Prisão
Na incompreensão e na compreensão total da mente, seguimos sempre o coração, que é a Chave para a Liberdade do sofrimento.
A prisão está no meio da compreensão.
Bolha
Não quero ser condenado
Sem julgamento prévio
Uma sombra ao meu lado
Ainda sou pouco velho
Se eu pudesse fugir então
Sair de vez dessa bolha
Viver apenas uma emoção
Se houvesse tal escolha
Quando estou preso, sofro
Nas grades que eu criei
Agonizo tanto e não morro
Muita ruína já suportei
Não pretendo assim seguir
Se preciso, recriarei o ar
Sobretudo, tenho que sair
Encontrar o que respirar
Estou cansado da miséria
Intelectual, moral, anormal
Eu até viajaria à Coreia
Qual das duas? Dúvida real
Difícil aceitar o óbvio
E tudo que está por vir
É estranho ficar sóbrio
Essa bolha irá explodir!
...E depois ainda pensava na existência,
mas podaram nossa liberdade
e castraram nossos sonhos.
Tola rebeldia (livre passagem a desordem)
que nos submete à longínqua cena de carências
adquirida em um túnel de mentiras.
Começamos a andar em círculos,
e então, nossos inúteis braços criaram asas,
e voamos, como pássaros,
em direção ao sol, até morrermos queimados.
(Rumo ao Sol)
XY é livre, não sofreu determinadas pesadíssimas lavagens cerebrais e, assim, não utiliza o seu espaço tempo para revertê-las. É como um passarinho sem eufemismos... Come, bebe (também água), reproduz (literalmente ainda vive tentando) e se diverte no seu vôo, sem receio das paragens do horizonte e das supostas (im)possibilidades do amanhã. Morrerá sem ter se libertado ou aprisionado através das profundidades pesarosas sobre as pressões abissais dos oceanos; morrerá e levará consigo mesmo, se não a possibilidade de compreender o todo, um divisar captado ao mais longe que (se) foi... Não foi jogado às prisões erguidas pelos temores sociais predominantes e que domam os infirmes ou pulverizam os "inservíveis" e " não curváveis"; não pode compreender a angústia que permeia até o próprio se libertar delas. Penso nele e me embato sobre a amplitude e os nuances do significado de viver e/ou existir.
Acordei, daí então fui olhar se havia brilho de sol e olhei por entre as grades da janela, por hora até pensei que era prisão de dentro pra fora, mas é prisão de fora para dentro. Lembrei de um coração, do seu coração, da maneira que fui tratado por ele. O medo engradeou seu coração impedindo que os amores adentrem, habitem com o que de melhor pudessem. Uma pena, não sou marginal, uma pena, não sou bandido, até usei capuz para chegar, mas foi apenas para não queimar meu amor ao sol e perder antes de te mostrar.
Linguagem engolida
Deslizadas em palavras perdidas
Escorreram contidas
Um tanto emudecidas
Quanto esquecidas do dono da voz
Era uma linguagem-prisão
Sem conexão
...
...
...
Palavra mágica
Cadenciada
Ecoada
Sem regras e pontuação
Linguagem livre associação
Venha e quebre as correntes! Não permita que estes monstros roubem a liberdade que recebemos em Cristo na cruz.