Puto
Há muita gente não acredita em mim,
olha eu preocupado não estou nem ai,
Ó puto é mesmo assim,
eu acredito nesta arte e vou até ao fim.
Quando eu era puto corria atrás das borboletas e nunca conseguia apanha-las, mas ás vezes estava deitado na relva a olhar para o céu e elas vinham pousar no meu cabelo, agora compreendo, elas estavam a preparar-me para a vida adulta, ensinando-me como lidar com as mulheres.
-Michael Hayssus
...e quando ele me sorriu, eu já sabia: o puto do meu coração já ia se engraçar todinho, já ia soltar as frangas, o cabelo, fazer pose, fazer bico, revirar os olhinhos... Meu coração é um safado, desses muito abusado, que é só dar corda no malandro, que ele já sai sambando! Bixa besta, viu!
Não me estresso por grandes problemas pois estes devo resolver, fico puto por pequenos pois estes não deveriam existir.
Desperdício é ter bastante açúcar em casa, mas não ter um puto de um vizinho bonito para pedir emprestado.
Cheguei pontualmente às dez horas, estressado e puto. Os três dias naquele planalto de terras vermelhas e de gente que não sabe o que é o povo, ou seja, uma gente que pensa que vive em Manhatthan , haviam me convencido de que este é um país de uma "elite" de fodidos.
Bom... estava de volta e isso é que importava. Voltava ao meu mundo. Um mundo que estava abandonado, pois a criação, a inovação e a capacidade de argumentação, deixaram de ter qualquer valor. Vivíamos num mundo de CrlT c e CrlT V, ou ainda pior, muito pior, onde o que se julgava não tinha mais nada com a justiça, mas com os interesses daqueles que pouco se lixavam para o país e seu povo. Aquele pequeno espaço, onde ouvia as lamúrias, parecia um consultório freudiano dos anos 30. Estava decorado com mesas de madeira maciça e adornos de cabeças de leões, nos cantos e centro, talhados à mão. Dois armários longilíneos, com funod que refletiam seus corpo, cadeiras torneadas com esmero, bem típicas da época e de uma palhinha resistente ao tempo. Todos de tons castanho escuros - havia pouca luz e ao assentar-me em duas horas, já se sentia o excesso da fumaça dos meus cigarros.
Estava ali, entre todos os que me esperavam, aquele homem. Maltrapilho, queimado pelo são, rugas saltitando do que parecia um rosto. Olhei-o fixamente, e pedi-lhe que apagasse o cigarro, pois não permitia que fumassem em meu escritório. Ele me olhou furtivamente e viu que eu estava com o cigarro aceso, mas mesmo assim o apagou. havia qualquer coisa no ar...
Ao chegar, tomei meu copo d'água - sem ou com ressaca, tornou-se um hábito. Liguei o note e imediatamente comecei. Acendi o cigarro e pus-me a ouvir While my Guitar. Sentei-me, olhei as primeiras coisas do dia e Amanda, como sempre, veio com seu rosto angelical e lábios demoníacos. O bom humor voltava.
Amanda me passou a lista dos casos e causos jurídicos; muitos não passam disto. Perguntei-lhe, timidamente:
- Quem é aquele sujeito de barba?
Espontaneamente me respondeu em um tom quase inaudível, que não sabia, pois este não quis se odentificar e somente dissera que me conhecia.
Amanda era uma mulher de 1 m e 70 e extremamente bela, suave, educada, que exalava um cheiro de cabochard, particularmente o meu perfume preferido. Vestia-se com esmero e de forma conservadora, mas sempre deixando um pouco de seu belo corpo curvilíneo, transparecer mesmo que minimamente. Olhei atentamente para Amanda e voltei a pensar naquele sujeito, que estava ali fora. Não sabia ao certo se o conhecia, não conseguia me lembrar de nada em especial ou mesmo sem qualquer importância. Geralmente eu lembro dos rostos e nunca dos nomes
- Levantei-me e eu mesmo fui lá cerificar-me quem era aquele homem. Olhei fixamente em seus rosto e os olhos me chamaram a atenção, era um misto de sofrimento, dor amargura e ódio. Voltei e sentei-me, pensei um pouco mais e nada.
Respondi para mim mesmo, e em voz alta, sem muita convicção - já que me conhecia, vou até ele.Imediatamente, levantei-me, não sem antes Amanda, me advertir para ter cuidado. fui a passos tementes, até ele.
- Tudo bem! Pois não. O que o senhor deseja? Qual o seu nome?. Ele apenas me olhara, com um certo desprezo. Perguntei-lhe novamente, desta vez com rispidez.
