Princípio
Partamos do princípio de que sou o resultado de minhas escolhas. Escolhas essas que foram todas impostas pelo meio sem meu consentimento.
Desde o princípio homens lutam,
derrubam lágrimas de famílias por poder,
deixando de lado o maior poder,
o poder do amor e da sabedoria.
É preciso, se faz necessário o recomeço,
a força é proveniente do coração, é dele o principio do Amor e com isso um novo renascer.
Bem aventurados
No princípio era verbo...
E o verbo deixou de ser sonho...
Nasceu enfim o poema da vida eterna.
Bem aventurados...
Aqueles que têm em sua alma a certeza da justiça...
Aliada com sabedoria reveladora em Cristo.
Bem aventurados os que têm misericórdia...
Pois estes compreenderão o amor de Deus para com seus filhos.
Bem aventurados os que têm em seus corações o dom da compaixão...
Pois estes serão capazes de amenizar os conflitos daqueles que estão a sombra da vida.
Sem esperança...
Sem amor...
Sem fé...
De tal maneira que ao falares em Cristo, milagres acontecerão.
A dor desaparecerá,
A esperança renascerá,
O amor se eternizará.
Pois bem aventurados são aqueles cujo dom cumpre o maior mandamento da vida...
“Amar a teu próximo como a ti mesmo”
Nascendo em cada cristão o amor por si...
E para o mundo.
Nascerá em cada coração um Cristo vivo e ardente.
Que fará jorrar em cada essência um Deus infinito,
...Bom...
E por ser Bom, a felicidade reinará em espíritos eternos.
Não mais com sede de justiça,
Mas sim a justiça amorosa de Cristo para a vida eterna.
O ser humano quando não compreende algo tenta destruí-lo, esse é o princípio de todas as guerras, quem compreende aceita, integra...
A princípio todos pregam que você tem que saber o que deseja na vida. O que ninguém te explica, é que o mais importante é saber o que não lhe interessa ou não lhe serve. Pois assim evitará desviar-se do foco, aceitando oportunidades aparentemente boas que o faram desperdiçar seu tempo. Quanto as opções do que é melhor para você; são inúmeras e você pode mudar de ideia a qualquer momento sem arrependimento.
PRINCÍPIO E FIM
Minha mente encontra-se vazia
Dos pensamentos que antes existiam
Das lembranças suas que hoje esquecidas
Me fazem voltar ao que eu era no princípio
E o que sou agora no fim
Ensaio sobre a razão
Tudo que havia para ser dito, a principio já foi falado, tudo que havia para ser escrito, a primeira vista já o foi feito, já possui seu espaço preenchido. E se hoje vive, é por que um dia certamente estava morto e se hoje morre, um dia talvez fosse considerado belo.
O caminhar do tempo, não nos prova absolutamente nada, no máximo nos entristece. Por nos mostrar o tamanho de nossa insignificância no universo! O tempo, o tempo não ensina e ele nada nos convence, são nossas escolhas e nossas mal faladas palavras, nossas atitudes diante do improvável que nos define inevitavelmente.
Se a evolução faz parte do homem, como explicar que tantos ainda insistam em viver na ignorância parcial ou total sobre a vida, caracterizando o mais primitivo dos pensares. No qual mostra a fraqueza humana diante do contraditório, a falha que existe no ego, proporcionando um verdadeiro espetáculo de soberba.
Afinal, o que seria do mundo moderno e de seus seres pensantes e racionais, se não fosse à existência da própria duvida? Bem estar, ética, amor, coerência, certo e errado, o homem moderno faz questão de exaltar seu pensamento perfeito sobre o mundo. Enaltecendo suas virtudes e faz questão de gritar para o nada, que é o único ser racional da terra.
Sendo assim questiono-me qual a racionalidade de ser superior se o objetivo é sermos iguais. Somos uma espécie que supostamente, temos o livre arbítrio, em um mundo aonde a liberdade é vigiada, calculada e administrada, com o intuito de uma “ordem” a ser mantida. Seria possível então dizer realmente que somos seres livres? Se o que ocorre realmente é uma pujança de regras, que nos impedem de fazer realmente o que desejamos ou pensamos ser certo para o momento.
Em sua era primitiva, na qual se considerava estarmos em evolução, tínhamos a liberdade de fazer qualquer coisa. Nada nos impedia de ir ou vir, o ser humano caçava, era infiel e se necessário matava para fazer sua tribo prevalecer em determinado território. Não era julgado ou considerado imoral, alias, imoralidade era uma palavra que não tinha significado algum na época.
Lógico, guardada as devidas comparações, com suas respectivas épocas, o questionamento é simples, com o pensar, a chamada inteligência, perdemos nossa liberdade com o passar do tempo ou nos privamos de certas atitudes em razão de um pensamento conjunto. Pois me digam, aonde o interesse social, prevalece sempre sobre o interesse próprio?
Gosta-se de pensar e dizer que o ser humano é imagem e semelhança de Deus, mas alguém considerado normal em sua plenitude mental, já viu Deus para fazer tal afirmação? O homem moderno acomoda-se na ideia banal de que o mundo gira, para as suas vontades e não de que ele faz parte de um todo. Um organismo único e vivo no qual o equilíbrio é a palavra chave, para o bom funcionamento da vida.
É neste ponto que chegamos a um fato, no qual a discussão se estende por séculos, ciência e fé. Não é de todo erro afirmar que o homem a partir do momento que foi adquirindo inteligência, começou a se questionar sobre sua existência. Logo seu pensar mostrou que não estamos teoricamente sós no universo, aumentando com sua inteligência, também sua ignorância.
Por mera consequência começou o culto a lua, o sol e terra, mas não bastando isso, criou-se o mito homem! Deuses de carne e osso, pois nunca nos passava pela cabeça que seres dotados de inteligência, um Deus, não serem a própria imagem do homem, uma amostra do seu próprio ego e sua autoafirmação de domínio sobre as criaturas terrestres.
Tais pontos servem apenas para firmação da figura caricata que somos, tentando dia a pós dia, firmar posição firma de certezas nem sempre verdadeiras, somos homens, somos deuses e quase sempre mortais. Nunca nos imaginamos como uma partícula muito pequena de um todo, assim sempre tentando fazer se sobressair diante do próximo. Somos o reflexo de nosso pensar e quase sempre a figura da ignorância.
Recordou-se que ali já esteve, mesmo não sabendo o que era estar ali, e à princípio sendo guiado pelos seus dissimulados sensores epiteliais notou sua própria existência tênue, calorosa e agradável.
Com receio de que aquele ínfimo momento se extinguisse quebrando aquele devaneio, permaneceu de olhos fechados, apenas existindo no meio de tudo aquilo.
Ouvira sinos de outono na copa das árvores, ecos de aves canoras ao longe, movimentos de raízes tocando a terra ao balanço de brisas prolongadas como suspiros de moça.
Tudo era melodia naquele delicado momento em que aprender à se amar.