Quando a Gente Pensa
De vez em quando é necessário a gente se perguntar se dentro de nós é um bom lugar para se viver. Tenho me perguntado isso… e a resposta é sim, sou um bom lugar.
A gente passa por poucas e boas nessa vida, que nos faz parar pra pensar, e rever nossos valores e conceitos.
Em pouquíssimo tempo pude aprender coisas que valerão para o resto de minha vida, e guardarei no baú da experiência que pretendo juntar durante minha vivência.
Antes eu pensava que, o fato de não abrir minha vida pra ninguém era uma idiotice, afinal de contas todo mundo precisa desabafar com alguém, pois dividir os problemas, multiplicar as alegrias faz parte da vida. E eu aprendi a fazer isso... e descobri que realmente é bom!!
O difícil é quando a pessoa que você confia incondicionalmente trai esse sentimento.
Eu sempre digo que não gosto da palavra decepção.
A gente sempre deve esperar pelo pior das pessoas... o que ela fizer de bom é lucro!!!
Mas a gente passa tanto tempo a receber coisas boas de algumas pessoas, que quando acontece algo ruim, você se decepciona.
E esse sentimento não devia acontecer, afinal de contas você deveria ter imaginado que esse “algo ruim” aconteceria a qualquer momento...
Todo mundo, quando se vê uma situação de risco, tem duas opções: passar em cima de todo mundo que está na sua frente e se salvar, ou ajudar os que estão a sua volta, e correr o risco de sair machucado...
Isso vai da índole de cada um... e eu sei qual é a minha...
Dizem que a inveja só dói em quem sente, mas acho que é mentira... em algumas situações dói em quem é invejado também... Não quero ser prepotente e dizer que sou invejada, mas acho que a felicidade alheia incomoda, e eu sou tão feliz que estou começando a achar que sou um estorvo para alguns.
Mas graças a Deus tenho de onde tirar forças e superar todos os empecilhos que a vida me traz!!!
Minha família, que não é formada somente dos meus pais e minha irmã, mas sim a grande família que criei durante minha vida!!!
Todos os meus grandes amigos, que me apóiam, me ajudam, me fazer rir, me vêem chorar, e estão dispostos a tudo pra me ajudar!!!
Podem tirar qualquer coisa de mim, mas meus amigos, ninguém tira!!!
Quero um pouco mais
Não tudo
Pra gente não perder a graça no escuro
No fundo
Pode ser até pouquinho
Sendo só pra mim, sim
E eu quis. Quis algo além da rotina do trabalho e gente fabricada com seus narizes perfeitos e cabelos penteados. Quis algo certo como o frio na barriga e a respiração travada, o coração esquecendo de bater. Quis algo errado que me fizesse bem só por escapar do caminho óbvio de toda noite.
Tem coisa que sacode a gente que nem vento forte. Depois vai embora e deixa uma leve bagunça. A gente ajeita e fica tudo bem.
Vontade de ter um pensamento bem profundo, desses que fazem a gente se surpreender que tenham saído da nossa cabeça mesmo, naquela modéstia que só se tem quando se está distraído, desses pensamentos que nas revistas em quadrinhos aparecem em forma de lâmpada sobre a cabeça do cara.
Pregui de gen
Preguiça do mundo, preguiça de gente. Preguiça de mim.
Vontade de não me relacionar com humanos por uns dias. Bichos, tudo bem. E eu, que de mim não posso fugir. Quero ficar louca e solta, e não pentear o cabelo, e deixar a barba crescer. E meditar. E escrever. E respirar. E só comer frutas. E renascer.
Pra depois me acabar toda de novo, nesse ciclo shivariano que faz o mundo terminar e recomeçar a cada dia. Tem mesmo essa coisa Fênix. Não sei ainda porquê sempre tenho que me desfazer, me arruinar, ir até o fundo de tudo pra acordar no dia seguinte e renascer das cinzas. É como ter que ir até o inferno só para ter algo pra comparar com o paraíso.
Quando as pessoas entendem que a gente está lutando por justiça social, por equiparação e por equidade, não tem motivo para não ser feminista.
Acho que é assim que funciona com a gente. organizo a minha vida só pra ver você chegar, e bagunçar tudo de novo.
Quando a gente percebe que a vida é um livro e não vale a pena sofrer por causa de uma página, tudo muda.
Tenho murchado imperceptivelmente toda vez que gasto meu tempo com gente que não me acrescenta, que me suga. É essa maldita vontade de ser gente boa que acaba comigo. Parece que nesses momentos a gente descobre que tem que ser meio egoísta, porque não há nós mesmos suficientes para todo o mundo. Que seja cruel, mas que seja pela minha sanidade: eu me dôo para quem eu acho que merece. Minha atenção, meu sorriso, meu pesar, meu boa noite serão destinados só àqueles por quem eu me interesso. A questão é que meu ouvido não é penico. A questão é que eu não tenho paciência pra gente superficial e chata. E o tempo passa rápido demais. Não é uma questão de ingratidão; é só que a vida urge e eu preciso aproveitar melhor o tempo que me resta.
Grande parte das nossas frustrações acontece quando a gente espera que o outro tenha as mesmas atitudes que nós teríamos em determinada situação. Mas o outro é somente o outro. Ninguém é igual a ninguém. E nunca será. E pra nos ajudar a sair do fundo do poço, porão ou subsolo… Só a gente mesmo. O outro, por mais que te ame e queira teu bem, não pode fazer isso por ti. Nem que ele quisesse.
Tem gente que entra na nossa vida de forma providencial e se encaixa naquela história que gosto de imaginar: surpresas que Deus embrulha pra presente e nos envia no anonimato. Surpresas que só sabemos de onde vêm porque chegam com o cheiro dele no papel. Acho maravilhoso perceber o quanto algumas vidas interagem com a nossa de um jeito tão mágico e bonito. Os milagres existem para quem tem olhos que sabem ver a sabedoria e a ludicidade amorosa próprias do que é divino. Do que transcende. Do que escapole da nossa lógica...
Pensando bem, a religião nunca viu problemas em matar pessoas. Mais gente morreu em nome de Deus do que por outro motivo. Depende de quem manda e de quem morre!