Quadras de Amizade
É assim
Você anda pela rua em busca da sua historia,
Roda três ou quatro quadras e se enche de memórias,
Cria traços com escuro, chora, grita, brinca com inseguro,
Você quer está em apuro só pra se sentir livre,
O bip do celular não para,
Mas você só quer ficar só,
Então é assim que acontece, o mundo quer se enriquecer,
E você precisa só de mais um tempo pra colocar as coisas no lugar,
Então é assim que acontece com a nossa espécie quando ela cresce,
Quero ser como meus pais determinados,
Eu quero ser como meus pais iluminado cheios de paz,
Eu vi quando percebi que esse mundo não é pra mim,
Mas eu sorrir quando sentir que não preciso ser como os outros,
Minhas mãos limpas de sangue,
Minha mente livre,
Eu preciso de paz.
TRIDOZE NATUREX/ 2015
ESTILO CRIADO POR NORMA APARECIDA SILVEIRA DE MORAES
SÃO 3 QUADRAS RIMADAS, FALANDO SOBRE A NATUREZA....
SONHO / SONHO 02 // TRIDOZE NATUREX 01/02
Tridoze Naturex 01
Sonho
Bem cedinho nós saímos
Procurando conhecer
Pedacinhos da Natura...
Animados nós seguimos
Entramos numa floresta
Com cuidado e encontramos
Nascentes tão transparentes
Pra nossa visão, uma festa !
Depois vimos macaquinhos
Que felizes catavam à larga
Sua alimentação farta
Brincando com os filhotinhos
******
Natureza é um reino encantado
Com tão belas variedades
Como é bom uma nascente
Tão fresquinha, reino amado
Os animais seguido a cadeia
Da alimentação bem farta
Aonde há floresta há fartura
Como uma milagrosa teia
Nos algos peixes nadando
Nas árvores pássaros cantando
As maritacas chamando
E o chororó está piando
Tridoze Naturex 02
Sonho 2
Mais adiante apareceu
Um bando de belas aves
Cantando com uma alegria
Do que o habitat não perdeu
Esquilinhos saltitantes
Tamanduás num formigueiro
Íntegras árvores com ninhos
Uma vida pululante !!!
Conversamos bem risonhos
Voltando pra nossa casa
Natureza preservada ...
É beleza ! Mas foi tudo sonho !
Sonho 02
Sim poetisa, foi sonhar
O homem está a destruir
Cortando tantas matas
Deixando animais sem lar
Tantos estão em extinção
De tanta matança e egoísmo
Tirando os pobres de seus lares
Enfiando em gaiolas e alçapão
Muitos lugares são desertos
Sem vida, sem nenhuma água
Mataram as nascentes
E ainda se dizem espertos
.************
Estilo criado pela poetisa Norma Aparecida Silveira
Esther Lessa
Enviado por Esther Lessa em 18/05/2015
Código do texto: T5246260
Classificação de conteúdo: seguro
VIAGEM NATUREX
QUEM BELA VIAGEM
ESTAMOS FAZENDO AGORA
BELAS PAISAGENS CURTINDO
EM CADA PARAGEM
VEMOS VACAS PASTAR
BEZERROS BERRANDO
O CACHORRO LATIR
E O HOMEM CAVALGAR
HÁ POMARES COLORIDOS
DE FRUTAS MADURAS
PÁSSAROS BICANDO
E JARDINS FLORIDOS
_________________________________
O HOMEM SE BENEFICIA
Norma Aparecida Silveira de Moraes
Quando o homem colaborar
E cuidar da mãe Gaia
A vida será mais garrida
Quando da mãe terra cuidar
A natureza mais florida
Viver será mais consciente
A natureza será respeitada
A terra ficará mais colorida
Devemos, pois, a natureza preservar
Na sustentabilidade confiar
Repondo sempre recursos renováveis
E o que dá para reaproveitar reciclar
QUADRAS DA PRIMAVERA
Vibram sonhos e canções
Nas rimas do trovador
E pulsam as sensações
Da reinvenção do amor!
Brota n'alma a esperança -
E nas manhãs, a alegria.
