Provérbios Árabes
"Entre Hâna e Mâna, lá se foi minha barba..."
Significado: Um muçulmano tinha duas esposas, Hâna e Mâna, uma jovem, outra velha; a ambas demonstrava igual afeto. No entanto, por ciúmes, a velha arrancava-lhe, carinhosamente, os fios pretos da barba, e a jovem os fios brancos, até que por fim o pobre homem ficou sem barba...
"Quem não tem um velho, deve comprar um!"
Significado: O provérbio valoriza a sabedoria (nem sempre reconhecida) do ancião.
"Lobo, fica longe das ovelhas porque a poeira que elas levantam faz mal para teus olhos!" "Não, pelo contrário! Esse pó é colírio para meus olhos".
"Uma pequena ferida detém o camelo."
[ = O camelo que não pára por nada (enfrenta o sol, as cargas, as longas marchas...) detém-se imediatamente quando sofre um ferimento, por mínimo que seja. Assim também, uma palavra que fere...]
Pode um homem tornar se culto pela cultura dos outros, porém, só se torna sábio pelas próprias experiências.
Sem sonhos, nós não alcançamos nada. Sem amor, nós não sentimos nada. E sem Allah, nós não somos nada.
Visita sem presentes é melhor
do que a que te traz um carneiro.
sentido: o presente impõe obrigações
"Cospe a pedrinha, Mansur!"
(*) Frase que se tornou proverbial. Mansur era um "boca-suja", sacristão de um bispo, que tentava inutilmente corrigir-lhe a linguagem, permeada de palavrões. Até que lhe ocorreu a idéia de que Mansur mantivesse uma pedrinha na boca para ajudá-lo a lembrar-se de evitar expressões indecorosas. Num certo dia de intenso calor, o bispo percorria a estrada - a pé, acompanhado por Mansur -, em visitas pastorais, quando ouviu uma velha que com insistência chamava por ele, do alto de um morro. Quando os dois acabaram de subir a penosa encosta, a velha explicou que o chamara para abençoar sua ninhada de pintinhos... O bispo, passando o lenço na testa, voltou-se para Mansur (também ele furioso...), dizendo: "Tudo bem, Mansur, pode cuspir a pedrinha!"