Pulo
Hoje a saudade me tomou de salto e me fez em ti chegar. Sentiste algo como amor em estado de embriaguez, do tipo que nos tira o chão e nos faz levitar? Um entorpecente forte que nos tira o ar e ao mesmo tempo nos entrega à vida em ares fascinantes de lucidez? Foi a brisa que te mandei. Sente o perfume dos ventos? Sua essência se chama saudade e ela chega dominando o tempo, ocupando os espaços, perfurando o vazio da sua ausência. E se nada mais te comove, calo-me. Deixo-me seguir ouriçando as folhas, mexendo nos galhos, agitando o mar. Concedo-me à sorte dos abandonados que vagueiam por aí sem destino. E quando tudo não mais for, vitimado por um reles existir, dou-te as flores. Ainda existem as flores! E é do sentir delas que há de te fazer em mim, lembrar.
Eu uso cada tantinho de luz para o riso,cada fresta de sol para o caminhar.
Salto as poças de tristezas e sigo as trilhas da esperança.
Assim entre flores,amigos e sonhos.
Sigo;
Sendo alma em evolução angariando motivos e abrigando o bem nos espaços vazios que por hora eu encontrar.
07 de novembro
O proximo grande salto da humanidade é desdobrir que cooperar é melhor que competir. Não o mais capacitado em calcular as variáveis econômicas com alto grau de acertividade ou o autor dos mais célebres tratados envolvendo os diversos aspectos do desenvolvimento humano.
Não o maior físico, astrônomo ou geólogo.
Não o melhor médico, engenheiro ou músico.
Não o mais rico, mais poderoso ou eloquente.
Mas sim os de coração aberto, os que dão as mãos e se colocam ombro a ombro, aqueles com habilidade de unir competências em prol do bem maior sem a sombra da vaidade, cooperando com a consciência de que somos todos essencialmente interdependentes e que um mundo de Paz só se ergue com as mãos de todos envolvidas na construção, com equidade, cada um em sua especialidade.
Eis os grandes sábios, dignos líderes, seres humanos capazes de transformar os povos e conduzir a humanidade a degraus mais altos.
Para adquirir sabedoria, é necessário desprover-se do orgulho.
Dê um salto na evolução e na maturidade. Você vai conseguir fazer as coisas sem se apegar as suas dores e sem sentir pena de si mesma.
Achar que está se humilhando é pura perda de tempo... Depois você cura as feridas e as dores.
Agora, foco!
Do amor
Amor é coração aos saltos.
é salto no escuro
é admirar com cérebro e coração
é companhia
é solidão
é coração apertado
é frio na barriga
é a mais inexplicável explicação
é pregos na estrada
é duelo de espadas
é começo, meio, fim
é solução.
Todo salto volta a apoiar-se.
Mas em algum lugar é possível
um salto como um incêndio,
um salto que consuma o espaço
aonde deveria terminar.
Cheguei às minhas inseguranças definitivas.
Aqui começa o território
aonde é possível queimar todos os finais
e criar o próprio abismo,
para adentrar desaparecendo.
A vida é um salto no desconhecido, um verdadeiro voo para as descobertas, um paraíso fascinante de se viver.
OS TEUS EUS DE MIM
Entre risos e salto agulha
Minha desajeitada ironia
Rápidas chamas
Entre olhares Indesfrutáveis
Compacto num sentir
Exagerado de amar
Lá mesmo me distraio
nos seus eus de mim
Ainda me restam
Tua rasa intensidade
afogadas em maldade
Eu queria voar
Enquanto corria contigo de mãos dadas de frente pro abismo,
eu temi que no salto, nossas mãos se separassem,
Tu como ser imaculado que sempre foi, voaria naturalmente aos ceus,
A mim caberia a queda, e o chão.
Eu tentaria voar em sua direção inutilmente,
te veria afastando cada vez mais rapido,
e gradualmente sentiria meu fim.
Eu queria voar, beirei o abismo e me assustei,
O ceu pertence a ti, pois és divina,
Es agora tal nodóa do passado...
Enfim, eu temi , como tolo petrifiquei,
tenho a sorte de ver teu voo,
e de poder dizer a todos que tive o prazer de correr com voce,
e sentir tuas mãos, ora gelidas ora ardentes,
Tua pele tão pálido como seu nome diz,
Temo que se esqueças de mim...
Mas a ti sempre olharei aos ceus,
pensando no voo que por covardias e infortunios eu não fiz
Eu quis voar, olhando teu voo e a queda,
o abismo não parece tão ruim assim..
(E)FEITO PIPOCA
Como pipoca, não salto, se o óleo é frio, porque eu preciso de calor, de vapor, de muito e intenso fervor.
Quando me aquecem, feito a pipoca, eu pulo, de alegria, de entusiasmo, de amor,
e, como pipoca, estalo, faço barulho e mudo de cor.
Quando bem aquecida, eu transbordo do meu "mundo panela" e levo alegria para quem nem me conhecia, e (pre)encho sensações degustativas, olfativas, visuais e sentimentais.
Eu acelero batimentos e provoco ansiedades, de ser feliz e de saciar curiosidades.
Ao sentir um óleo quente, feito pipoca saio do meu mundo, atraio olhares, estimulo desejos, divido vontades.
O meu aroma exala de tal forma, que não há quem me sinta e quem me veja, que não veja que eu sou feita para saciedade.
É isso!
Sou assim:
Feito pipoca eu salto de mim, saio do meu espaço e me revivo, em mãos, tatos, emoções e palatos, e delicio, e distraio, e contento e satisfaço.
É tanto o bem que eu faço, que até quem não me quer bem, ao me ver, muda seu passo e compasso.
Sim!
Sou pipoca!
E, sendo pipoca, deixo que sobrem, em meu "mundo panela" ou em poucas vagas lembranças, todos os meus milhos estagnados: meus medos, minhas incertezas, minhas inseguranças e fraquezas.
No final deixo em meu "mundo panela" tudo o que faz mal para mim. Deixo todos os milhos que, fugindo de um bom óleo quente, se tornaram tanto a minha minoria, quanto a parte maior que não me compreendia.
Nara Minervino
Ela é decidida e cheia de vontades, quando quer impressionar sobe no salto, desliza com elegância e exala o perfume suave da sua beleza.
Viver é salto e não se fica imparcial
Vida é manancial e não se escolhe não descer pra
Alimentar a chama do sonho amar
Procurar a alma que se perder
Aquecer a esperança que esfriar
E não deixar de zelar por você, irmão
Não vou
Se me pedir pra atirar pro alto
Se me pedir pra descer do salto
Não vou tirar o batom
Abaixar meu som
Dizer que ta bom
Não vou
O chão é tão necessário ao salto quanto a vontade de querer alcançar as alturas. O objetivo é imprescindível, mas a base de onde tomar impulso também o é.
Cada vez mais
Me arrisco no salto
De acreditar
Pra mim faz mais sentido
Do que se colhe ao escolher
Seguir sem medo de perder
Qualquer razão
Talvez, talvez
Não exista esse lugar
Se agarre ao que puder
Pra se manter de pé
Tempo ao Tempo.
Abismos.
Tenhamos cautela ao pularmos um abismo.
O salto deve ser preciso, caso contrário acordaremos assustados.
- A leitura pode ser viagem, mergulho, voo, nutrição, sonho, árvore,
sulco, fenda, poço, salto, impossível escolher apenas uma
metáfora.