Prosa Poetica

Cerca de 829 frases e pensamentos: Prosa Poetica

Proseador...
Proseador e narrador confesso
Poeta não sou.
Cascateiro e amante das letras sim
Eterno admirador das guerreiras poetisas,
Talentosas e majestosas escrevinhadoras,
Encantadoras, me cativam sem querer,
Dia e noite acarinhando, escravizando.

Belas, somam vassalos mil,
Eternos garotos
Ardorosos amantes platônicos,
Tímidos transamazônicos.

Antes inseguros astronautas,
Agora arrojados internautas
Agitam reluzentes espadas digitais
Elogios sempre em lautas pautas...
(JM Jardim - Santo André - São Paulo)

Inserida por Superjujar

O balé de uma alma

Num universo tão repleto, se você tiver sensibilidade;
Poderá sentir, ouvir e observar um balé.
O balé de uma alma só.
Segue os mundos na sua trajetória.
Infinitos mundos...
Cada um com sua estória.
Muitas vezes colisão, muito pó na explosão.
Resta nada, somente o silêncio, triste conclusão.
Segue a alma seu bailar, sons variados têm que dançar.
Muitos temas a abordar...
Palavras a formar, desenhos para pincelar.
Letras desenhadas numa folha de papel.
Todas elas um passo, nesse balé de transformação.
Balé transformando sentimentos.
Melodia em passos.
Palavras viram desenhos.
Letras se harmonizando, virando sonhos...
Criando asas...
Pássaros da imaginação...
Voando pelo universo ao som da melodia.
Mensageiros, esses pássaros...
Portadores de segredos escondidos em suas penas.
Todas elas disfarçadas. Coloridas e lustradas.
Executando com maestria, as notas da partitura.
Todas as cifras cuidadosamente camufladas.
Pássaros que voam um voo infinito.
Procurando um pouso, um alento...

Sombras - Su Aquino
https://www.clubedeautores.com.br/book/193165--Sombras…

Inserida por SuAquino

Na arquibancada ou no picadeiro

Espectadora na arquibancada da vida.
Artista do picadeiro do tempo;
Nesse palco iluminado pelo sol
Banhado pela chuva.
O tempo vai arquivando os momentos.
Cada texto encenado, aplaudido ou não, registrado está.
Nada nesse espetáculo é ensaiado. Nada é acaso.
Às vezes, estou no centro da cena. Às vezes, não.
Muitas e surpreendentes novidades tem o espetáculo.
Quando aceitei que o Autor tem o poder, Descansei.
Submeti-me e desfruto dos aplausos, entendo as vaias.
Tudo é parte da caminhada. Faz parte do aprendizado.
Sigo eu, nessa turnê de surpresas, desfrutando a beleza;
Muitas vezes em um trapézio de incertezas.
Outras vezes, fazendo malabarismo da tristeza.
Mas sempre vivendo na certeza: Na arquibancada ou no picadeiro;
O show tem que continuar.

Sombras -Clube dos autores

Inserida por SuAquino

Não somos eternos

Senti-me enegrecida dentro das esferas de um sol ardente, quando minha alma foi proscrita por trazer uma dor a mais. Senti-me sem defesa, porque a alma que doía quis deixar esta lágrima para trás. Não sei se foi a mágoa, ou o pudor que fosse, só sei que a lágrima que faltava em mim grudou e não saiu jamais, por um capricho que o desdouro trouxe de um amor que não voltou atrás.
Suores abundantes se formavam em meu semblante, não sei se por calor ou por vergonha. Mas o importante é viver cada vez mais esta vida que se mostra sempre enfadonha, e não pensar que as mágoas que se negam a ser vivas, podem viver na mente que as usa toda hora, em floreios de ontem, do hoje e de agora.
Claro que a vivência dos humanos tem suas regras onde quer que se vá, mas princípios não se fazem, se trazem, dentro do peito dos seres que não se cobrem só com panos, mas com o manto da honestidade que se dá, pelo berço que os tenha embalado no início desta vida,
que eterna não será

Inserida por PaolaRhoden

Título: O cansaço das palavras

Até onde uma poesia pode explicar nossos sentimentos,
Até onde um poema pode demonstrar nossos momentos,
Até onde uma prosa pode transparecer meus pensamentos,
Até onde um verso pode traduzir meus entendimentos.

As palavras cansam,
Mas a vida não descansa,
O tempo gera episódios sem calma,
Porém, a maioria fica dentro da nossa alma.

