Quadro
Deus não está em nós pessoalmente, mas em espírito. Um pintor não está em pessoa no quadro que pintou, mas está no quadro em espírito. Assim como o quadro não é o pintor, mas reflete o pintor, nós não somos Deus, mas O refletimos.
IGNORÂNCIA
''
Sete irmãos foram convidados por seu pai, pra assistir à exposição de um quadro.
E, no final da exposição, perguntaram-lhes o que foi visto.
O irmão teimoso, que considerava aquela exposição uma grande bobagem, não quis ir.
O irmão preguiçoso, que não se aproximou muito do quadro, só pôde ver um monte de manchas e borrões.
O irmão obediente notificou um leito de um rio cercado por árvores, com um céu límpido.
O irmão esforçado enxergou, que além disso haviam montanhas no fundo, com pássaros dilacerando o céu.
O irmão que entendia de pintura, percebeu tudo isso, e que na soma dos componentes da paisagem forma-se a face de uma
mulher com traços de tristeza. O irmão pensador teve o privilégio de assimilar a real intenção do pintor ao passar a mensagem.
O irmão desconfiado, considerado como o mais louco entre eles, revelou que por de trás das intenções do pintor,
poderiam haver terceiros com uma proposta completamente diferente da transmitida pela suposta intenção do pintor ao pintar o quadro.
As diferentes interpretações custaram uma semana de discussão em casa, entre todos os irmãos, com exceção daquele que
era considerado insano demais pra discutir sobre o assunto, que além disso não fazia a menor questão de defender o próprio ponto de vista.
Enquanto os seis irmãos brigavam aos berros estrondosos do irmão teimoso (seguro de si devido os boatos que ouviu sobre o quadro), em um lugar distante dali,
dois personagens comemoravam o sucesso da exposição, dialogando, aos ecos de gargalhadas.
-E no final das contas, quem é que pinta o quadro da nossa rotina com esse lodo, escombroso, imundo e pestilento?
Pergunta o patrão do pintor se rindo todo, tratando de complementar o silêncio reticente com a resposta na ponta da língua;
-O observador. São os olhos da mente que fazem a obra, e se essa apresenta-se turva, distorcida, é por culpa da
falta de visibilidade ou por falta de capacidade de interpretação do observador.
-Hahaha. Riu-se também o pintor, que continuou:
-O melhor disso tudo, é que, enquanto ninguém aqui entender de "arte",
continuarei "pintando e bordando", como bem me for conveniente.''
M O R A L
1.)
O quadro é uma situação da vida, acontecimento ou assunto.
Um mesmo acontecimento/assunto é uma fonte geradora de pontos de vista diferentes.
Esses pontos de vista são limitados à capacidade de interpretação de cada observador.
2.)
Portanto, quadro é o fato, acontecimento da vida, ou assunto.
O pintor é quem mostra, ou executa o fato. É o causador direto.
O patrão é quem ou o que articula o fato, por de trás dos bastidores, podendo ser a própria mente do pintor, ao invés de uma outra pessoa.
Os boatos podem ser o senso comum ou os meios de comunicação.
Os filhos são os tipos de observadores.
O pai, será revelado em breve (7.)*.
3.)
Não importa a etnia, a classe social, o contexto, e nem mesmo o lugar;
perpetuará ainda por bastante tempo, uma grossa camada, numericamente superior,
composta por aqueles que não páram pra observar o quadro (como o primeiro observador)
por entregar-se ao ledo engano de que a avaliação da obra não é digna do seu tempo.
E esse é o ignorante. É o que constrói as próprias convicções através de falácias,
negando os outros possíveis pontos de vista e possibilidades sem nem ao menos ter
parado pra avaliar a obra. Geralmente acha que o que sabe já é o suficiente.
4.)
Se não quiser ser um ignorante, não seja inflexível e teimoso. Não existe conhecimento inútil. Por mais que uns lhe sejam mais necessários que outros.
Se não quiser ser um ignorante, não seja mentalmente preguiçoso.
