Próprio
Nós só devemos amar uma pessoa até o limite do nosso amor-próprio e da nossa dignidade. Quando se ultrapassa esse limite já deixou de ser amor.
Houve um tempo, quem sabe você se recorda, em que a vida era inteiramente sua. Só sua. Mas, como folhas carregadas pelo vento, você se perdeu nas curvas sinuosas do caminho. Deixou-se levar pelos desejos dos outros, pelas expectativas alheias, e sua própria voz, antes tão clara e vibrante, foi ficando em silêncio.
No começo, as concessões eram pequenas, quase invisíveis. "Faça isso por mim", "Você poderia tentar aquilo?". E você, de coração aberto e generoso, aceitou. Cada passo em direção ao que não era seu fez com que deixasse partes de si pelo caminho, pedaços que, quando juntos, formavam a essência do seu ser.
Um dia, ao se olhar no espelho, a imagem refletida era estranha. Onde estava aquele brilho nos olhos? Aquela paixão que iluminava seus dias e aquecia suas noites? Ah, a saudade de si mesmo! Saudade de um tempo em que as risadas eram autênticas, os sonhos eram altos e as esperanças, infinitas.
Você se lembra? Houve uma época em que os risos ecoavam e os sonhos floresciam. Aquela época era sua. Agora, parece coberta por sombras, a alegria murchou, e os risos se tornaram ecos distantes. É triste perceber que, ao viver a vida dos outros, você esqueceu de viver a sua própria.
Mas nem tudo está perdido. A vida é como uma ampulheta, onde cada grão de areia representa um momento, uma escolha, uma lembrança. E se cada grão que caiu não pode ser recuperado, sempre existe o presente, o aqui e agora, para ser vivido com autenticidade.
Comece a juntar os pedaços deixados pelo caminho. Reconheça suas próprias vontades, seus desejos, suas necessidades. Redescubra sua essência e comece a cuidar de si novamente. Remova as ervas daninhas da conformidade, plante novas sementes de esperança, regue com suas lágrimas e adube com suas risadas. Deixe que o sol da sua autenticidade brilhe outra vez.
Lembre-se, viver a vida que é sua não é egoísmo. É um ato de coragem, de amor próprio. É redescobrir aquela criança que sonhava sem limites, que acreditava no impossível, que via beleza em cada canto. É permitir-se ser, plenamente, o que sempre foi destinado a ser: você mesmo.
E ao final dessa jornada de reencontro, quando olhar para trás, verá que a saudade de si mesmo foi o impulso necessário para redescobrir a beleza da sua própria essência. E perceberá que a vida, afinal, é uma poesia escrita com cada batida do seu coração, cada suspiro da sua alma. E essa poesia, é única e incomparável.
Há as pessoas que eu amo, as que eu gosto, e as que "nem fedem, nem cheiram". Também há aquelas que cabe o ditado: "Quando eu não gosto da galinha, até os ovos fedem".
Ela precisa descansar.
Descalçar os pés e caminhar na areia da praia.
Ela precisar se arrumar.
Organizar os pensamentos e sentimentos que tiram o sono.
Ela precisa transbordar.
Esvaziar o suficiente para se encher do que que faz bem.
Ela precisa amar.
Apreciar cada detalhe de sua própria história.
Não é o corpo perfeito que sente e dá prazer, e sim aquele que se aceitou, o corpo feliz, livre, sensível, compreendido, amado, empoderado e consciente de si.
Amar-te até o limite que o amor-próprio permite, não quer dizer que eu te ame pouco, quer dizer que amo mais a mim que você.
"Minha vida é feita de retalhos, costurados pelo tempo, ligados aos pontos e {nós} da minha existência."
"Quando um determinado desejo ou procura passa a ser demasiado viciante no seu jardim emocional; o belo perde a própria essência e, as ervas daninhas tomam conta e matam as flores. Nao seja escravo do mesmo fim: toda história não vivida com verdade, amor e confiança, amanhece estóriaesquecida nos bosques dos lamentos."
Imponha limites e só restarão as pessoas que gostam de você.
Perceba que as outras só permanecem enquanto podem dizer e fazer o que quiserem.
Das alturas profundas de minha alma,
Tem um mirante.
Onde ele pode escolher um ângulo,
Para criar o enredo de um filme.
Dependendo do ângulo que ele escolher,
Ele irá criar um tema.
Pode ser um drama, uma comédia, ficção...
...tem um filme muito triste...
...triste, muito.
(Nepom Ridna)
O que seria de nós se o mundo inteiro acordasse como nos filmes? Uma pena não ser assim, mas nós podemos ser a exceção. Somos os capitães dos nossos dias e a partir do momento em que você enxerga a vida de uma maneira mais romântica, logo ela será romântica. Tudo depende daquilo que há dentro de você.
Eu espero de coração que você encontre um amor recíproco. Que esteja caminhando no mesmo ritmo que o seu, que seja honesto e tenha em mente que a liberdade é necessária.
Um amor que respeite as suas decisões e esteja ao seu lado para o que der e vier. O amor é calmaria e eu não poderia deixar de te desejar a calma de um amor tranquilo, aquele que respeita e pensa duas vezes antes de falar. Sorte de quem encontra um amor desses, mas se por acaso você não encontrar, está tudo bem também. Você pode ser tudo isso para si mesmo. Imagina que magnífico olhar no espelho e ver o reflexo do amor da sua vida, aquele que você realmente precisa agradar, aquele que nunca irá te abandonar. Seria incrível viver um amor a dois, mas caso não aconteça, será incrivelmente prazeroso andar de mãos dadas com o amor próprio.
Eu não quero e nem pretendo ser aquilo que você pensa sobre mim. Eu não consigo me encaixar em um lugar tão pequeno. Eu sou a magia de uma noite de luar e posso também ser a tristeza de um amanhecer frio. Eu sou feita de mudanças e quando o lugar é apertado eu abro as janelas e vou embora. Vou voando.