Prosa de Casamento
SONETO SEDUZIDO DE AMOR
Esse que prosa por aqui, leitores
De poética jura e sensível feitio
É um soneto mais, mais louvores
De mais cores, o tal, mais gentio
Sintam que são de nobres teores
Sutil poesia, sensação e arrepio
Hino romântico, ofertadas flores
Aquela paz ao coração, pousio
Reconheceis, talvez, ser utopia
Direis que não, apenas, melodia
Um cântico tão cheio de frenesi
Eu vi a emoção trovar o encanto
E, o sentimento no íntimo, tanto
Eu vi... ele seduzido de amor, vi!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16 junho, 2023, 19'22" – Araguari, MG
Poema- Prosa de Marco pra Marcolino
Eliseu, filho de Ely e Benedita! Uma família de irmãos educadores, acredita?
Eliseu, nome de origem bíblica, e significa, “Deus é a salvação”!
Seu pai, pastor Cabo Ely, tinha duas profissão e nunca deixou na mão!
Eliseu, sucessor do profeta Elias! Porque desconfias?
Eliseu de tanta fé, acredita inté em Maomé!
-Mas porque tantos “es”, pergunta, meu coração!
Já meio na contramão, me responde:
-Calma, tenho M de sobrenome, que não se esconde.
M de Marcos? Só que não, Marcos é meu irmão!
É Marcolino, “apelido carinhoso para Marco”!
Com razão, Marco & Marcolino!
Que beleza poderia virar inté dupla sertaneja!
Com sutileza, como diria nosso pai:
- “Um burro carregado de livro é doutor”!
Eliseu, não tornou-se doutor, mas virou professor!
E espalha conhecimento com muito amor!
Marcolino, que significa “coragem e guerra” mas de forma carinhosa!
-Marcos, quanta história! Quanta prosa!
Calma aí, tem ainda Rosa no sobrenome!
Rosa, uma flor! A rosa do amor, a rosa que vem da mãe!
A rosa filha da mãe! A Rosa, nossa Mãe!
-Quanta rosa, estou florido, até comovido!
Eliseu Marcolino Rosa, que nome pomposo! Chega a ser honroso!
Que generoso, esse nome grande não acaba não?
Não! Pra finalizar tem o Muzel do alemão!
Muzel, de antemão significa, “truncado, curto”.
-Truncado, curto? Que absurdo!
Parece interpretação pífia, limitado!
Calma, você não está errado, muzel tem significado variado!
Eliseu nunca foi um ser mimado, limitado! Eliseu é ousado!
Com muita ousadia, Eliseu fez Geografia!
Sem monotonia, depois fez Pedagogia!
Quem diria, a profecia do pai quase se cumpria!
“Um burro carregado de livro é doutor”!
Seja como for, Salve o professor!
De Marco pra Marcolino, com muito amor, traçamos nosso destino!
Marcos Antonio Rosa Muzel (02/06/2023)
Erros
Vou pelo tempo e que no tempo aflito
A prosa sentimental, tropega, suada
Poesias que tagarelam com o espírito
Das faltas, vou indo pela madrugada
Poética, sofrente, fincada no infinito
Escrito no rigor de uma rima pesada
E nos meus enganos o olhar contrito
Colocando a minha alma pendurada
De tudo que finda, a vida que passa
A passo largo a ilusão que escassa
Assim, gerando nas causas, aterros
Então, equívoco e acerto o destino
Ferino autor... num quase desatino
Saturando o fado com infindos erros
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2023, 19, agosto, 20’14” – Araguari, MG
Súplica (soneto III)
Há uma prosa jacente que mascara
O meu poetar sentimental e sedutor
Revirando aquela saudade tão cara
Sumida nas embirrações dum amor
E nesta dura aflição, molesta e avara
Que deixa na boca o tal gosto traidor
Rola sensação picante que não para
Porque não para a poesia com temor
Ah! Sentimento, por que tanto sente
Por que um coração por afeto mente
Tornando mais dorida a trova inteira
Te suplico! -vem silenciar o momento
Cala meu versar, dispersa-o ao vento
Deixai-me manso da minha maneira!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 agosto, 2023, 20’37” – Araguari, MG
Prosa de Natal
Na matriz toca o sino
Pobrezinho, nasceu em Belém
O Deus menino
Veio pra paz e o bem
Na palha dum cocho
Nasceu. Amém!
Divino, predestinado
Seu sofrer avém
Na cruz, amado
Jesus o teu nome
Por todos clamado
Nosso Deus genuíno
Glória lhe é dado
Louvemos, Jesus menino!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/12/2021, 17’05” – Araguari, MG
P R E C E
Não te peço uma prosa apaixonada
nem dos amores que a alma gostou
nem o beijo que o coração olvidou
nessas estórias da história passada
O soneto de amor que o fado ousou
não te peço! Ó sensação amargurada
já te nem pede, do sentimental, nada
trova teatrada que o significado virou
Nestes poemas suspirados que sente:
angústia, solidão que o vazio engaste
na rima tem choro, ainda, por alguém
Nada rogo, pouco ou nada, somente
e tão apenas, a poética que roubaste
deixando está saudade ir tão além...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/12/2021, 05’52” – Araguari, MG
Sobre a poesia....