Se não quiser ser um ignorante, não seja tão obediente, porque nem todas as ordens são válidas, ou ditadas por pessoas sábias e bem intencionadas.
Não discuta com um ignorante, se ele enxerga as coisas de uma forma limitada, talvez seja porque não exista nele a real vontade de enxergar a verdade.
Se você for esforçado mentalmente, poderá estar caminhando rumo à verdade do contexto.
Mesmo que você entenda de pintura, ou seja, mesmo que entenda/estude o assunto que comenta, ou que tenha passado
pela mesma situação na vida várias vezes, não quer dizer que saiba tudo sobre isso.
Se tiver gosto pela reflexão, poderá ter uma percepção tão ampla do ''quadro''(acontecimento/tema/fato)
quanto aquele que o estuda, ou que passou por ele várias vezes (aquele que entende de pintura). O pensador é um questionador incansável, o entendedor
de pintura geralmente acha que sabe o suficiente. Quem tem mais chances de cavar até as profundidades da verdade?
5.)
Por mais que você tenha pensado em muitas pessoas
que se enquadram nessa definição de ignorância
não julgue-as, e muito menos se exclua dessa parcela, porque,
em alguma área e momento da vida, você já fez parte, você faz parte e você fará parte.
E isso pode ser válido até pra quem é considerado um exemplo de genialidade.
Em alguma área da vida, Einstein era ignorante.
6.)
Nem sempre o que os loucos/excêntricos dizem é verdade. Muito menos o que você gostaria de escutar.
Mas talvez seja interessante dar mais atenção ao que eles têm a dizer.
7.)
Não foi mencionada nenhuma referência feita às idades dos irmãos,
porque o número de aniversários nem sempre torna a percepção de um observador
melhor que a de outro. Essa percepção é aumentada através da capacidade
de aprender com as suas experiências, e as dos outros.
Há quem passe por muitas experiências acerca de uma mesma situação, e nunca aprende,
mesmo depois de terem envelhecido.
8.)
O pai é um motivo por de trás dos acontecimentos da vida. Pode ser o que você quiser;
D's, o Universo, o destino, a própria vida dizendo. Não importa.
O pai leva os filhos para os fatos/acontecimentos (exposição dos quadros)
para que aprendam algo. Se você recusa o que o seu ''pai'' tem a dizer, ou a te mostrar,
ou finge/julga que ele não existe, é provável que na essência, esteja sendo um ignorante.
Para mim, só a inteligência livremente exercida num quadro limitado pelo horizonte de consciência e pelos meios de ação disponíveis distingue uma da outra as ações historicamente significativas. Como diz Ernest Junger, todos os monumentos existentes foram erigidos à glória do livre-artbítrio.
AQUARELA
Márcio Souza. 03.08.17
Pintei meu quadro com o pincel da ilusão,
Dei-lhe as cores da beleza e da alegria,
Tatuei teu rosto dentro do meu coração,
Enchi minh'alma de sonhos e fantasias,
Mas eu na vida, fui vivendo e aprendi,
Que sem os sonhos o viver não tem sentido,
Ter esperança, pra quem tem fé não é o fim,
Pois somente o tempo me dirá se fez sentido
Meu amor não morre, pois tem sonhos e fantasias,
Mesmo que eu seja, nesse mundo, infeliz,
Nos meus dias tristes, se forem tristes os meus dias,
Ou nas minhas noites, noites frias, solitárias e vazias.
Horas amargas que chorei, chamando por ti,
Noites de angustia, que feriam meu coração,
Mas de amanhã, ao se aproximar de mim,
Tomei-te nos braços, cheio de amor e paixão,
Pois, na verdade, o teu amor nunca esqueci.
Almas gêmeas, dois amores apaixonados,
Duas metades que se completam e que se amam,
Sejam nas lágrimas de tristezas ou alegrias que derramam.
Mas sempre caminham de mãos dadas, lado a lado.
Márcio Souza
(Direitos autorais reservados.
