Prisão
Não existem grades mais cruéis do que as da nossa alma quando nos tornamos reféns de nós mesmos, tal como não existe pior prisão do que um corpo preso, dentro dessa alma, desfeito, náufrago de todos os silêncios.
Na terra de natureza abundante e horizontes vastos, a mulher brasileira dança sob céus nebulosos, contrastantes e nefastos.
Nas sombras do cotidiano, uma dura realidade, ela foge do espectro da violência, sem descanso, sem piedade.
No lar, onde deveria encontrar abrigo e amor, é onde muitas vezes enfrenta um mar de odio, violência e temor.
Entre paredes que testemunham silêncios amargos, a mulher brasileira busca forças e se contenta com migalhas e desprezíveis afagos.
No tecer de seus dias, entre laços e desvãos, enfrenta o desconhecido, sem medo de seus grilhões.
Em um sistema que às vezes parece não notá-la, ela ergue sua voz, desafia a injustiça, mas a maioria se cala.
Com a coragem de quem tece os fios do destino,a mulher brasileira é luz em meio ao seu futuro escuro em desalinho.
Quanto mais conhecimento, intelectualidade e valores de referência tu tens, mais difícil fica entender que 1+1 é apenas 2. Esse é o preço que pagas pela busca daquilo que no final pode ser só teu e de mais ninguém, embora contigo também acabará. Se perder o equilíbrio nesta busca, só terá mais dúvidas, será mais triste e viverá na prisão de tua própria arrogância, prepotência, verdadeira ignorância e a falta de fé.
Liberdade não é apenas poder ir a qualquer lugar, liberdade é estar em qualquer lugar e se sentir livre, principalmente das perturbações dos problemas do dia a dia que geralmente ecoam nos mentalmente aprisionados.
A GAIOLA
O passarinho havia nascido na gaiola, recebia comida diariamente, podia viver repousado. Certa feita, a casa entrou em chamas. A mãe da casa abriu a gaiola, na esperança que o passarinho fugisse sozinho, enquanto isso, foi salvar os seus dois filhos que estavam no quarto. Todos que ali residiam correram para fora, mas o passarinho por lá ficou. De tanto amor que recebeu, se acostumou a não fazer nada, mas quando as circunstâncias da vida o empurrou contra a parede, ele não soube voar, mesmo tendo lindas asas.
Jamais se debruce sobre os conchavos do eGo.
O ego não só nos marca tal qual o homem que esquenta em braseiro o ferrete e em seguida aplica na coro do boi, como ilude-nos, tornando em escravos aos que se submete aos seus caprichos e armadilhas.
E uma vez marcado, nos torna o mais asqueroso dos seres, até que entendamos que não há nem o "eu!" tão pouco o "eGo!".
A vida é a melhor coisa do mundo, para quem sabe usar a liberdade que tem, por que nossas decisões podem fazer dela uma grande prisão...
Muitas coisas que acontecem irão te aprisionar emocionalmente pelo resto da tua vida e ninguém entenderá as tuas reações em momentos distintos.
Bem-vindos à corrida dos ratos, onde todos correm até não conseguir mais respirar, mas nunca chegam ao fim. Aqui, nós competimos para ver quem pode trabalhar mais horas, dormir menos e gastar mais dinheiro. E o prêmio? Mais corrida. Mais trabalho. Mais estresse. O trabalho é nosso fardo, a falta de tempo é nossa prisão, e o estresse é nossa companhia constante. Quem ganha a corrida dos ratos? Não importa, pois sempre haverá mais uma corrida amanhã. Então, comecem a correr, ratos, e não parem até cair exaustos. Afinal, a corrida nunca acaba.
O amor não tem grades
(às vezes algemas que te fazem gritar)
ele não te aprisiona, te liberta
a falta dele nos mantém em cárcere
não amar é estar em prisão perpétua.
Entre proteger os interesses da sociedade e defender os direitos dos delinquentes, há sempre plausibilidade na prevalência da supremacia da coletividade; a prisão é uma experiência amarga e traumática; o cárcere avilta e degenera; por isso, a melhor opção é respeitar as regras do pacto social; assim, aquele que obedece as regras em sociedade não precisa de nenhum favor legal, nem de saída temporária; aquele que comporta segundo as matrizes legais pode sair quando quiser, é detentor de capacidade ambulatória, pode desfrutar das maravilhas da natureza, desfilar pelas ruas da cidade, atravessar a avenida Paulista quando bem quiser, pode transitar, sair e apreciar a beleza de Ipanema não somente por sete dias, mas enquanto tempo viver, durante o tempo que quiser; quem pretende apreciar os encantos da Lagoa da Pampulha é só não delinquir; quem ama a liberdade deve aprender a respeitar as convenções sociais; quem gosta de andar na orla da praia de Boa Viagem deve aprender a respeitar as cláusulas do contrato social.
A partir do momento que se experimenta a liberdade do vôo, grade alguma será forte o suficiente para aprisionar nossa alma.