Não se penitencie por não conseguir escrever,
A sua vida poética sempre estará no vosso ser.

Autor: Nélio Joaquim

Inserida por NelioJoaquim

NÃO SEI O TEU NOME

Não sei o teu nome
Perdi-me no teu olhar;
Me encantei pela tua simplicidade;
Me apaixonei pelo lindo sorriso
Meus lábios almejam os seus
Meus pensamentos giram em torno de ti
Não sei o teu nome
Só sei que o teu balazar embriaga a minha carne de desejos
E me deixa sem jeito.

Inserida por Nzongodias

Contato Leal

o seu sorriso me fez encantar
e o nosso acaso de caso sem nos notar
e vc atoa só para dançar
e mostro que fui feito para amar

O seu corpo todo a me desejar
o seu olhar me come com um jantar
seu nego estava a lhe esperar
e em sua vida eu tive que entrar

O seu sorriso aprumava as suas belas feias
planando nos meus olhos num passo leal
que me preparavam para sua ceia
e acordo vendo sua fome num passado real.


Você com a lealdade registrada exagera demais
fez bagunça na realidade desse pobre rapaz
transportou o seu passado me tirando a paz
que só fui atracar em seu cais


Acabou com o seu antigo rapaz
por ele cansar de ser seu capataz
só fui te mostrar como se faz
vc me mostrou que não era capaz

enxergue que eu não trago a mesma dor
acabou com todo o nosso fervor
te largo como quem larga um apontador
e vou embora com a sua dor

Inserida por MacusMenezes

[ Eu Até esperei ]

O tempo abrir, o sol brilhar,
a tarde chegar, nuvem sorrir.
Relógio correr, pessoa do ônibus descer,
Barco seguir.

Homem correr, Mulher chorar,
Quem não ama, amar... Trem partir.
Senhora andar, criança engatinhar,
Grávida parir.

Coruja voar, cílio pestanejar,
Bebum beber, parede ceder, saliva engolir.
Dorminhoco sonhar, brigão brigar
Ladrão escapar, escola abrir.

Cego enxergar, coração dilacerar
Fé se abalar, perdedor admitir.
Mulambo se limpar, calçado esfrangalhar,
calado: gritar, dor na coluna sentir.

Estrela do mar, cometa passar
Galinha cacarejar, flor... florir.
Corpo padecer, lua aparecer,
Pôr do sol chegar, noite triunfar
... Você não vir.

Inserida por mariopires

Ricardo Cabús

O álcool nosso de cada dia

Há uma expressão em inglês que é muito interessante e que nesse momento veio-me à mente: ‘take it for granted’. Uma tradução possível para o português seria ‘dar algo como certo por antecipação’. O porquê dessa lembrança eu conto a seguir.

Estou tentando escrever um artigo em meu computador e o mouse não quer me obedecer. Ratos em geral são desobedientes, é verdade. Mas o eletrônico costuma ser submisso. Quando acontece algo desabonador, como não levar o cursor ao devido lugar da tela, pode significar que há alguma sujeira na área. Nesse caso, para voltar ao pleno domínio da situação basta limpá-lo. Pois é, a obediência de um rato eletrônico, diferentemente do natural, pode estar diretamente relacionada ao seu asseio. E se quisermos analisar de forma, digamos, endobiônica, não à limpeza externa, mas à interna. Assim, decido verificar o seu teor de sujidade. Coloco-o de ponta-cabeça e abro o compartimento que contém uma esfera, responsável pelo funcionamento da geringonça. Tudo bem, dispositivo; a ira não gosta de substantivos neutros. Então retiro a bolinha e imediatamente percebo que a chafurda é verdadeira e suficiente para deixar o rato para lá de insubordinado. Ora, penso, nada que um cotonete com álcool não resolva. Em poucos segundos os conectores estarão limpos e o rato voltará cegamente a seguir minhas ordens. Simples! Simples? Simples, desde que houvesse álcool.

E é aí que vem a questão. Um alagoano como eu – acostumado a viver arrodeado de cana-de-açúcar e ver álcool à venda em qualquer bodega da minha cidade – jamais poderia imaginar que não houvesse álcool à venda aqui na Inglaterra, berço da revolução industrial, classificada como ‘país de primeiro mundo’, e procure elogios, que você acha... Acha tudo, até macaxeira, menos álcool.

E como tudo tem seu motivo, apesar de nem sempre concordarmos com ele, a ausência de álcool nas prateleiras dos supermercados, farmácias e congêneres deve-se simplesmente a um fato: os ingleses bebê-lo-iam. Soa estranho? A mesóclise ou o significado da frase?

