Problema
Tirar a casquinha
Boba, bobinha, boboca, bobona. O problema de ser tranqüila e sempre relevar é que chega um determinado momento em que não posso mais ignorar ou tentar me enganar e me sinto exatamente assim.
Há algum tempo percebi que para alcançarmos nossos objetivos precisamos ter fé e paciência. Só que esqueci que para tudo existe uma medida. Não devemos ser apressados, mas também não podemos esperar para sempre. Tudo de mais ou de menos se torna prejudicial.
Mas eu espero, eu me iludo, eu sofro, eu me decepciono. E, mesmo com tudo, mesmo depois de passar por tantas coisas, eu ainda acredito. Eu confio no quanto as pessoas podem ser melhores, desde queiram, é claro.
Já me aprontaram cada uma, e eu também devo ter feito umas poucas e boas por aí, não sou nenhuma santa. De algumas me arrependi, de outras não, como disse estou longe de ir para um altar. Mas hoje em dia estou em paz, me absolvi da maior parte dessas culpas e já perdoei e esqueci de algumas das tantas vezes em que pisaram a bola comigo.
Só que esqueço apenas do que já não faz sentido, das pessoas que já não têm importância, de tudo que já não quero perto de mim. Fatores e fatos que além de perdoar, agradeço de coração por ter deixado para trás, coisas que percebo que aconteceram para o meu bem. Mas há dores que carrego sempre comigo, feridas latentes, daquelas que é só tirar a casquinha para virem à tona. Bastam algumas palavras ou imagens, alguns lugares ou papos, para que eu volte a sentí-las como se nunca tivesse as deixado de lado.
Nessas horas eu me pergunto se eu precisava mesmo passar pelo que passei... Aceitar, perdoar, relevar. Porque eu posso até me fingir de bobinha, mas eu não sou. Eu vejo tudo, eu sinto tudo, eu sempre sei.
Não é que eu não esteja bem, o meu problema é que tem momentos que eu prefiro ficar sozinha, é mais fácil pra mim.
Quando criamos um problema criamos um sofrimento, não importa o que aconteca, não vou mais criar problemas nem sofrimento para mim. Se vc alguma vez esteve numa situação emergência sabera que isso não foi um problema. A mente não teve tempo para se distrair e transformar a situação em problema.
Se você encarar que o problema está em você, tudo ficará mais fácil, pois a solução também estará em você.
O problema, é claro, é que nós precisamos aprender a amar as pessoas. Pessoas são pecadoras. O amor precisa ser paciente quando é tentado (pelos atrasos de outras pessoas) a ser impaciente. O amor não pode ser egoísta, mesmo se as pessoas forem. O amor não se ofende, mesmo quando as pessoas são ofensivas às vezes. Erros existem, mas o amor não os fica contando. Há coisas para serem enfrentadas, mas nada que o amor não possa enfrentar, coisas para provar a fé do amor, para desencorajar sua esperança, e testar sua resistência; mas o amor continua confiando, esperançoso, e resistindo. O amor nunca acaba.
O primeiro e último problema do indivíduo é integrar-se internamente e ainda assim, ser aceito pela sociedade.
Não há excesso de liberdade se aqueles que são livres são responsáveis. O problema é a liberdade sem responsabilidade.
A não aceitação das diferenças é problema tanto patológico como baixa inteligência e falta de caráter. Ou uma combinação das três coisas. O fundamentalismo não precisa ser ‘falta de caráter’. Eu ainda acho que se pode educar para a Tolerância Ativa.
(Na palestra Tolerância ativa)
O problema é o seguinte: a sociedade atual, através das maravilhas da cultura do consumo e do exibicionismo de vidas incríveis nas redes sociais, produziu uma geração inteira que enxerga esses sentimentos negativos (ansiedade, medo, culpa, etc) como problemas.
Eu sinto você voltando a cada recaída. É como se bastasse me ver livre de um problema pra encontrar um novo você.
A paixão não é o problema. O problema é mendigar afeto. Cobrar o amor do outro sendo que eu não tenho amor próprio