer ser visto, por quê?
Corre-se: busca algo importante?
Há dias que parece de coisas
Dia de decisões,
Dia de escolhas,
Dia de sentenças,
Dia do juízo final...
Mas a coisa que vale a pena, é viver!
COISA DE GENTE DIGNA
Há aqueles que o mundo não é digno,
Aqueles que pouco dizem e se dizem é inaudível;
Aqueles que pouco reclamam e só veem favores.
Aqueles que esquecem de si mesmos, em causas
E por outros se entregam em troca de nada.
Há aqueles que em meio a uma multidão,
Que não se nota, passam despercebidos
Pois não buscam a glória;
Não buscam a fama e o status.
São e querem ser apenas, o que são: humanos.
Estes que não são copiados, não são interessantes;
Não tem uma marca, não são lembrados;
Não ocupam páginas, não são contados;
São e querem ser sempre o que os outros veem.
Nada exigem, nem o respeito e nem a honra.
Nascem, crescem e andam entre nós,
Fazem muitos, transformam gente,
Mudam a história e muda o rumo do mundo.
São por muitos amados, por outros odiados.
Tem seus tempos curtos e estão sempre ocupados
Parecem fazer valer, cada dia de vida.
Ou percebem que tem os dias contados.
Confunde-nos se são anjos, enviados;
Se são seres encantados, missionários;
Mas dos seus jeitos mudam o mundo
E se vão como chegam, sem serem notados...
DEPENDÊNCIA DAS COISAS
Que se dite as inúmeras regras,
Que se achem os jeitos certos, mágicos...
Nem sempre valerá para todos, serão erros?
Somos todos diferentes, se é gente!
Ainda que grite os mandamentos;
Que os repita de dia e de noite,
Mas só o impacto na alma,
Fará - se abraça-los...
Ou será a carência?
Que se escreva os melhores livros;
As mais melancólicas histórias de amor.
E os mais quentes romances,
Mil e uma estórias de terror.
Cada qual sabe o que sente...
É incerta a dependência das coisas
É repentina,
É eterna...
A PAIXÃO DO POETA
O poeta é apaixonado, é vidrado na vida;
Por cada dia e todas as noites.
Pelas horas que escreve suas poesias;
Pelas letras que usa nos seus versos;
Pelas palavras que formam suas frases
E por tudo que o inspira viver.
É apaixonado pelo branco do papel;
Pela pena e tinta preta.
Pela luz da vela de noite,
Pela claridade que entra pela janela durante o dia,
Que ilumina a sua escrivaninha.
É apaixonado pela sua musa inspiradora,
Por sua história de amor.
Por seu mundo e sua gente;
Pelos que estão sentados na praça à tarde
Pelos transitantes da rua.
A paixão do poeta é por tudo:
Tudo de bom que existe;
Por todas as coisas que consegue ver,
Pelas sete cores do arco-íris
E por sua cor preferida, o verde.
- MORTO DA SILVA
Não sei para quem faz algum sentido, morrer?
Pelos menos aos que ficam.
Aos que se despedem da gente...
Depois que a gente se vai.
Parece que tanto faz, pois, já se foi.
Nunca mais querem nos ver.
Engraçado? Mesmo dizendo que amam.
Que amam aquele que se foi não o quer mais...
E preferem morrer de saudades.
a tê-los por perto, uma vez, que já se foi.
Morrem de medo da ideia de desenterrando
Não se encontre os ossos.
Morrem de medo de se ter saído do túmulo
e voltado para casa;
Onde não se será mais bem vindo.
Se estiver vivo se morre de medo dos mortos;
Se estando morto, se mete medo nos vivos.
Ainda que não se faça nada, estando morto.
Que se pareça está todo o tempo ali deitado,
Parado...sem piscar.
Morto da Silva!
GENTE QUIETA
Gente quieta, de quem não se ouve som...
Nem sempre estar calada;
Gente que fala muito, gente que fala alto
Na maioria das vezes não diz nada.
O silêncio é ensurdecedor para os tolos;
Mas é conselheiro para os sábios.
Quem fala muito, diz pouco...
Quem fala pouco a seu tempo, diz tudo.
QUE ANDE A FILA
É certo que a fila anda!
Porém, tenho que saber o meu lugar...
Atinarei no que espero alcançar;
Quem sabe compensa o tempo de espera?