Mas o pretexto é esse. Concordar é outra história. O índice de alcoolismo por aqui é bastante alto. A maneira de combatê-lo é que é esquisita, além de não haver álcool comum para ser comprado por pessoas comuns, os bares geralmente só ficam abertos até as 11 da noite. No entanto você pode começar a beber a partir das 11 da manhã, se assim quiser. Eu hem?

Sim, mas voltando ao meu computador, faço o que vi um nativo fazer outro dia: uso minhas unhas para tirar o possível da sujeira existente na barriga do rato, dou um belo sopro, com direito a uma baforada de poeira, recoloco a pelota, tampo o bicho e bola pra frente que é jogo de campeonato.

Inserida por TutyP

TABUA DE CARNE

Tabua de carne...
Abre alas para o tempero da morte
A qual, todavia se oferece
para fazer dos seus adversários
seres tenebrosos e fortes.

Ali se debruçam em peças para serem
talhadas por golpes de pulsos firmes,
suados e sedentos de sangue...
Ali seres simples são cutilados pelo
poder da ganancia; insaciável dimensão
todavia despencando pelos mesmos poderes
Poderes que com suas laminas frias e afiadas...
semeiam suas mensagens terminais.

Tabuas de carne afago de, o penúltimo partir
ceifadeira de singelas vidas,
é uma peste seu empestear por aqui.

No ultimo tremor do momento final do existir
sobre aqueles mórbidos segundos,
o erro se enche de duvidas
dividindo a sepulcral partida
com os erros errados da vida.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

TÉTRICO

Ações rasas embala...
Embalam, balas que não podem parar
Mas falam, falam quando dispara
... Falas e desconsolo que fazem chorar.

Tilintam na casa do desespero
em desterro por ter que enterrar
chuvas de mal gosto, ao mundo inteiro
aos gostos que podem exterminar.

Balas... Balas que ao falar cala
por dedos tesos, ao articular
depois demarcam, abscuro da cara
pra nunca mais poder voar.

São ela, pontos de toda uma vida
pesponto do dedal, magistral morte
balas, vão ao sul semeando lagrimas
aterrorizando o sol no amanhecer norte.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

O CAROÇO

O caroço esta grosso
não cabe mais na panela.

O rango esta ensosso
a canjica cheia de osso
será que a culpa é d’ela?

São tantas as fomes sobre as mesas
que até falta prato e tigela.

Falta também alegria
e esta sobrando tristeza
e o requinte perdeu a beleza.

A moda agora é surrupiar
é rico roubando pobre
e pobre a se enterrar.

Isso sempre aconteceu
Deus acode o mundo teu
e se não for de mais, diga...
Quanto isso vai acabar?

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

REINAÇÃO

Enquanto o fole folheava a folia
o fado era sapateado pelos pés
a dança, demarcava n'aquele dia
o pulsar do coração em aranzel.

Musica, voava como asas no salão
flutuando, elevando o sentimento
era sola solada, pulsando coração
Era corpo trepidando o momento.

Enquanto o fole folheava o fado
a noite tremia e se fazia criança
para vontade, tudo era agrado
a imaginação, bolia a esperança.

O ritmo requebrava os lados
o peito seco arfava uma canção
o fole folheava folia com o fado
o fado a folia, vagava imensidão.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Se em palavras vieste inspirar
Ó Deus, fascínio crias em tuas poesias.
Natureza de beleza ímpar,
Ensinai a viver teus dias.

Se em amor escreveu o poeta
Ó Deus, da-lhe entendimento.
Em tuas palavras destes o encanto,
E em pleno pranto, trazes o lamento.

Se em beleza nos deu a mulher
Ó Deus, estendo as mãos ao céu.
Dedicamos ao doce veneno
Palavras jogadas ao léu.

E a tudo que não provém
Ó Deus, vem nos libertar.
Do riso sem viço
Paixão sem serviço,
Do amor sem amar.

Inserida por MatheusHoracio

As palavras não estão vivas. Em mim não encontram morada, das minhas mãos não saltam ao papel.
As palavras estão fugindo, em êxodo da minha própria mente.
O que era inspiração agora é passado, velado e relutantemente esquecido.
Se para o cientista, o gosto está na descoberta, para o poeta, está na moça que vai e que volta. Quando ela não volta, a tinta da caneta seca, a mente não produz, e o poeta se torna uma estátua de sal.