É primavera, é bonança
Irrigando a poesia!
E tudo sorri e canta
Na cidade ou no sertão.
Belo cenário que espanta
Os males do coração!
Lindas flores, brisa doce...
Ó gente, como eu quisera,
Que na vida sempre fosse
Só tempo de primavera!...
Quadras
Qual passarinho em sapequice
pulando de galho em galho
assim segue na mesmice
fingindo um amor, alho com bugalho
Não se atem a nada que seja real
faz-se presa fácil e sem noção
não escapa de apelo virtual
em nada se fixa o seu coração
Nunca terá aquilo que deseja
se continuar assim esta saga
não conquistará de verdade o que almeja
é vulgar, leviano, a tudo estraga !
Reencontro
Algumas quadras à frente,
Numa esquina qualquer,
Ou no trevo de acesso
De um café casual
A gente, por certo,
Voltará ao luar.
DUAS QUADRAS DE AMOR
Eu preciso lhe contar o quanto vale amar,
Experimentando as delícias vou encontrar,
Beijando a flor dos teus lábios sem parar,
Vou abrigar os teus abraços até aclamar.
Dentro do meu coração, irás sempre ficar,
Ladeando o teu corpo, eu vou te acariciar,
Neste consórcio amoroso posso até confiar,
Pois é tudo o que mais tenho pra te apreciar.
Quadras
Morto hei de estar ao teu lado
sem o sentir nem saber
mesmo assim isso me basta
para ver um bem em morrer
Quando passo o dia inteiro
sem ver o meu amorzinho
corre um frio de janeiro
no junho do meu carinho
Teus olhos tristes parados
coisa nenhuma a fitar
ah meu amor,meu amor
se eu fora nenhum lugar
Adivinhei o que pensas
só por saber que não era
qualquer das coisas imensas
que a minha alma de ti espera
A vida tem algumas quadras tão compridas que mal dá para ver a esquina
Nesta pequena jornada vivida, dividida agora em quadras, vou percorrendo a primeira calçada com apressados passos para chegar logo na esquina, e caminho planejando e decidindo se vou dobrar e continuar na mesma calçada ou atravessar a rua. Em meio a meus apressados passos deixei de ver o velhinho lendo jornal, a cafeteria que abriu, não percebi o cheirinho do pão quentinho da padaria…o gato da menina que caminhava pelo parapeito daquela construção centenária, agora reconstruída…a moça que cantarolava…e a vida que passava…
Na próxima quadra, vou andar não tão com pressa e viver cada metro da calçada…
Quadras de uma Alma despojada -
Num tampo de mesa fria
escrevi da minha solidão,
amargas dores que sentia
como espinhos no coração...
Nessa dor que remoemos,
nesse querer e nunca ter,
há sempre alguém que não temos
nessas horas de sofrer.
À mesa do que não temos
nem a vida nos diz nada
só lembrando o que perdemos
dessa vida já passada.
À mesa do destino
vai passando a nossa história
meus cansaços de menino
'inda me toldam a memória.
Estes versos, por piedade,
tem minha dor por filha,
nesta mesa, na verdade,
só o nada se partilha.
Num doer que não esquecemos
num esquecer qu'inda nos dói,
o porquê de não morrermos,
desta ângustia que nos mói?!
Se eu pudesse tirar da mente
esta dor que me esvazia,
não era o poeta que hoje sente
neste tampo de mesa fria.
Quadras aos Santos Populares -
Santo António é padroeiro
Da Lisboa d’encantar
Mas São Pedro é o porteiro
De quem no céu quiser entrar!
Santo António milagreiro
Que és um Santo tão Santinho
Dá-me lá mais um dinheiro
Qu’inda sou tão pobrezinho!
Diz a boca do demónio
Destas gentes da intriga
Que outrora o Santo António
Gostou d’uma rapariga!
A ti deixo este meu canto
Óh meu rico Santo António
Não te esqueças deste pranto
E arreda-me o demónio!
Óh meu querido Santinho
Vou fazer o teu altar
Comer pão e beber vinho
Pelas ruas a marchar!
