Quando a Gente Cresce
A vida é um eterno perde e ganha
Um dia a gente perde, no outro a gente apanha
E nem por isso a gente vai fugir da luta
Não vou baixar a cabeça pra nenhum fdp
A gente sempre sabe a verdade mas às vezes prefere a ilusão. Pelo menos com ilusão a gente sonha mais.
Difícil é quando você procura alguém pra dividir suas angústias, e só encontra gente para multiplicar suas dores.
É que a gente parece duas crianças. Um mais birrento do que o outro. Somos mimados, cheios de vontade. A gente briga, muito. A gente discute, se bate, se xinga e até dizemos que nos odiamos. Ah, se todo ódio fosse assim. Mas você acaba voltando pra mim e eu voltando pra você. É como se tivéssemos um imã. Um polo positivo atraído por um negativo. É a física. Até a natureza conspira ao nosso favor.
Às vezes a gente ama tanto que só Deus consegue explicar... e é traído de um jeito que até o diabo duvida.
Então a gente aprende.
Que um tombo pode significar um belo recomeço.
Que nada dói pra sempre. Que a fé é o melhor remédio, aliada ao tempo.
Que o sol sempre vai brilhar e sempre teremos um ceu azul e uma noite estrelada para lembrarmos como a vida pode ser bonita...
Que por pior que seja a noite, o dia sempre chega.
E a cada dia, a tristeza diminui.
Felicidade pode não ser eterna, mas o sofrimento também não é.
E aprendemos que muitas coisas poderiam ser evitadas, se encarássemos a vida com um pouco mais de otimismo.
Aprendemos que o amor próprio é essencial pra nossa felicidade, e que quem não nos dá valor não merece estar ao nosso lado.
Com o tempo a gente aprende que a vida não é feita de uma pessoa, um sonho e um momento bom.
Ela é feita de uma sucessão de momentos, de uma multidão de pessoas, e de força de vontade pra realizar nossos sonhos.
Pessoas vão, pessoas ficam. E nós vamos seguindo, hora com vontade de desistir, hora com vontade de ganhar o mundo.
E aprendendo sempre. E melhorando, se soubermos usar esse aprendizado. E chorando, e nos reerguendo, e buscando a tal felicidade, que é tão passageira se a buscarmos nos outros, e pode ser permanente, se a encontramos em nós...
Aprende menina, chorar não muda nada, e sorrir, mesmo nos piores momentos, atrai as melhores energias e colore seu dia.
E é de dias coloridos que a felicidade é feita.
Sabe o porquê tem muita gente odiando? Simples, odiar é fácil e não exige força. Agora, tente amar! Amar, não raramente, é dar as mãos ao sofrimento
Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Vou lhes fazer um pedido: Vivam a imaginação, pois ela é a nossa realidade mais profunda. Felizmente, eu nunca convivi com pessoas ajuizadas.
É necessário se espantar, se indignar e se contagiar, só assim é possível mudar a realidade...
“Porque pensar demais faz a gente desistir. O que enlouquece é a certeza, não a dúvida. Pensar demais faz a gente pensar besteira.”
O amor não se implora
Nem se joga fora
O amor a gente conquista e não há quem desista
Se o coração chora
Chora com vontade de te ver
Chora com saudade de você
Chora às vezes eu nem sei por que
Deve ser te tanto te querer
– E quando estiveres consolado (a gente sempre se consola), tu ficarás contente por teres me conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E às vezes abrirás tua janela apenas pelo simples prazer... E teus amigos ficarão espantados de ver-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: “Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!” E eles te julgarão louco. Será uma peça que te prego...
E riu de novo.
– Será como se eu lhe houvesse dado, em vez de estrelas, montes de pequenos guizos que sabem rir...
Não nasci para ser adequada, coerente, adorável. Nasci para ser gente. Para sentir de verdade. Tenho vocação para transparências e não preciso ser interessante o tempo todo. Por isso, não espere que eu supere as suas expectativas: às vezes, nem eu supero as minhas.
Saudade não é o que a gente sente quando a pessoa vai embora. Seria muito simples acenar um ‘tchau’ e contentar-se com as memórias, com o passado. Saudade não é ausência. É a presença, é tentar viver no presente. É a cama ainda desarrumada, o par de copos ao lado da garrafa de vinho, é a escova de dentes ao lado da sua. Saudades são todas as coisas que estão lá para nos dizer que não, a pessoa não foi embora. Muito pelo contrário: ela ficou, e de lá não sai. A ausência ocupa espaço, ocupa tempo, ocupa a cabeça, até demais. E faz com que a gente invente coisas, nos leva para tão próximo da total loucura quanto é permitido, para alguém em cujo prontuário se lê “sadio”. Ela faz a gente realmente acreditar que enlouquecemos. Ela nos deixa de cama, mesmo quando estamos fazendo todas as coisas do mundo. Todas e ao mesmo tempo. É o transtorno intermitente e perene de implorar por ‘um pouco mais’.
Saudade não é olhar pro lado e dizer “se foi”. É olhar pro lado e perguntar “cadê”?