Punk

Aumentaram as passagens, pra catar os trocados,
Trens e ônibus cheios, cada vez mais lotados
Não tem leitos nem médicos lá no hospital
Mas sobra grana, outro golpe do jornal nacional

Nessa vida bandida, polícia não pega o culpado, porque se não for senador, então é um deputado.

E nos presídios o que impera é a lei de quem é mais forte, é assim que se recupera o cidadão da violência.

E pra TV mais patrocínio, nos jornais em seriados e até em desenhos animados, só explorando a violência.

O que eu quero é ponguear até morrer

Tem guerra por comida, tem guerra por emprego, tem guerra na saúde, é só guerra por dinheiro, e você pensa que esta a salvo, que não vão te encontrar, mas logo outro verme vem e toma o seu lugar.

Tem sangue no congresso, tem sangue na embaixada,
Tem sangue no progresso, e escorre na calçada.

Há guerra o tempo inteiro, comece a combater, ou serás um comandado pelos senhores do poder!

Contra toda imposição de dogmatismo, nos recordemos da tirania histórica.

Rastejando entre corpos semidecompostos, e exalando o fedor que todos nós carregamos.

Lá em casa parece que estão todos mortos,
em frente a TV eles estão sempre apostos.

Coronéis parasitam meu país, não são magicos mas somem com a grana.
Vendem a mãe pelo seu mandato, transgridem tudo para roubar, extorquir e fraudar, sempre amparado pela lei.

Procuração dada pelo voto, vem um mandato inteiro para roubar, seu trabalho é como lesar, armam uma estratégia todo dia para, roubar, extorquir e fraudar, sempre amparados pela lei.

Seu país lhe chama pelo seu coração, enquanto oferecem essa sua cabeça, numa bandeja de honra e ilusão.

Todos bebendo por beber, todos correndo por correr, mundo doente.

Você é um ser admirável, você é um ser bonitão, você faz parte dessa porcaria, você faz parte dessa podridão.

Daí de cima não consegue enxergar a realidade, você precisa cair, para aprender a valorizar.

Todos usando por usar, todos comprando por comprar, mundo doente.

Me prometeram a vida eterna,
diziam como eu devia ser,
como eu devia me portar,
como eu devia parecer, se não Deus castigava.

É o colírio alucinógeno que eu usei de manhã, é o colírio do prazer que eu injetei pra valer.