Profundidade
O silêncio pode ser uma forma de presença tão plena quanto as palavras. Não ter algo a dizer não implica vazio ou ausência; pelo contrário, pode ser um sinal de serenidade, de quem encontra na quietude o espaço para estar.
Vivemos numa era onde o ruído constante é quase obrigatório — opiniões, comentários, respostas imediatas. Mas o silêncio, por vezes, é a maior das respostas. Ele não é sinónimo de tristeza ou desconforto; pode ser a companhia de quem se sente confortável consigo mesmo, que não precisa preencher cada momento com palavras para existir.
Há também uma força no silêncio. Ele carrega o que as palavras não conseguem alcançar: a profundidade dos pensamentos, o peso das emoções, a verdade das pausas. Estar em silêncio é estar inteiro, permitir que o mundo se desenrole sem a necessidade de intervenção constante, e aceitar que nem tudo precisa ser dito, porque nem tudo pode ser traduzido.
Assim, o silêncio não é ausência, mas presença num outro tom.
Você não as conhece até que não possam mais rir de você, até que a sua vida comece a fazer sentido.
Só então é que as conhecerá de verdade.
O que você vê na superfície, está enraizado nas profundidades. Quanto mais profundo ele for, maior será a sua dor.
Tem abraços que são como um porto seguro.
Abraços que deveríamos passar o resto da vida, abraços que são tão apertados que conseguimos sentir o bater do coração da outra pessoa, e por um momento tudo parece tão calmo e seguro como se nada pudesse nos atingir.
Uma árvore fincada no vale jamais estará sozinha, terá a companhia de suas profundas raízes e o acolhimento dos frutos do seu trabalho
Quem te leva às alturas não deseja mostrar quão branca são as nuvens, mas fazer refletir o lindo azul e o brilho do sol na profundidade dos teus olhos
O paradoxo da sensibilidade: quanto mais sensível você fica, mais sensível você se torna. Isso não tem relação com fragilidade, mas com potência e expansão, pois a verdadeira força está em perceber o que poucos conseguem sentir.
Ao conhecermos a imensidão do mar, podemos optar por ficar no raso, onde temos controle da situação e não corremos o risco de nos afogar. Na superfície não expomos as nossas vulnerabilidades, mas nas profundezas é que existem as verdadeiras conexões, onde enfrentamos as nossas próprias fraquezas e aceitamos as alheias.
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