Professor de Português
Os professores da minha escola
A professora de Matemática,
com suas contas complicadas,
falando em equações,
no Teorema de Pitágoras.
A professora de Português,
com seu modo indicativo,
falando em advérbios,
interjeições, substantivos.
A professora de Geografia,
com seus complexos regionais,
falando em sítios urbanos,
em pontos cardeais.
A professora de Ciências,
com seus ensinamentos ecológicos,
falando em evolução,
em estudos biológicos.
A professora de História,
com seus povos bizantinos,
falando na Idade Média,
no Imperador Constantino.
A professora de Inglês,
com seus don't, do e does,
falando em personal pronouns,
na diferença entre go e goes.
A professora de Artes,
com suas obras e seus artistas,
falando em artes ópticas,
em pintores surrealistas.
O professor de Educação Física,
com suas regras de voleibol,
falando sobre basquete,
em times de futebol.
Os professores da minha escola,
com suas matérias que às vezes não entendemos,
falando em todas as coisas,
que aos poucos vamos aprendendo.
Uma vez, um professor de português me perguntou como ficaria "eu amo" no passado, eu respondi "eu amo". Todos riram, disseram que estava errada e responderam ao professor "eu amei". Eu sorri de lado, e lhes disse que errados estavam eles e que eles não entendiam nada de amor porque não existe amor no passado, quem ama, ama pra vida toda.
Imagine você no colégio assistindo uma aula de português. Entra um professor de matemática e começa a dar aula. Ele sai e volta o de português. Ele para e entra um de geografia. Ele mal começa e entra um de química. Estanho isso? Pois é o que fazemos durante nosso dia enquanto tentamos realizar múltiplas atividades ao mesmo tempo. Como algo assim poderia dar certo? Pois é dessa forma que desperdiçamos os nossos dias na modernidade. Pode mudar o que for, mas o nosso cérebro ainda pede uma coisa de cada vez e se desgasta enormemente cada vez que temos que mudar de foco e recomeçar. Ao contrário da eficiência que quem faz isso julga ter, a única coisa possível é acumular erros, lapsos de memória e chegar a exaustão no final do dia.
Um professor de História pra te ensinar que você é passado.
Ou de português, pra vc saber o que é um pretérito imperfeito :::::> VOCÊ
Theodora estava sentada no fundo, sendo ignorada por todos, menos pelo professor de português, que esperava dela respostas para a maioria de suas perguntas, mas hoje não era o dia. E uma das poucas pessoas que via isso em seus olhos era eu professor, ele sabia respeitar espaços.
Enquanto as coisas aconteciam, ela viajava. Ia para um lugar só dela, onde ela conseguia reproduzir o que quisesse. Ia para o seu íntimo, e imaginava ele lá. Sentado no sofá vendo televisão, ou deitado na cama em frente ao notebook. Aquele cara era a razão dos seus suspiros apaixonados nos últimos tempos. Por falar em tempo, quanto tempo fazia que ela não via aquele rosto. Era o mais lindo dos rostos que ela havia visto em toda vida.
Vagava um pouco mais fundo e imaginava a luz do sol entrando pelas janelas da sala de estar ou do quarto. Janelas que ela só conhecia por fotografias, mas que conhecia, e ajudavam a manter vivo em sua mente aquela pele morena recebendo luz do sol e irradiando brilho. Havia esquecido a voz dele, e detestava isso. Chorava de raiva por ter esquecido, e por ter uma mente tão falha.
Falar com Deus é como escrever uma missiva a um professor de Português. Podemos até cometer equívocos, mas como um bom mestre ele irá nos auxiliar, e nos mostrará a maneira certa de trilhar.
Meu professor de português me ensinou que não importa em vezes o erro da escrita, se houver o seu entendimento e sentimento, se torna mais valido do que as palavras conjuntas de belos significados ou frases carregadas de perfeições linguísticas.
(...) E QUE FIQUE BEM CLARO: Antes de assumir a titulação acadêmica de professor de língua portuguesa, sou Ser humano, sujeito a falhas, assim como todo e qualquer indivíduo que habita este planeta. Portanto, não espere que eu seja uma "gramática" ou um "dicionário" de nossa língua. Abandone a tradição,culturalmente enraizada em nossa sociedade ocidental, de que professor de língua portuguesa tem de saber de tudo. E que fique mais claro ainda: Não defendo a tese de não se importar com a gramática, defendo a ideia de respeito ao Ser humano que possui sentimentos e falhas. Até porque, perfeito mesmo, só Deus.