Óh meu lindo São João
Dá-me moças pr’a dançar
Deixo aqui meu coração
A quem o quiser conquistar!
São João os teus cabelos
Tem ondas amarelas
Envoltas em segredos
Já não damos conta delas!
São João dos Caracóis
Procurava uma amada
E mandava os rouxinóis
Cantar uma toada!
São João é do Estoril
Santo António é de Lisboa
O São Pedro é d’águas mil
E o poeta é Pessoa!
O são Pedro tem a chave
Da porta desta festa
Mas se o “homem” não a abre
O Santo António já não presta!
Arraial por toda a parte
E sardinhas pelo pão
O São Pedro que me aguarde
Se estragar o São João!
Se chover no São João
O São Pedro está tramado
Santo António sem perdão
Vai deixá-lo entalado!
Nesta mesa dos artistas
Há gentes que se vejam,
Poetas, músicos, fadistas,
Tantos “santos” que nos beijam!
Temos dias sem sentido
Que nos deixam solidão
Vai a quadra ao manjerico
E a alegria ao coração!
Lá vai o arco e o balão
Pelas ruas sem ter mal
Pois agora a solução
É fazer um arraial!
Quadras
O começo não é o fim
nem o fim é o começo
não sei se mudo de casa
ou fico no mesmo endereço.
Não dá para calcular
a largura e a profundidade
do imenso amor de Deus
sua graça e sua bondade.
Quem confia sempre em Deus
nele espera e sempre alcança
Depois de uma tempestade
sempre vem a bonança.
Adormeci no inverno
na primavera flori em flores
no verão curti o sol
no outono colhi amores.
O Natal…
Que bom haver quadras, como O Natal;
Por nos lembrarem, que em nós, Existiu;
Quem cá só Veio, pra combater mal;
Que existia, existe, e O tanto Feriu!
Que bom, por de tão bonita maneira;
Vir ensinar-nos a tal combater;
Com AMOR, essa em tido, tanta asneira;
Que existe, tão só pra em nós pôr, sofrer!
Que bom, por haver tantos que acordaram;
Para a VIDA, pelo Seu Lindo Dão;
De AMAR, como ninguém, tão tinha AMADO,,,
Que bom, por haver tantos que O encontraram;
Quando em ELE, provaram O Perdão;
Que ELE Em Si tãoTrouxe, pra a nós ser dado.
Que bom, foi JESUS a nós, Ter Chegado.
Que bom, Ele ainda em nós, Seja Encontrado;
Que bom, é ver Seu nascer, Festejado.
QUADRAS DESATADAS
Bom dia, é uma saudação
Aos amigos que escolhemos
Mas é também reflexão
Para os desafios que temos.
Pensei que o ser já o era,
Enganei-me estupidamente,
Ao ver uma terrível fera
Beijar a pomba inocente.
É um exemplo a seguir,
Nesta jornada de perigos,
E assim se fazem os amigos
E outros que estão por vir.
Na praia, uma branca rosa
Marca o nosso sítio de amar,
A nossa flor tão chorosa
Ao ser levada pelo mar.
Não longe vem o Outono,
Adeus Verão que já rodou
Como a roda da tua saia
Na saudade que ficou.
(Carlos De Castro, in Poesia Num País Sem Censura, em 28-08-2022)
Ah' se você me ligasse...
Eu desceria agora essas duas quadras.
Pouco me importa se já está tarde.
Pularia sua janela nessa madrugada
Só pra te ouvir cantar pra mim.
Porém, toque essas notas devagar
Pro seu pai não acordar.
Ele não ficaria muito feliz
Com a minha presença aqui.
Mas, se você quiser meu bem,
Pode só cantarolar.
Porque a melhor melodia
É quando você ri.
Me amarro no nosso improviso sem rima,
Amor diferente do que o mundo ensina.
Essa noite eu só consigo sonhar
Quando eu ouvir você cantar
A nossa canção,
Menina.
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida (...) mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não o declare e não os procure.
Nota: Versão adaptada de trechos da crônica "Meus secretos amigos" de Paulo Sant'Ana: Link. A frase é muitas vezes atribuída, de forma errônea, a Vinicius de Moraes
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