Pupila
Eu quero dizer pra ele
Que a rima fez efeito
Agora eu penso o dia inteiro
Só ele faz minha pupila dilatar
A inteligência está para as ideias assim como a pupila está para o olho. Ao dilatá-la enxerga-se o mundo mais claramente.
12/08/19
Sua esclera era branca como areia da praia
Sua pupila era castanha,mas não era do pará
Sua pele é negra, como noite estrelada
Apenas teu sorriso iluminava a noite em tua pele
Seus cabelos emaranhados se enroscavam em meus dedos
Em um desleixo de te olhar dê fronte, me ceguei com o brilho dos teus olhos
Naveguei por rios de pensamentos, que ali era posto a desaguar
Era um rio fundo, mergulhei de cabeça naquela imensidão
Me afoguei em minha paixão.
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila, tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
Seguindo o segmento
Sua pupila se dilata,
Quando vê e fica atento
A um latão em movimento,
Descendo violento
Na enxurrada que arrebata.
Enquanto pouso meus olhos em você, olhos parados em você, minha pupila dilata, percorre um arrepio por todo o meu corpo e sem pedir licença, minhas pernas bambeiam, travo inteira, mas o sorriso sai, de um sorriso de quem não se decidiu se é tímido ou sorrateiro, volta meia quando você retribuí e fixa os olhos nos meus, não respiro, não penso, fico contemplando, namorando sua imagem a minha frente que reluz como o sol da manhã desvirginando a madrugada, invadindo, tomando meu corpo, meus devaneios se faz maior quando você sorri, é difícil dividir a atenção entre seu sorriso e o que você me fala, você a essa altura deve achar que tenho algum tipo de demência, tudo estava no controle, mas quando você resolveu sorrir, eu derreti feito manteiga, tinha uma britadeira no meu peito, uma escola de samba em plena avenida, Olodum, minhas mãos estavam tremulas, sorria pra qualquer piada ruim que você me contava, sua risada era música para os meus ouvidos, uma orquestra sinfônica em perfeita sinfonia, a minha imaginação brincava em você, se fazia sol em pleno luar, era o fogo que me deixava em chamas, queimei em brasas em cada toque, seu amor é gostoso demais, seu cheiro me da prazer, pensamento viaja, é engraçado que quando estou com você, nesse turbilhão de sensações que provoca, estou nos braços da paz.
Moça não tem como negar a tua pupila dilatada,teu lindo sorriso de orelha à orelha e a serenidade em tua respiração .
Sua pupila dilata, seu coração dispara, enrubescendo cada vez mais e eu sorrindo porque é só pra mim...
ANDRÉA E A SUA MENINA
Menina dos olhos,
Pupila que ilumina e salta o coração
Da gestora que vê
Lá vai a mãe atrás da sua pequenina
Ainda sem muito saber o que fazer,
Arquinho, maria chiquinha,
O que de melhor há de ser?
Vestidos, sainhas,
Nenhuma noite despreocupada
Depois desse nobre nascer
Tecendo fios de sonhos,
Lá vai a mãe descortinando,
Vendo a sua garotinha crescer - pelo fio do tempo -
Os álbuns mostram a mão na barriga,
A esperança, os entrelaços,
Os primeiros sorrisos e passos
O amor se expande,
Enquanto segue rumo ao novo
Entardecer,
Como a ciranda cantada
Citada em um céu de estrelas
Fazendo a moçoila adormecer
Lá vai ela, deixando a boneca
Trocando as pequenas palavras
Por eu quero - eu vou!
Aí vem a teimosia,
As novas fantasias,
Mais dias sem sono,
Menos paciência para brincar -
A mãe que tudo facilita,
Com o elo de um amor humano
Entre as suas folhas de outono,
Deixando os seus rastros no chão,
Abre-se ao frio da próxima estação
Com o medo do futuro e da solidão
Mas logo desponta a primavera
Com suas flores, cores e a fita
Da mocidade
Agora, a mãe e a filha, mocinha esguia,
Juntas se fitam, tramam enredos,
Desatam saudades,
E...
Logo mais vêm os netos,
Os filhos dos netos,
Os novos retratos,
A próxima geração -
E tudo passa, passa
Menos a recordação.
Confiei meu futuro na pupila de seus olhos, se um dia fostes, levarás consigo meu grande amor a essência da sobrevivência de uma pobre sonhadora.
Quando me olhar dentro da pupila acredite,dentro tem uma luz intensa,que você vai enchergar quando aprender a amar com a alma.
Uma gota seca cai sobre a macia macieira, uma lágrima doce seca a retina e dilata a pupila, assim mudo de lado meu mudo coração e durmo