Inserida por MatheusHoracio

Escrevo pra falar de amor
Expressar a dor,
O que é comum aos alheios
Tem em meus olhos esplendor.

Narrativa da vida
Sem ponto de partida.
Se por aqui tudo finda,
Fica a obra do autor.

O épico é interpretativo.
Deuses, imortais e heróis
Mas falo de meros mortais se amando, sentimentos de um doce finito.

O propósito é alcançar, sim
Alma carente de paixão.
Paixão pela arte, em parte
O que venha a tocar o coração.

Inserida por MatheusHoracio

Naveguei como os melhores navegadores em suas expedições.
Corri como maratonistas corriam por um grande prêmio.
Escalei a maior das montanhas como os melhores alpinistas.
Escrevi como os maiores poetas.
Lutei como os melhores pugilistas.
Me diverti como o maior dos palhaços.
Amei como o mais sublime dos românticos.
Cheguei até onde outros já haviam chegado, e nunca além disso.
Morri, e nada de novo vislumbrei.
Sou apenas um dos outros, somente porque não dei um passo a mais do que eles.

Inserida por MatheusHoracio

BARQUEIRO E CARTA

Lá vai ele... O barqueiro,
com pedaço de rapadura
com seu barco, e seu saco,
e dentada com boca dura

Sacode seu remo ao vento
empurra n'água o remar
segue adentrando no rio
com vontade de chegar.

Em seu estreito espinhaço
sobre o leito deslizando
na pose de cabra macho
barqueiro distanciando.

Como lamina sobre as águas
segue encurtando a viagem
cada curva do rio, lagrima
da saudade em visagem.

O que tu leva barqueiro
com tanta urgência assim,
não, não é o mundo inteiro
não diga isso p'ra mim...

_ Levo carta com saudade
do pulsar de um coração
sonhos alem das margens
sopitando de paixão.

Levo vontade do amor
como se fosse um tom
nota com muito fervor
tilintando sonho bom.

Levo também uma sina
de amar longe dos olhos
uma vida que não rima
oceanos sem abrolhos.

Levo aqui um horizonte
sem alvorecer do dia
miragem alem dos montes
um sonho de fantasia.

Por outro lado o amor
levo com suas vendas
amar de longe é dor
ô bom Deus, me defenda.

Não deixe esse sofrer
parar no meu coração
não quero esse viver
amar longe, não e não!

Quero amor perto de mim
todo dia e toda hora
com diadema de cores
no céu da minha aurora.

Quero pássaros no quintal
em notas do meu coração
chilreando o carnaval
farfalhando o meu quinhão.

Anoitecer, quero sorriso
da noite toda enluarada
estrela d'alva eu preciso
iluminando minha estrada.

_ Barqueiro o que você quer
sinto muito, também quero
mas o querer e o vier...
Pertence ao mundo dos cleros.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Nossa vida nos ensina

Não há grande ou pequeno. Há o generoso e o tacanho. Quem com olhos de bondade ver, não assassina a alma do semelhante. Não há maldade sem planejamento nem afago que não cure.

Somos tão bons quanto nos queiram ser. Somos tão ruins quanto nos imaginem ser. O nosso ser é acalentado pelo calor do amor e ressecado pela frieza do ressentimento.

O mais difícil é mensurar a brisa que acalma o coração e as gotas que caem dos olhos pela alegria ou pela tristeza que o amor provoca diante do sabor ou dessabor da dor.

Não imagino uma vida sem preocupações nem alegrias sem frustrações. A madureza é feita a partir do entalhe que a alegria e a dor esculpem em nossa mente e coração.
Graças às verdadeiras dores que nos ensinam que a alegria é efêmera e mentirosa,embora deliciosa, nos enganam e nos anestesiam e nos deixam inconscientes que a vida é difícil. Mas é isso que alegra o nosso ser, a verdadeira mentira que o mau é bom e que o bom é fútil.

Inserida por Poetaantonioferreira

Do amor espero muito e tanto
Do ardor espero o mesmo e parto.
Da ida espero o mesmo encanto,
Na volta espero o mesmo afago.

Do olhar espero o seu encontro,
Do riso espero o seu retrato.
Das mãos espero o mesmo toque,
Da boca espero o embaraço.

Nascido da mesma vontade,
Que bate e não se aguenta
Que invade o mesmo peito e parte
O embate que na vida aumenta.

Espere, ó bem, o meu resgate
Ao sol que luz da vida trás,
O amor se torna um desastre
Se não são dois corações iguais.

Inserida por MatheusHoracio