A noite é da poesia.
É do amor cantado em versos.
É o charme da prosa.
É a reticências...
Não sei, se é a noite que encanta o poeta.
ou o poeta que encanta a noite!
É uma parceria sem fim...
___________
©Aline Hikelme
©Textos de autoria de Aline Hikelme
Direitos reservados conforme artigo (Lei 9610/98)
Alinneh / Ano 2022
TANTO MAIS
Queixo-me da redação de uma distinta prosa
Com mimos, amor, daquilo tudo que agrega
Uma sensação envolta naquela ofertada rosa
Suspiros, a quem o destino liberal nada nega
Assim, um versar, da ânsia que não sossega
Em torno do ideal, que esplende, da viçosa
Forma, dos sonhos que a ventura nos lega
Ah! irreal poeta! Quanta reticência fabulosa!
Então, dá-me iluminação divina, ó imaginação
Aquele cântico sussurrado do poético coração
E não apenas os versos habituais e tão iguais
Dá-me a consolação da beleza, dá-me ovação
Ver fulgir na inspiração sentimento e emoção
Com de vida, sentidos, prazer e tanto mais...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2 agosto, 2022, 06’30’ – Araguari, MG
ESQUECIDO
Talvez já de tudo tenhas esquecido:
Do olhar, dos sussurros e da prosa
Da memorável dada elegante rosa
Talvez em tudo tenhas nos perdido
Aquele deliciosa sensação saudosa
O abraço sensual e tão enternecido
Cada momento, o momento vivido
Cheios de mimo e carícia generosa
Ah! não me tens na afetiva poesia
Mais... só este silêncio na vastidão
Do abandono, sentimento mudo!
E, só, nostálgico, numa dor sombria
Me tenho: penoso, na doce ilusão...
É... talvez tenhas esquecido tudo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06 agosto, 2022, 19’57” – Araguari, MG
AGORA QUE O AMOR
Agora que o amor, na prosa, é sujeito
E enfim seduz todos os perfeitos ideais
Agora que, da poética tens os madrigais
Em dobres de alegrias no exitoso peito
Agora que de ter, tem o capital direito
De uma inspiração em sensações reais
Agora que as quimeras são mais e mais
Ao sentimento pulsante, e tão satisfeito
Que eu, prazenteiro, sigo o meu poetar
Cheio de feito, e não mais com o receio
Enchendo de mimos, agrados e de luar
Onde, agora, paixão no coração é esteio
Gorjeio de emoção, e pronto para amar
Cantando este amor que agora me veio!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 agosto, 2022, 05’18” – Araguari, MG
UMA MANEIRA
A cada prosa de uma nova poesia
A doce poética se revigora vigente
Enche a profunda obra de quantia
Onde cada sensação nunca mente
É muito bom a gente ter cadência
Sussurros da imaginação, a sonhar
Naqueles versos cheios de essência
Pois, serão ao poeta o valioso lugar
Amar, e amar, o inevitável segredo
Da trova que quer a afeição suspirar
Versado com a variedade sem medo
Um enredo, um sentido, uma maneira
Pra acelerar a emoção e fazer delirar
Senão, estás a perder a prosa inteira...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 de agosto, 2022, 21’20” – Araguari, MG
TRAGO
Trago a prosa na alma, inteiramente
Como se fosse uma tocante sinfonia
Que me invade e do profundo irradia
Inspiração. Sou da poética pendente
Trago no âmago o lírico praticamente
Olhares, agrados e sensível harmonia
Em cada versejar o trovar com magia
Sou apaixonado, ao acaso indiferente
Trago o canto, na cadência, atraente
Sou instante, um todo, o total afago
Um Bardo cheio de emoção presente
Trago sensação, premissa dum amador
Para o meu contentamento, tudo trago
Menos a perfídia daquele amado amor
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28 agosto, 2022, 21’07” – Araguari, MG
QUEM NUNCA?
Me desculpe a poética e os poetas
Se meus versos nos contos são iguais
Com prosa e prioridades tão formais
Com saudades de outrora, inquietas
Pois, minhas sensações são repletas
De narrações, e cadências musicais
Do coração, como ilusórios cristais
Um clássico, com emoções diletas
Deixai a literatura com seu lirismo
Não roubemos o amor do emotivo
Deixai-o com seu sentimentalismo
Há mutação, pois, nada é definitivo
Em cada prosa, em cada verbalismo
Quem nunca? De estórias foi cativo!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
03/09/2022, 17’04” – Araguari, MG
DA COXIA DA POESIA
Só quando os olhos cerro, sinto a poesia
Suspirando em uma prosa cheia de ilusão
Os tons marcantes duma doce imaginação
Perdidos nos sonhos, em uma poética via
Só quando cerro os olhos, vejo a fantasia
A tudo esqueço e sussurro com emoção
Pra não acordar aquela singular sensação
Onde é sentido, e não apenas o que seria
Só quando os olhos cerro, vejo o alheio
Amor, por entre o agrado e a sabedoria
Nada ou pouco quero se for sem anseio
Só quando cerro os olhos, que há quantia
N’alma, nos poemas, sem nenhum custeio
Tudo pegado de dentro da coxia da poesia
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 setembro, 2022, 17’12” – Araguari, MG
Ó TANGO QUERIDO!