EU ENSINEI TODOS ELES!
Fui Professor durante 35 anos. Eu ensinei português, matemática, história, geografia, ciências, artes, ensino religioso, educação física…
Não fui só Professor, fui terapeuta, psicólogo, orientador educacional e profissional, pai, mãe, padrasto, amigo, anjo e todos os adjetivos bons e ruins que um Professor recebe.
Mas eu amei ensinar História! Eu não ensinava, eu me transportava no tempo e no espaço com meus alunos!
Hoje olho na janela do tempo e vejo ex-alunos médicos, advogados, professores, dentistas, psicólogos, psiquiatras, engenheiros, agrônomos, arquitetos, costureiras, cozinheiras, enfermeiras, …
HOMENS E MULHERES QUE COM AMOR ENSINEI!
Vejo meus ex-alunos aqui na minha cidade, em São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Curitiba, Londres, Portugal, Alemanha, Sergipe, Natal, Tocantins, Mato Grosso, Amazônia, México, EUA, MUNDO AFORA…
➖A menininha tímida do banco da frente que não sabia pegar no lápis hoje é uma arquiteta renomada;
➖O menino que usava Ritalina e depois de tanto eu dizer que ele era normal sem remédio nenhum, é médico e com certeza faz a vida das pessoas ser melhor;
➖O adolescente quieto, silencioso e respeitoso que sentava na primeira carteira ao lado da minha mesa ainda cumpre pena num presídio de segurança máxima em algum lugar do Brasil, por homicídio triplamente qualificado;
➖O garoto que cuidava para que não furassem os pneus do meu carro é um motorista de carreta apaixonado pelo volante e que cruza esse país todas as semanas;
➖O menino que era galã da sala e mandava flores para a menina que gostava, tombou morto num acidente de moto antes dos 20 anos.
➖A menina tímida que tinha dificuldade em matemática se tornou Professora Universitária e vive em outro país;
➖A garota miss da turma é uma mãe dedicada e cuida de três filhos lindos, da sua casa e do seu marido, feliz e realizada…
E assim eles estão espalhados pelo mundo cada um fazendo o que compreende ser melhor, pois eu também os ensinei a voarem como águias.
Ensinei que o mundo é nosso espaço e o tempo é senhor da História!
Eu não apenas os ensinei, mas APRENDI COM ELES!
E hoje eu abro a janela do tempo e orgulhosamente reconheço que eles fizeram minha vida melhor e minha pequena contribuição fez deles homens e mulheres em busca dos seus sonhos e sempre capazes de acreditar que “SOMOS AQUILO QUE PENSAMOS, AMAMOS E VIVEMOS!”
Hoje, minha Gratidão a Deus por ter me concedido tempo e espaço para Ser Professor, para ter impactado em tantas vidas com amor e serenidade!
Eu ensinei a todos!
Eu ensinei com paixão e isso faz com que não apenas o dia de hoje, mas todos os dias sejam de alegria e encantamento.
Porque é isso que realmente importa!
Não sou professor de português, mas essa eu preciso compartilhar: o plural de "caráter" é "caracteres".
Exemplo:
Este indivíduo tem caráter duvidoso.
Estes indivíduos têm caracteres duvidosos.
Diogo pode ser um bom-caráter, mas os dois irmãos dele são dois maus-caracteres.