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1798417293521292&set=a.292250330804670.86352.100000591160116&type=3
Às vezes é como sair de um quadro e ousar ocupar um lugar que não existe no plano físico. Então percebemos que precisamos voltar para o quadro e retomar o nosso lugar na pintura, no desenho, na garatuja, na parede...
A memória às vezes nos prega uma peça.
Pode ser uma peça: tipo um quadro de autorretrato
Que nos lembra de alguém que já foi, viveu, mas vive ainda em algum canto do coração seu e meu.
Pode ser uma peça: tipo um quadro de letreiro bordado. Um verso, versículo, ditado.
Empoeirado numa sala vazia, o quadro quando lido,
Traz até sons, vozes, cheiro de um passado, que já se conjugou.
Por fim pode ser uma peça: tipo Só a peça. Metálica de prego.
Porque afinal prego se prega com o apregoar de um martelo, de uma mão, de um braço, de uma mente de alguém.
Que precisa seguir, viver, virar a pagina, escrever. E infelizmente esquecer que era para ter colocado naquele prego, a medalha de honra daquele que já se foi.
Moldura vazia
Olho para mim,
Olho para você,
Vejo a moldura vazia.
Um belo quadro,
Uma linda gravura,
Ou só mais uma pintura.
Traços destorcidos,
Formas abstratas,
Eufemismo.
Pinceladas no tempo,
Cores desbotadas,
Nada!...
Poderia ter sido tudo,
Poderia ser qualquer coisa,
Só não poderia ser o que foi.
Sem fundo...
Sem cor...
Sem magia.
E no fim de tudo, sem o seu amor.
Edney Valentim Araújo
Se um músico não pode pintar um quadro, é mais provável que o problema esteja apenas nas pontas de seus dedos.
Meu pai nasceu nessa casinha da pintura. Ela era exatamente igual esta retratada aí. Esse quadro foi pintado antes da casa virar ruínas e sempre que o olho, navego a um passado que me trás recordações quase vivas em minhas memórias.
Casa de tijolos de barro, piso de terra batida quase cinza, janelas e portas de madeira rústica entalhadas pelo formão e pelo machado, tranquilamente trancadas por tramelas. As madeiras do telhado eram feitas artesanalmente de majestosos troncos de árvores nativas da região e nas suas telhas de barro ainda podia se ver os rastros das mãos habilidosas de quem às fez.
Era linda. Arrumadinha. Fresquinha e cheirosa. Cheirava a rosas durante o dia e o perfume de jasmim invadia os cômodos à noite, com a sutileza que beirava a perfeição. Escondidos sobre a beleza da simplicidade os móveis pesados e robustos, arranjados com matéria prima que trazia mais vida ao lugar. As camas bem simples forradas com esteiras de talinhos dourados e pesados colchões de algodão cru, recheados ricamente com capim seco. Jarrinhos de flores, o pote, a moringa com água, o candeeiro com sua mancha de fumaça preta na parede e as imagens de Santos e Santas, faziam a decoração típica do interior da Bahia.
Nas recordações que meus sentidos me trazem, consigo sentir o cheirinho de café moendo, da panela de ferro cozinhando feijão catador, da lenha do fogão a lenha queimando, até o estalinhos eu consigo escutar. Ficava ali encostadinho observando aquelas cores vivas que o fogo improvisava, a dança louca das labaredas e imaginando que a fumaça que saia bailava ao comando de minhas pequenas mãos.
A visão pelas janelas me parecia quadros. As plantas, as árvores maiores, a vegetação nativa, tudo era encantador. O abacateiro grande e frondoso na lateral fazia sombra para o engenho de cana e o forno de farinha. Abacate, rapadura e farinha é a combinação perfeita. O pé de cereja com suas texturas, cheiros e cores era algo que se sobressaia no quintal, perto do rego de água, fazia sombra para as galinhas e aninhava passarinhos de todas as espécies que procuravam por seus deliciosos frutos. Eu era um desses passarinhos, com a habilidade de criança magricela escalava o mais alto que podia e ficava ali, vendo o tempo passar e comendo cerejas. A cerca que rodeava a casa era também por onde passavam várias pessoas a caminho de outros lugares e um cumprimento alegre era praxe. Toda criança que passava gritava um “Bença!” e ganhava um “Deus te abençoe” de cortesia e de coração.
