Príncipe
Disse Exupéry, autor do Pequeno Príncipe: ”aqueles que passam por nós não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”. Muitos marcaram tanto, que sem nenhum contato físico deixam escrito na pedra e não na areia, não esquecemos, era pura energia.
O Príncipe Que Sabia Demais
Não nasceu para reinar. Nasceu para saber.
Hamlet foi gerado num ventre real, mas com a alma exilada desde o berço. Carregava nos olhos uma pergunta que nem os livros respondiam. Vivia cercado de mármore, mas conversava com sombras.
Quando seu pai morreu, não chorou: escutou. Ouviu passos noturnos nas muralhas, sons que não vinham da terra. O mundo, que já lhe parecia uma peça mal encenada, agora ganhava um novo diretor: o fantasma.
Foi então que tudo se partiu. O trono, o amor, a honra, a razão — tudo virou verbo conjugado em interrogação.
“Ser ou não ser?” — perguntou. Mas essa pergunta já não era dele. Era de todos os homens que pensam antes de agir, de todos os herdeiros do mundo que suspeitam do próprio legado.
Hamlet não é trágico porque hesita. É trágico porque compreende. Ele vê que a justiça é um jogo de máscaras, que o amor pode apodrecer como carne no verão, que a linguagem é um labirinto onde até a verdade se perde.
Amou Ofélia — mas não soube proteger seu amor do apodrecimento geral.
Matou Polônio — como quem atira na parede da própria consciência.
Deu espetáculo diante dos atores — porque sabia que o mundo era palco, e que, para tocar o rei, era preciso fingir loucura.
Mas o fingimento o consumiu.
Hamlet não morreu no duelo. Morreu aos poucos, cada vez que precisou calar sua lucidez para seguir vivendo.
E quando enfim caiu, ferido, com a morte como única certeza, murmurou ao amigo Horácio:
“O resto é silêncio.”
E ali está Hamlet: no intervalo entre a fala e o vazio, entre a dúvida e o gesto.
Não morreu. Transformou-se em espelho.
Todo homem que pensa diante do poder, todo jovem que descobre o apodrecimento sob a ordem, todo filho que escuta a voz do pai morto no fundo da alma — é Hamlet.
Cansada de esperar pelo amor do príncipe ela decidiu se amar e foi assim que descobriu-se princesa e capaz de fazer feliz a si mesma.
Beijei um sapo tristonho e o transformei em meu príncipe, mas depois do feitiço desfeito, quem virou sapa fui eu.
Qualquer homem pode virar um príncipe quando dominado pelo desejo, mas volta a sua forma original após saciar o desejo.
A boa instrução faz as mulheres almejarem um príncipe encantado,o problema é desejar um príncipe mas não ser princesa.
Beijei um sapo medonho e o transformei em príncipe, depois do feitiço desfeito, o sapo se envaideceu e quem virou sapa fui eu.
Nos contos de fada tem sempre um príncipe que salva a mocinha e na vida real também. A diferença é que na vida real o nome do príncipe é amor-próprio.
Entenda, a vida não é um conto de fadas. O que faz o sapo virar príncipe não é o beijo é a cachaça.
Há muito tempo deixei de acreditar em conto de fadas. Logo, parei de esperar um príncipe encantado montado num cavalo branco. Não sei por que ainda me surpreendo quando ao invés de um garboso príncipe, o Universo me envia só o cavalo.
Na mente da mulher há dois homens: o perfeito, este é o príncipe encantado e o cafajeste, estes são todos os outros.
Ela queria um príncipe, perfeito, mas perfeito não existe!
Daí... Postou uma caveirinha com as mãos no queixo, desolada.
Uma vez que a alma for liberta das mentiras do príncipe
das trevas, por acaso, deixará de falar a verdade do Príncipe da paz?
Das mãos do príncipe do mundo retira Deus as almas cativas, por meio da unção do Espírito Santo, para transferi-las às mãos do Príncipe da paz -- Jesus.
" Há muitas igrejas.Mas,só uma pedra viva.Há muitas injunções de nobreza.Mas,só um príncipe da paz".