A FICHA DE LEITURA
Um dia a professora de português, Dona Maria José (Dona Cuca, por esse carinhoso apelido, também conhecida, por parecer com uma certa personagem do Sitio do Pica-Pau Amarelo) Mandou comprar certa vez um livro, A Escrava Isaura do escritor Bernardo Guimarães, para fazermos uma tal de ficha de leitura, que consistia, basicamente, em lermos e depois fazermos um resumo do que lembrávamos, ótimo incentivo a leitura e reflexão e assimilação do texto. Só que nessa época, adolescência, não gostava muito de ler, não. Não só não comprei o livro, como esqueci totalmente o dia de entregar o trabalho (assim como chamávamos) ai foi que me lembrei, poxa! Ai, muito do desenrolado, em cima da hora, tive uma ideia genial, um plano infalível, fui na casa de uma vizinha, colega que mora agora no Rio, mais carioca que pernambucana, que ate já perdeu o sotaque, daqui, rapidinho, e há muito, fala o mais fluente carioquês: “ – E ai, ô Fábio, como vai? “, coisa assim, irmã de um grande amigo meu. Pois bem fui pra casa dela, como ia dizendo e sentei-me a mesa e pedi pra ela, pelo amor de Deus, quebrar esse galho e ir lembrando do que pudesse, da Escrava Isaura, lembra? A novela com Lucélia Santos, Rubens de Falco e grande elenco, vê se lembra qualquer coisa ai, se não lembrar tudo direitinho, tinha nada não, tá valendo, ficha de leitura é assim mesmo, a gente só escreve o que lembra, enchendo duas, três folhas, ta bom demais, da pro gasto, é só fazer algum volume! Começou, solicita, assim sendo, a puxar pela memória em prol de tão nobre causa, daqui a pouco chamou outra vizinha, pra ajudar; - Fulana! Tu lembra? Foi assim, assado? Ela se achegou e, daqui a pouco, também chamou a irmã, senão me engano. E eis que tinha a minha disposição, uma respeitável assessoria, três cabeças pensando melhor que uma, três cúmplices legais, rs. E aos poucos, de grão em grão, fui
enchendo uma, duas, três, quatro folhas de papel pautado, rs. Nesse negocinho, elas com toda boa vontade do mundo e eu escrevendo, já tinha passando da hora de ir pra escola e eu ainda lá, tinha nada não a aula de português seria a terceira. Daqui a poucos instantes, enfim, dei por satisfeito, tava de bom tamanho, juntei todo material coletado e fui correndo pra casa, tomei banho rapidinho, almocei, acho que almocei e fui pro colégio correndo, chegando bem na hora da terceira aula, a de português, tudo cronometrado, perfeito, entreguei a “ficha de leitura”, a professora ainda perguntou por uma coisa que viria no livro e tava faltando e eu disse veio não, não sei por que. Passou... por pouco! Dias depois, no grande dia, enfim, da onça beber água, ela inovou, (acho até que foi pessoal, o que ela fez foi combinado, hoje dava processo, rs.) chamou um a um no seu birô os alunos, na frente de todos, para devolver as fichas, fazer umas rápidas considerações e dizer a nota e eu fui o ultimo, tô dizendo, tava escrito. Na minha vez ela fez uma pergunta estranha, incisiva, disparou: - Me diga uma coisa, você fez o trabalho baseado na novela da Rede Globo, não foi? (Estranho, como ela adivinhou? É vidente?) Respondi, evidente que não! E podia? Ela prosseguiu: - Rapaz, não tente me enrolar, foi ou não foi? Eu dissimulado: - Não! E ela insistindo: - Diga logo, vá, se avexe... E a turma olhando, maior climão, constrangimento, que mico! E eu renitente e ela intransigente, vendo que ela não ia desistir, parecendo um interrogatório policial, confessar ou confessar, não tinha pra onde correr, ia dar a hora da saída e ela ali, marcando em cima, confessei: - Foi!!! Como a senhora soube? Ela disse: - Meu filho tenho uma biblioteca em casa e esse personagem Tobias, que morreu queimado aqui, não existe no romance original, o diretor da novela inventou, fez uma adaptação, eles fazem isso nas novelas, (poxa, fazem isso?! E pode? Dancei direitinho) Depois de descoberta a ficha fajuta, com ares de esperta ela jogou uma piadinha dizendo que me daria 6, pelo esforço de tentar enganá-la. Tá, até podia ser pior, ficar sem nota, entre mortos e feridos, sai até no lucro, seis, tava na media, deu pro gasto, rs.
(15.10.2016)
Se você já disse “bom dia” para alguém, não sei por que precisa dizer “boa tarde” e “boa noite” para a mesma pessoa no mesmo dia; oras, se o dia tem 24 horas, então um “bom dia” dado a alguém deveria valer para o dia inteiro, para a tarde e para a noite também. É só para nos cansar ainda mais, aff!
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