Os sons ao redor da casa compuseram as melodias mais harmoniosas que já escutei. O radinho de pilha ligado em alguma estação, os pássaros livres e cantadores, as aves no quintal piando descompassadamente pra lá e pra cá, o barulhinho bom do rego de água que cortava fora a fora a linha do quintal, os berros do gado e dos bezerros, o relinchar dos cavalos acordando, os latidos dos cachorros mateiros, faziam daquilo tudo uma composição ímpar, transformavam a algazarra matinal em música pra mim.
Mas havia ainda o maestro. Calmo, porém opulente. Forte, todavia tranquilo. Imortal. O Arrojado! Aquele rio de águas doces, límpidas e frescas, era o que permitia se viver ali e o seu ronco, meio canto, meio barulho era ouvido de longe, de qualquer lugar. O arrojado como o próprio nome diz era destemido, cortava as terras desde o Gerais e levava vida a tudo e a todos. Era ele quem mandava.
Banhar nas águas daquele rio era um capítulo a parte, era a aventura maior de todas e ir além de onde se conseguia colocar o pé no chão, me exigia uma coragem sem tamanho. Com os pés flutuando meu coração ia à boca, de medo e de respeito pelo rio. “Rio não tem cabelo menino”, eu escutava dos mais velhos a advertência e assim procurava sempre respeitá-lo como se respeita um Mestre.
Várias lendas e histórias eram contadas a respeito das águas do Arrojado. Algumas pra rir, outras pra meter medo. Quem nunca ouviu falar do Nêgo D’àgua? Aquela criatura imaginária, folclórica e bagunceira deixava minha imaginação fértil. Sempre fui doido para vê-lo, ainda não tive a sorte.
A noite, sentado nas cadeiras no quintal da casa, podíamos ver o maior espetáculo do mundo: O céu!!! Que lua imponente e gigante, dava pra ver a luta de São Jorge com o Dragão todas as noites. Quantas estrelas vinham exibir seu suntuoso brilho. O céu era magnífico e eu ficava por horas, paralisado, olhando pra cima, desenhando coisas, ligando pontos, viajando pelo espaço daquela imensidão de pontinhos de diamantes. Somente os vagalumes, aquelas estrelinhas que voam perto de nós, quebrava o hipnotismo. As candeias disputavam a atenção com sua pequena chama laranjada e seu cheiro gostoso de querosene queimando. A luz mesmo estava era dentro daquelas pessoas: Luz Divina, era a luz de Deus que nos protegia, iluminava e acalentava a noite de sono.
Naquela casinha onde meu pai nasceu, passei bons momentos de minha vida, talvez por conta da dureza da vida e do aprendizado recebido, forjei um pouco do meu caráter, aliás, forjamos, pois somos uma família unida e numerosa e todos que beberam da água do Arrojado se tornaram homens e mulheres virtuosos e agradecidos por ter naquelas casinhas simples da região, um berço de sabedoria, humildade, simplicidade e amor pela vida.
A memória dentro de nós é um tesouro que estará sempre conosco, não pode ser roubado, não deve ser vendido e jamais deve ser esquecido.
À casinha e tudo que ela representa, meu muito obrigado!
Aos bichos e a natureza que vi e me viram crescer, muito obrigado!
Ao Arrojado, meu rio, meu muito obrigado!
Aos meus avós, pais, tios, primos e irmãos, muito obrigado mesmo, família é tudo!
Obrigado Deus, serei eternamente agradecido por viver isso tudo!
Eu sem você
Eu sem você, sou um quadro na parede que ninguém quer ver.
Eu sem você, sou teorema sem nenhuma prova de ser.
Porque sem você, o café esfria, não tem graça a TV.
