Poemas e textos sobre psicologia que abordam a profissão da mente
Se você, assim como eu, é uma pessoa que adora pegar o papel e a caneta para traçar roteiros, metas, objetivos... e mais: fazendo uso de datas, quase que de forma (na sua compreensão) mediúnica, bem-vindo/a, este post é para você. A verdade é que, numa curva ou noutra, somos pegos/as de surpresa, à queima-roupa. Por vezes, desnudos/as - de respostas, soluções e, até, fôlego. Em dias assim, o que fazer? O inevitável "por que?". A indignação. A raiva. A tristeza. O cansaço. A taquicardia. O choro. O sono pesado. A resiliência. A crença no "não existe acaso... se é assim, algo maior está por trás disso". Mais um dia. E outro. E outro. Não necessariamente (ou sim) nessa ordem, a gente é forçado/a a lembrar que a vida é esse rio louco, que enche e esvazia de uma hora para a outra. Que é serenamente corrente, correntemente sereno, e exige de nós mais fé do que força (e não estou falando exatamente de religião). Mais calma que razão. Mais compreensão com a gente mesmo/a. Porque, tenho que lhe dizer: se você não respirar bem fundo, não abraçar a si mesmo/a, e não acolher a sua própria dor, não vai dar. Não vai dar mesmo. Então, para o que não foi planejado, eu lhe digo, em abraço e verdade: acolha-se, perdoe-se e fique bem. Tente o que der, como der e enquanto der. Pelo caminho, você vai encontrando as soluções. Ou, ao menos, os porquês.
Acreditamos, amamos,cuidamos e nos preocupamos. Por amor nos machucamos,o maior culpado disso tudo? Nós mesmos, por estarmos na cegueira impiedosa de um sentimento chamado amor.
"Falar sobre o/a outro/a é mais fácil porque tira de nós a responsabilidade de encarar o que nos atravessa. Por vezes, ao falar desse/a outro/a, relevamos a nós mesmos/as.".
Ficar em casa tem sido um desafio - não somente porque nos cansa a eventual rotina da mesmice, mas porque, definitivamente, estamos diante de nós mesmas/os...
... e diante de nós mesmas/os, sem a "desculpa" da falta de tempo, da falta de "cabeça", somos convidadas/os a refletir sobre o que nos atravessa, nos assombra, nos move, nos motiva. E isso dá nó na garganta, dá embrulho, faz a respiração mudar. Se pela certeza de que está tudo bem, ou pelo contrário extremo, o parar para pensar é fundamental. O movimento a que ele nos convida é essencial. A vida que passa, no segundo da reflexão, é prova da nossa existência, que há pouco parecia congelada, pois funcionava no automático de uma rotina sem mergulho nos nossos afetos. Crescer dói. Olhar para o reflexo que vem do nosso espelho, por vezes, também. Mas dor passa. Dor pode ter cura, pois somente por meio dela é que a gente descobre que algo precisa ser feito. E que a gente faça, ou hoje ou amanhã... no nosso tempo. Que venha!
É sempre bem fácil dizer ter empatia por pessoas que passam por situações que já passamos, quando se fala: 'sei bem como é, porque quando foi comigo.... '.
E mais fácil ainda é questionarmos a atitude de quem passa por situações que nunca passamos, pois pensa-se em como aquilo poderia ser feito de uma forma melhor do nosso ponto de vista.
Nós nem mesmo conhecemos nossa verdadeira atitude diante de algo que nunca passamos...
Aprendo que Empatia, mesmo, está em buscar compreender aquela pessoa diante de nós - tão singular, dentro de um corpo que é único, com sofrimentos seus, com vivências próprias - respeitando e considerando seus sentimentos.
Há amor quando esforça-se em humanizar, não idealizar.
Há uma personalidade real e própria, e outra que se reproduz, superficialmente, de acordo com padrões de redes e telas, virtualmente.
EDUCAÇÃO
Vacinas nada mais são do que um ataque leve e "falso" ao corpo usando aquilo que se quer combater como forma de preparação ao organismo, atacando o corpo você o torna forte para um possível ataque verídico e eminente.
Hoje, o que se observa é a grande maioria das crianças despreparadas para as surras certeiras e inevitáveis que a vida dá. Certos pais da atualidade não as ensinam a lutar, eles estão o tempo todo lutando por elas, dando, se não tudo, quase tudo pronto em suas mãos, não as ensinam a enfrentar, enfrentam tudo por elas, minam, "passam a mão na cabeça" em desrespeitos escolares, elogiam os filhos "descriteriosamente" gerando um sentimento narcísico desmedido.
É a toa que discute-se tanto sobre a geração "eu"?!
Pais, "ataquem" ( FIGURATIVAMENTE) o ego de seus filhos para que eles entendam o respeito a hierarquias, entendam que por não serem superiores aos outros devem ter humildade, mas por estarem mais fortes e preparados poderão lidar melhor com frustrações da vida e ser mais verdadeiramente confiantes, entendendo, quando adultos, que o mundo não gira ao redor das vontades e caprichos deles.
Pais que corrigem verbalmente seus filhos sentem mais dor do que estes últimos, pois devem passar por cima da irresistível vontade de sempre agradar quem mais amam- os filhos. Superar esse desejo traiçoeiro e raciocinar no que é melhor para o seu filho, em vez de aceitar o que é menos doloroso é ato de amor.
Há uma relação que se observa :
Egos inflados demais pelo narcisismo - relacionamentos Instáveis e conflitantes - pessoas infelizes.
Hoje darei a mim um dia sem dor, sem muitas cobranças, sem qualquer sentimento de culpa...
Hoje eu vou me acolher, me abraçar e fazer algo bom por mim mesma/o.
Porque eu posso. E mereço.
Lembra daquela criança que corria pela casa, bagunçando tudo, sorrindo à toa, sem medo do amanhã, sem amarras, sem dores?
Ela continua aí, dentro de você. Visite-a. Abrace-a. Seja ela hoje. Só hoje...
Quem disse que a gente não pode errar,
que não pode chorar,
que não pode dançar na chuva?
Quem disse que uma curva é ruim,
que não se pode ser tão feliz assim,
que a vida é curta?
Quem disse, talvez não tenha sentido o doce sabor, mesmo que por fração de segundo, da liberdade de ser quem realmente é...
Há quem pense que precisa se conhecer...
talvez, precise apenas reconhecer quem já sabe que verdadeiramente é.
É difícil ficar em casa o tempo todo porque lá fora a gente distrai do que passa aqui dentro; porque lá fora a gente não precisa se olhar o tempo todo, olhar a/o outra/o que divide a vida com a gente, olhar o que nos afeta, o que nos atravessa.
É uma oportunidade para percebermos o que temos "lá dentro". É um convite para sermos melhores, antes de tudo, para nós mesmas/os.