- Respondeu-me quase que susurrando, era inaudível o que havia dito, mas não me havia coragem suficiente, para repetir qualquer pergunta.
cheguei mais perto e quase encostando os ouvidos em sua boca, pude finalmente ouvir um quase nada, que soou como um grito do deserto, ecoando por todos os meus poros.
só...só...
Ouvi e fiquei mudo.
- Quase sem forças, tomei um copo d'água e lhe dei outro que tomou num gole só.
Estava sem ar e não me restara nada a dizer.
Ele de um minuto ao outro começou a dizer coisas totalmente incompreensíveis.
"Tatuo alucinadamente corpos lascivos e tragicamente caio numa trip nauseante. A solidão é uma busca desesperada por qualquer que seja a divindade e de novo parou. Mas seus olhos agora só exalavam ódio.-
Não havia dúvidas: eu o conhecia. Porém, agora, tinha a clareza de que a vida nos prega peças de uma dramaticidade futebolística.
Recuperei-me e senti o rosto queimando, suado e sujo, como se aquele pó do Planalto, estivesse impregnado em minha alma. Os sentimentos não eram os melhores. Tentei de novo.
- Fale!
- Ando entorpecido. Letras completamente sem sentido, pó vermelho. Ando por entre quadras e jardins descuidados. O corpo, seus fluidos, sua morte ora breve, por ora longínqua...
Já não era o mesmo homem, agora, ouvia sua voz rouca, porém poderosa e notara que seu rosto e suas vestes eram outras, finas, provavelmente de vicunha e feitas à mão. Aquilo tudo só mais e mais me assustava. Estava apavorado.
Tentei, num último esforço manter a calma, pois nada mais podia fazer.
- É... alí eu começava a imaginar o que estava a me reservar o destino. É eu bem sei o que me reserva... vida que vai e que fica.
Veio outra frase sem qualquer sentido.
- Passeio com minhas mãos calejadas por seus cabelos ondulados.
Meu Deus!, estava completamente desnorteado, perplexo.
- O silêncio cabe em qualquer canto. É um vício que o vento escancara, este faminto desejo.
Não me restaram palavras, só o olhar de aflição e um pequeno começo de ódio.
Estávamos numa praça de bancos sujos e esterco industrial, me restava pouco tempo. Tinha as piores sensações do mundo, a começar pelas pedras corroendo minha boca e remoendo meus pés. Havia alguma coisa com aquele homem. E não era boa.
O conhecia mas, por certo, não queria saber destes tempos. Eram tempos de noites escatológicas e viagens em que surfava por pesadelos contínuos.
Há ainda em todos nós e na memória quase obsoleta das roletas da morte do trabalhador nas noites do terror.
Eu o olhava e ele me provocava. Eu tinha ali, bem à minha frente, alguém que sempre jurei matar. Mas estava inerte.
- Vivo como quero, posso e só. - provocou-me.
Fiz um gesto rápido. Não poderia permitir que aquele ser (decrépito e que tinha em sua alma tanto ódio, pudesse me levar com ele.
Ele, por fim percebeu, que eu queria matar meus demônios. Ele me olhou sem a mesma confiança e seu olhar me deu a certeza que não haveria mais nada a ser dito. Pela primeira vez, durante aquele diálogo famélico, ele deixou de ter qualquer estabilidade. Definhava, urrava, cada vez mais baixo e compassado.
Não mais havia qualquer dúvida, meus demônios estavam mortos.
Se o meu puto Toni Jamal diz: "Quem disse que pobre não tem vaidade" E, eu digo que pobre pensa e tem um raciocino lógico sobre suas necessidades, apenas lhe falta oportunidades!
Tem gente que te sacaneia direto.
Quando você fica puto e chuta o balde, ela vem com aquele papo de que a vida é curta, precisamos perdoar.
Quer dizer que a vida é curta para a falta de perdão, não para o excesso de cagadas?
Confesso que acabei ficando puto da vida com todos os textos doces que escrevi sobre ele. Tão puto, que eu já não conseguia mais dormir e comer direito.
Aquele momento em que você tinha compromisso às 9:00 H, porém acorda às 12:00 H, MUITO PUTO POR TER DORMIDO, coisa que não deveria ter acontecido. Ser vencido assim na cara dura pelo CANSAÇO e pelo SONO, quando se tem "N" coisas pra fazer.
Universitário#
Se um dia você ver seu ex com outra pessoa não fique triste, puto, com raiva, etc, pois lembre-se do que seus pais sempre ensinaram.
"Filho temos que dar nossas coisas usadas para os mais necessitados."
Quando a gente quer que as coisas dêem certo, vem o ‘puto’ do destino e faz com que elas dêem errado!