Não se segue gente às cegas.
Escolhe-se e se posiciona na fila...
Se a fila anda, anda;
Mas não é o mais relevante;
Se sou feliz no meu canto...
Fica-se feliz? Que ande a fila.
MEU EU POR MIM
É claro que um dia pensei:
Se todos fossem igual a mim...
O mundo seria melhor!
Não mudei meu pensamento;
É verdade, que ainda penso:
Seria bem melhor...
Hoje apenas desconfio:
O chato é que eu teria de viver
sempre comigo mesmo.
Eu não me aguentaria...
Não me envergonho;
Sei quem sou...
Só preciso de alguém que me faça lembrar isso.
Lembrar-me do chato que sou.
A ARTE DE OUVIR
Há aqueles que aprendem;
E também aqueles que apenas ficam sabendo;
Por isso não podem assimilar
Os significados das coisas que lhes ensinam.
Quem fica sabendo, inventa o resto;
Inventa o que não presta.
Quem aprende, vale a pena...
São ricos em certezas,
Vivem suas vidas na riqueza,
Nas riquezas do saber.
MATURIDADE
Percebe-se que amadureceu
Ao concluir que tudo terminará como começou :
Nas mãos de alguém:
Dependentes de outros seres humanos;
Na sorte dependente dos pais...
E depois dependente dos filhos.
Nasce vivo, mas nu...
E morto, nada se saber.
Quem não depende de alguém:
Não tem dono;
Não tem amores...
Não é ninguém!
Não posso repensar a gente junto
É o interior que contamina ou embeleza a pessoa, eu tinha certeza absoluta que ele não foi feito para mim e mais certeza ainda que eu não era para ele. Eu precisava ter saúde e comer regularmente.
Procure se casar com uma pessoa que possa te oferecer muitas chances de ser feliz e seja essa pessoa também. Está estranho isso, Livre-se de algo que você não precisa mais, algo que está minando o seu eu interior, Sempre tive orgulho de ser forte, segura e independente, preciso me desligar completamente de algumas emoções.
Já fui escrava dos desejos, por vezes era preciso sepultar o meu eu, estar bem comigo é o primeiro passo para estar bem com meu marido, mas isso nunca acontecia porque ele não estava bem consigo.
Às vezes demoro um pouco para perceber as coisas, a adaptação a essa transição, embora difícil, poderá ser um tanto ou quanto suavizada quando você se sente bem sozinha.
Continuava aparentando muita insatisfação com muitas coisas, tentei me imaginar cometendo suicídio, mas eu voltei a me ver como sou e fiquei feliz com o resultado. Quase ninguém que eu conheço se casou com o primeiro amor da vida e isso era um bálsamo.
Por muitas vezes, ganhava para bancar meus luxos, sonhava com amor, mesmo que meu lembrete de geladeira me lembrasse que ele nunca foi bom o suficiente. No desafio de tocar a alma fui ensinada a voar.
Qualquer inferioridade minha era culpa da permissão que dei a ele, vivo repetindo isto para todos, sempre chegou em casa com seu olhar superior, nunca me desejou de verdade.
Dependia de mim convencer as pessoas que isso me magoava, planos não faltavam para fugir de tudo aquilo. Encontrei reflexos em mim de minha mãe, estava me vendo submissa como ela.
Não conseguia imaginar minha vida sem tudo isso, tinha estabilidade financeira, era feliz com a grana do meu marido e minha, sabia que a perda financeira me afetaria também.
Nunca fui de ir acompanhada ao banheiro, sempre achei que Liberdade de expressão resulta em muita confusão, eu filosofava achando que cada estação envolva todas as outras estações.
Eu me livrei, mas não foi fácil.
Gente má…
Que pena haver gente tão má em nós;
A viver muito mais que a gente boa;
Daí, por cá nos sentirmos tão sós;
Daí, tanta maldade, em nós entoa!
Que pena morrer tanta gente boa;
Tão primeiro, que essas bestas tão más;
Daí, cá tão nos sentirmos à toa;
Daí por cá tanto faltar a paz!
Que pena, O Criador, a tal permita;
Que pena, O Criador, a tal não ligue;
Que pena, O Criador, a tal deixar!...
Que a de cá, nossa vida mais bonita;
Deste viver, mais cedo se desligue;
Para o viver, dessa tão má; reinar.
Com profunda mágoa;