Próprio
Encontrei.
Achei o amor
de verdade,
olhando no espelho.
Amor próprio?
Pensei que fosse,
mas ela estava
do meu lado e eu
estava justamente
olhando ela,
no espelho.
O silêncio me assusta inclusive o meu próprio
Quando fujo do óbvio de alguns colóquios
É por não saber mais o que dizer
expressamente a coisa vai mal...
Perseguir o outro é um reflexo de si, que plorifera o mal para o próprio fim. Afinal, sabemos que somos raízes, que coração é terra que floresce, e que é de extrema importância perseguirmos a paz.
Nos olhos de cada pessoa podemos ver além do que vê seu próprio olhar. Os olhos refletem os sentimentos da alma e nessa, por sua vez, só há verdades. Um olhar nunca mostra-se em mentiras. Alguns conseguem esconder e, dificilmente, se deixam contemplar os olhos, nunca querem se expor, preferem se aprisionar a ter a liberdade de ser quem verdadeiramente são. Uns levam a lua dentro de si, outros o sol, alguns passeiam com a leveza das nuvens brancas e fofas, outros carregam o peso e destruição de tempestades e raios, outros apenas o vazio. São dos olhos que vêm as lágrimas de alegria e felicidade, como também as de tristeza e desgosto. São o espelho do espírito, como dito há milênios por poetas e filósofos. Olhos que falam, que calam, que rasgam, que vagam. Perdidos e solitários, de máscaras e de mentiras, os sinceros e de verdades, os de afago e amizades. A pequena porta do céu, o grande portão do inferno. Pelos olhos entram os pecados, saem os perdões, florescemos vida e massacramos corações. Dizem que dentro do peito temos um poder incalculável, mas a força dos olhos é imensurável. É deles o sentimento do calor que queima, da brisa que abranda, do tapa que golpeia, da mão amiga que afaga. Quem aprende a interpretar olhares, aprende que nem todos são o que dizem ser, mas a maioria é muito melhor por dentro do que consegue dizer. Cuide do que leva dentro de sua alma, cuide do que expressa com seus olhos, jogue fora suas máscaras, pois qualquer hora isso te vence, quebra teu muro e escapa de ti e daí, será de orgulho ou vergonha o reflexo em teu espelho?
Não massageies o pão alheio com mãos sujas, quando tiveres fome, porque comerás do teu próprio fermento.
Próprio Veneno
Tá bom! Tá Bom!
Eu confesso!
Eu injeto veneno nas veias, faço isso em doses homeopáticas.
Parece loucura, non sense, mas o que não estava no gibi é saber que muita gente assim como eu também injeta
Injeto veneno quando sinto raiva, quando guardo mágoa, quando me deixo ofender, quando preciso de aprovação dos outros, quando me incomodo com críticas e acusações gratuitas, injustas de quem muitas vezes nem tem apreço por mim.
Quando acho que tudo é velho, triste, chato e sem cor. Quando decido e faço a escolha de um dia péssimo. Quando as noites são tristes. Quando esqueço de ser grata e quando quero ser apenas mais uma na multidão.
Eu sou o meu próprio algoz
Eu sou a minha própria salvação
Sou o silêncio da minha voz
Eu sou luz da minha escuridão;