E eu quero mesmo passar todos os meus dias ao teu lado e perceber, que a vida fica bem melhor quando deito no teu colo e me faz um cafuné.
Eu sem você, sou poeta apaixonado que ninguém quer ler.
Eu sem você, paro na estação de trem só pra te ver.
Porque sem você, a dança dessa noite não vai acontecer.
Das coisas simples que fazemos juntos dia a dia vamos ver que o amor é bem maior que todo ideal que a gente pode ter.
A vida é assim, ser feliz é sentir, é saber dizer sim pro amor que ouvir.
Carro de Boi
No quadro, um retrato do se foi.
Vejo crianças e um carro de boi.
Creio que muito ele rodou, gente
e histórias por ele passou.
Até contos de Alibaba, e de pessoas
que conheceram o mar.
Ah interior, cheio de miscelâneas,
imunes ao que se vê.
Anciões e sábios,
sem saber ler e escrever.
Natureza morta
Ao pintar o seu belo quadro
O artista retrata a loucura existente
Mostra para todos ao seu redor
A insensibilidade humana aparente
Das mais simples folhas que caem ao chão
Contemplamos também a covardia e a dor
Das flores arrancadas dos jardins que se vão
Ao pobre e inofensivo animal abatido sem dó
Falta comunicação entre o homem e a natureza
Para que esta pintura fique só na lembrança
A vida enfim, poderia ser uma beleza
Mas é grande a loucura da pobre raça humana
A natureza está quase totalmente morta
Os estudos ecológicos não são levados a sério
Temos um fim que está muito próximo
Agradeça aos homens por todas as suas intempéries
Estagnado
Preso sem correntes
O medo vence o desejo
Reverter o quadro, como?
Sair do ordinário, como?
Emergir à superfície, como?
Sem ar, preciso respirar, mas como?
Pôr do sol.
Esse quadro foi pintado
pelos pincéis do amor
não pode ser rabiscado
porque é pura a sua cor
tem o molde detalhado
pelas tintas do sagrado
sangue do Nosso Senhor.
O mundo é tudo que acontece.
O que é fato, é a existência de fatos atômicos.
Um quadro lógico de fatos é um pensamento.
Todos os dias belos e extraordinários que tivemos possuíram raios de sol dourados e pálidos levemente amanteigados.
O pensamento é a proposição significativa. Um pensamento lógico é uma proposição com sentido.
As proposições são funções de verdade de proposições elementares.
Uma proposição elementar é uma função de verdade de si mesma.
As propriedades internas de um objeto determinam as possibilidades de sua combinação com outros objetos e outros fatos. O estado das coisas é afetado pela sua forma intrínseca e lógica, não necessariamente (e realmente não necessariamente) complexa. O estado de sobreposição de uma coisa que é poderia perfeitamente existir de outra maneira ao assumir outra forma.
A totalidade de todas as coisas que não são fervilham em uma condição de probabilidade infinita. Não ser é poder ser tudo.
AMOR ABSTRATO
Mãe,
Pintei um quadro!
Venha ver!
Disse o filho,
Mas que lindo!
O que ele significa filho?
Perguntou a mãe:
Mãe este é um quadro abstrato!
Respondeu o filho.
Abstrato?
Não entendi!
Respondeu a mãe!
O que a Sra. sente quando o vê?
Perguntou o filho.
A entendi!
Disse a mãe.
Aproveitando o ensejo,
O menino diz:
- Mãe, acho que estou amando!
Que bom filho, este é um sentimento ímpar.
E quem é?
Perguntou a mãe.
É aquela linda morena, a Janaina!
Filha da Da. Santa, e que mora ali no Jardim Cruzeiro do Sul,
Mas, como posso ter certeza que a amo realmente?
Pergunta o filho.
E a mãe responde:
Filho, o que você sente quando a vê?
Como o seu quadro meu filho,
O AMOR É ABSTRATO.
Seja na poesia, um quadro na parede pintado a mão, uma fotografia, uma música uma melodia, uma linda mulher numa bela calcinha, tudo é arte para quem entende de arte.