Ritmo poético! O bailado em prosa
Versos de um amor não esquecido
Que no teu âmago foi adormecido
A ilusão cheia de perfume de rosa
Bandonéon sofrente, sussurrante
Que desperta o peito e nele brade
Num compasso pesado e vibrante
O instante de evocação a saudade
Ritmo d’alma, de sensação errante
Que leva o sentimento tão distante
E traz comichão ao coração sofrido
Ah! balada de insânia dum passado
Sonhos, devaneios, desejo sagrado
Inesquecível paixão, ó tango querido!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12 março, 2022, 17’00” – Araguari, MG
DOR SUPREMA
Cai a noite, é outono, o cerrado chuvoso, prosa
o amplo e deserto céu, místico e tão sombrio
uma saudade rameira de angústia tenebrosa
geme, ladeia, se fazendo de um silente vazio
É noite. Chove. A sensação se vê preguiçosa
que só tortura... a recordação provoca arrepio
porque sofre na poética do bardo calamitosa
que só tem nas sombras de um nublado estio
E a noite adentra, e as saudades, uma a uma
pesam na solidão, e assim, a tristura exuma
acordando no sentimento o aperto que aflora
Ah! Eu quisera, planear a felicidade no poema
dum dito amor, um amor, não a dor suprema...
Chove lá fora! Cá dentro a minha alma chora!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 março, 2022, 17’52” – Araguari, MG
PADECER
Ainda às vezes, a prosa saudosa
que outrora me foi com afeição
vem cruel tal desfolho duma rosa
macular a poética da inspiração
E, dantes a poesia tão carinhosa
que da alma era vital dedicação
agora em tom áspero, nebulosa
chora no verso cheio de solidão
Ah! esse aperto que tem a toada
de sensação dura e amargurada
põe a trova em um dano sem fim
Pois, o fado ainda bem maldoso
unta de suspiro, pondo pavoroso
o soneto a padecer junto de mim....
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
24/03/2022, 15’30” – Araguari, MG
Venho contando
em verso e prosa
a história da tropa
que aprisionada
ainda se encontra,
o quê se passa
no nosso hemisfério
e que neste ano
qualquer real valor
está sendo inverso.
Tenho buscado estar
na estação poética
como astronauta,
enquanto o regresso
da reconciliação
não tem sido possível.
O General continua
injustificadamente
(((aprisionado)))
desde o dia treze
de março do ano
de dois mil e dezoito,
o ar anda pesado
na boca o desgosto
e algo me diz que
tão cedo passará
está sensação de sufoco.
Tentando ser brisa
de esperança e voz
neste tempo adverso,
total em prosa e verso
contando de maneira
sensorial o quê passa
na América Latina,
sobre a tropa de uma
Pátria que não é a minha,
e uma prisão injusta
sofrida por um General
que ocorreu no meio
de uma reunião pacífica.
O General está preso
há mais de anos anos,
ele vem passando
um injusto sufoco
e o profundo desgosto
de continuar a ser caluniado;
não há como esquecer
do amaldiçoado
dia treze de março
do ano de dois mil e dezoito,
fizeram muito mal à ele,
e o injusto não foi reparado.
O General está preso
na sede da Polícia Militar,
desde o início da pandemia
não vem podendo
para a família telefonar,
só se sabe que
em TOTAL ISOLAMENTO
ele se encontra num
ambiente que a injustiça tomou conta.
Muita coisa para contar
em poesia, prosa e verso
de noite fria que quebra
em cada um de nós
aqui na América Latina,...
Relembrando que a rotina
do isolamento social
panamenho tem sido
curiosamente por gênero;
Onde a pobreza mantém
a população refém
da omissão em nome
tremendo da sobrevivência:
Pendurando tecidos roxos
nas janelas na esperança
que o Universo para a Colômbia
envie ajuda porque quem
os acuda muitos não têm,...
Todos têm fome de liberdade
para buscar o pão,
há muito tempo o circo
não tem sido mais permitido,
A infraestrutura da política
transformou a Terra
num oceano de degradação
a vida da população
não tem mais importado,...
Como o General que está
preso injustamente
há mais de dois anos
desde o dia treze de março
de dois mil e dezoito:
Outros como ele vem
sendo presos,
aumentando assim
estão diariamente
a constelação de presos políticos.