Professor Mestre
Yama é a morte, aludindo à autodestruição das barreiras ou obstáculos que dificultam a consciência Vidyogi. Yama é o autodomínio, pois oferece uma conotação real de positividade e indica as atitudes que devem ser adotadas para o desenvolvimento espiritual do homem.
Ahimsa é a não-violência. Aquele que se estabelece em Ahimsa tem toda a hostilidade eliminada de sua presença. Ahimsa vai muito mais além da mera proibição de agressão física. A não-violência é tomada de modo tão amplo que está proibida a emoção de ódio ou o sentimento negativo sobre alguém, além do respeito incondicional a toda e qualquer forma de vida.
"Se nós tirarmos um peixe da água e o colocarmos na terra, em poucos instantes ele começará a agonizar e morrerá. Da mesma forma, o homem não pode ser retirado de sua verdadeira natureza espiritual, caso contrário morrerá."
Auto-realização significa conhecer a própria natureza espiritual através de uma experiência íntima e individual da Verdade. O verdadeiro Vidya Yogi observa a todos os seres e também vê todos os seres como parte do Princípio Divino Universal.
Desde que nascemos somos condicionados, para o bem ou para o mal. Portanto, perpetue bons hábitos e condicione sua mente, seu corpo e suas emoções de forma a ser um exemplo. Construa bons hábitos e os hábitos se tornarão você!
Olhe sempre as pessoas nos olhos e tenha um aperto de mão firme. Seja cortês e disciplinado. Seja forte, simples e prudente. Estas são as características de um Yogi.
Todos precisam ser motivados. Então, dê ênfase ao positivo, não ao negativo. Estimule e elogie, mas sem excessos. Se for preciso criticar, cuide para que suas palavras não firam, nem magoem.
A Verdade maior se identifica com o Bem maior. Toda a verdade relativa que for pronunciada de forma a ferir alguém acaba se transformando num mal. Devemos cuidar com tudo o que pensamos, sentimos e materializamos ao falar.
"Sabemos que existe aquele que engana e aquele que quer ser enganado. Ambos estão no modo da ignorância. O primeiro considera-se mais esperto e ágil. Manipula as palavras e se vale da aparência. O segundo, iludido pelos aspectos fenomênicos, assemelha-se ao primeiro, tendo como referência a aparência. Há a sintonia e, conseqüentemente, a atração.
Quando o homem está alicerçado em Sátya, a Verdade, ele medita com o coração puro. Assim, as coisas de que ele necessita virão rapidamente e sem obstáculos (Vikshepas).
Tudo é possível para aquele que despertou a consciência. Se nossa consciência espiritual é por nós, quem poderá ser contra nós?
Não devemos nos queixar por estarmos ocupados com tantas tarefas para realizar. A nossa ocupação desperta a nossa força interior para coisas de que não tínhamos consciência. Os Vikshepas – ou obstáculos – são plataformas para nossa evolução. Devemos agradecer pelas dificuldades que temos. Os obstáculos podem nos fazer crescer ou podem nos soterrar. Cada um de nós escolhe o caminho pelo qual deseja caminhar, apesar de alguns negarem isso.
Não acumule as situações. Procure resolver suas dificuldades na hora. Grandes problemas começam pequenos. E pequenos problemas não resolvidos se tornam grandes problemas. Lembre- se dos Vikshepas. Eles nos constróem ou nos soterram.
Aquele que pela comparação do seu próprio Eu Espiritual vê a igualdade verdadeira de todos os seres, tanto em sua felicidade, quanto em seu sofrimento, é um Yogi perfeito (Siddha).
"A mente é tão poderosa e obstinada que, às vezes, sobrepuja a inteligência, embora se suponha que é a mente que esteja subordinada à inteligência. No mundo contemporâneo, para um homem que precisa lutar com tantos elementos opostos, é certamente muito difícil controlar a mente. O homem é um passageiro deste planeta. E o tempo voa."
Tudo na vida são escolhas. Por isso, devemos refletir bem e meditar a respeito do que desejamos optar. E temos que ter a consciência de que nós é que somos os responsáveis pelas nossas próprias ações.
A mente possui características de inquietação, turbulência, obstinação e força que muitas vezes sobrepujam a inteligência do homem, embora se pense que a mente está subordinada à inteligência. Corpo, Mente e Emoção são estruturas distintas. Podemos fazer um paralelo identificando o cocheiro com a inteligência, a carruagem com o corpo, e o passageiro com o indivíduo. A mente é o instrumento de direção e os sentidos são os cavalos.
Tudo na vida são escolhas. Por isso, devemos refletir bem e meditar a respeito do que desejamos optar. E temos que ter a consciência de que nós é que somos os responsáveis pelas nossas próprias ações.
• A ignorância (Avidya) gera condições de Karma. O Karma gera a criação do ego, e este produz os cinco sentidos. Os sentidos nos fazem condicionar o contato, e este gera o sentimento. O sentimento toca a emoção, e esta produz o desejo. O desejo acostuma nosso corpo a repetir a ação, que gera o apego. O apego (Parigraha) produz a ação de vir a ser, e esta gera o nascimento. Do nascimento, condicionamos o crescimento. Do crescimento produzimos a doença. A doença gera a velhice, e esta condiciona a morte. A morte gera o pesar, e este condiciona a lamentação. A lamentação estimula a dor, e esta gera a angústia. A angústia gera o desespero que, por sua vez, aciona mais uma vez o dispositivo para uma nova ação dependente e esta ação vai criar outra ação ignorante, que gerará novas condições de Karma e assim por diante. A solução para se quebrar esse ciclo é oferecida a cada obstáculo que surge em nosso caminho. A cada instante temos a possibilidade de mudar, basta agirmos. O momento é aqui e agora!
"Respeite sempre a si mesmo, em primeiro lugar, depois aos outros. Mas quando suas ações inconscientes o dominarem e você não puder respeitar a si mesmo, lembre-se sempre, e em primeiro lugar, de respeitar os outros."