Privacidade
Às vezes, um pouco de cuidado pode evitar grandes tristezas. Não fale da sua vida, dos seus problemas, da sua intimidade para qualquer um, algumas pessoas realmente querem ajudar, mas a maioria delas são apenas curiosos da vida alheia. O que pra você hoje são só orelhas, amanhã podem ser línguas afiadas chicoteando as suas costas.
Há privacidades à serem "protegidas" com câmeras e celulares de curiosos e fofoqueiros... para que muitos
cárceres privados venham à ser fatos "escandalosamente" públicos e terrívelmente corriqueiros...
Nada, absolutamente nada, permanece privado nessa sociedade/humanidade
suja como uma privada entupida com seus transbordantes falsos valores e tão adornada com suas autênticas hipocrisias.
@MiriamDaCosta
Amar não é mudar é somar as diferenças com respeito mútuo. O amor termina quando a falta de respeito invade a privacidade não permitindo que outro seja ele mesmo.
Contar ou não contar? Essa é uma das questões mais importantes na vida de um soropositivo. Desde o momento em que recebi o diagnóstico, passei horas e horas pensando nisso. Contar para a família, para os rolinhos casuais ou para os namoradinhos mais sérios? Cada situação é diferente e exige uma abordagem diferente.
No caso da família, senti que era minha obrigação contar, afinal, eles são as pessoas mais próximas e que poderiam me dar o suporte necessário. Contar para amigos e rolinhos casuais foi um pouco mais complicado, porque não queria que a minha sorologia me definisse. Afinal, sou muito mais do que o vírus que tenho no corpo.
Já em relacionamentos mais sérios, a decisão de contar se torna ainda mais delicada. Não apenas pelo medo da rejeição, mas também pela falta de conhecimento que ainda existe sobre a doença e como ela é transmitida. No entanto, acredito que a honestidade é sempre a melhor opção.
Mas é importante lembrar que existe uma lei que protege a privacidade do soropositivo. É o chamado sigilo sorológico, que garante o direito de não revelar a sorologia em situações como entrevistas de emprego ou acesso a serviços de saúde. Devemos preservar a nossa imagem e os nossos direitos.
Em resumo, contar ou não contar é uma escolha pessoal e não há uma resposta única e certa. O importante é se sentir confortável com a decisão e saber que, no final das contas, somos muito mais do que a nossa sorologia.
A internet, que se popularizou a partir dos anos 2000, acabou com vida privada da pessoa humana. Agora é tudo escancarado pra todo mundo vê, até os documentos pessoais. O mundo virou um cortiço, sem privacidade alguma.
O que os outros julgam como oculto, eu julgo como precaução de intromissão de terceiros.
Ao invés de expor, eu vivo!