Procuro uma Mulher
No país do faz de conta:
De um lado clamamos "Sou Mulher Quero Respeito"
Do outro lado cantamos e dançamos músicas que reproduzem o machismo e a violência contra a mulher.
A inserção da mulher no mercado de trabalho aos poucos vem modificando as representações familiares de muitos casais:
Os homens estão exercendo funções de "donos de lares".
E as mulheres estão exercendo funções de "provedoras dos lares".
Sempre é bem vindo as pautas televisivas sobre racismo, machismo, violência contra mulher, homofobia...
Entretanto, acho muito superficiais, demonstram muita mais preocupação com audiência do que com aumento de consciência na população.
Precisamos ir além do lugar de fala.
O lugar de fala do índio, do negro, da mulher, do gay... tem e deve ser em qualquer lugar.
Não devemos nos limitar aos nossos guetos.
Unidas defendem que o corpo é da mulher.
Entretanto, basta uma miga usar decotes ousados na frente dos seus respectivos maridos para minas brigarem.
É isso!
Se estão felizes dentro contexto da família tradicional, homem provedor e mulher pastora do lar.
Não vejo motivo para mudar.
O que importa é harmonia do casal.
Não adianta tentar se libertar poder sedutor da mulher, sempre virá outra em seu lugar.
Comer nas mãos das meninas é nossa sina!
Assim como no primeiro momento a entrada da mulher no mercado de trabalho causou um mal-estar no "provedor do lar".
A chegada do homem no trabalho do lar também causou mal-estar na "pastora do lar"
Até quando novelas, séries, filmes... utilizarão o eterno clichê da "mulher sedutora" como forma de vencer na vida?
A mulher é livre para vestir o que quiser, quando e onde quiser?
Cada pessoa tem o direito de escolher o que vestir de acordo com sua preferência e conforto, independentemente do gênero.
No entanto, é importante lembrar que o respeito mútuo e a compreensão também são fundamentais ao considerar a cultura, contexto e normas sociais ao redor.
Embora a mulher tenha a liberdade de vestir o que quiser, o preço a ser pago na vida real, tal como ela é, permanece muito alto.
'Prevenção e caldo de galinha não fazem mal a ninguém' - essa é minha linha de pensamento.
O corpo é da mulher, então ela é livre para vestir o que quiser, quando, onde e como quiser?
Ampliando o debate...
Penso que, para diminuir a violência contra a mulher, é preciso, antes de tudo, educar o ser humano desde a infância até a idade adulta de forma permanente e contínua, visando formar verdadeiros cidadãos.
Criar leis e dar voz às mulheres sem atacar a "causa maior" não é o suficiente para reduzir o feminicídio.
Precisamos falar a mesma língua em todas as esferas da sociedade, visando dar um basta nessa situação.
Na era dos excessos, paquerar uma mulher pode nos custar processos.
“cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém."
A figura da 'mulher objeto' movimenta muita grana dentro do sistema capitalista, especialmente para a indústria da mídia, publicidade, entretenimento e pornografia, contribuindo para a perpetuação de normas de gênero prejudiciais.
Enquanto essa lógica permanecer, nada mudará de concreto na vida das mulheres.
Durante a gestação, o corpo da mulher passa por uma série de mudanças hormonais, preparando-o para o parto e desencadeando uma variedade de efeitos físicos e emocionais na grávida.
Atribuir exclusivamente à construção social seria desconsiderar esses elementos biológicos, negligenciando uma parte fundamental da complexidade dessa experiência.
Se não for casada, a mulher ainda é considerada fracassada, mesmo que seja consagrada profissionalmente.
