Príncipe
A ARTE DE CATIVAR... O PEQUENO PRÍNCIPE E A RAPOSA
"O Pequeno Príncipe" de Antoine Saint-Exupéry
Releitura
"Era uma vez uma raposa que vivia sozinha em uma floresta. Bonita, de pelo lustroso e castanho, a raposa era caçada por inúmeros homens que tentavam sempre se aproximar dela. Muitos a queriam, e ingênua, muitas vezes ela caiu em suas armadilhas, porém, esperta, sempre conseguiu fugir a tempo, saindo apenas com pequenos arranhões. Que, estranhamente, não cicatrizavam rápido, mas que, de fato, não eram tão profundos. A raposa então tornou-se arisca e passou a evitar os humanos, até que um dia, um pequeno príncipe chegou em sua floresta.
- Quem é você? Perguntou, apreensiva, a raposa.
E ele respondeu seu nome de príncipe, mas a raposa insistiu:
- Você é um caçador?
Ele respondeu com um sorriso: - Não! Sou um príncipe.
A raposa desconfiou, farejou o ar, mantendo-se sempre a distância.
- Príncipe? Pois você tem cheiro de caçador.
O príncipe sorriu e tentou se aproximar, mas a raposa rosnou e se afastou. Mas ele não temeu e se aproximou mesmo assim e facilmente dobrou os joelhos e colocou a raposa em seu colo, que tremia, mas ele colocando seus dedos por entre o pelo castanho a fez se acalmar. E a raposa, com seus olhos negros, que brilhavam somente conseguiu falar:
- Por favor, me cativa?
- O que quer dizer "cativar"? Perguntou o príncipe, com os olhos fixos na raposa deitada em seu colo.
- É algo há muito tempo esquecido - disse a raposa - Significa "criar laços". Significa que você é para mim diferente de todos os príncipes e caçadores que encontrei por aí. Que para ti não sou uma raposa igual a cem mil outras raposas. Se você resolve me cativar e eu também te cativo, nós teremos necessidade um do outro. E eu serei único para ti, e você será único para mim...
- Entendo! - disse o príncipe - Um dia, uma flor me cativou. Ela era única para mim...
- Nada é perfeito! - suspirou a raposa, logo em seguida retomando seu raciocínio - Minha vida têm sido muito monótona, eu caçava galinhas, os homens me caçavam. Todas as galinhas se pareciam, todos os homens também. E isso realmente me incomodava, sabe? Mas se você, meu príncipe, resolver me cativar minha vida será cheia de sol.
Então a raposa calou-se e observou por muito tempo o príncipe, que somente a acariciava por entre os pelos castanhos:
- Por favor... cativa-me! Disse a raposa.
- Sim - disse ele - o que é preciso fazer? Diga-me que farei.
- É preciso ser paciente - respondeu a raposa - temos que nos encontrar todos os dias, e conversar, primeiro a distância, mas aos poucos você chegará cada vez mais perto. E todo dia tem que voltar.
E assim o pequeno príncipe fez, e todo dia ele voltou, e assim cativou a raposa. Todos os dias um pouquinho mais".
Cativar?
O que de fato desejas?
Permanecer entre as vírgulas?
Quem dera se esta sua abstrata sensibilidade, fosse guiada por novos rumos, e não se privasse do desconforto da duvida quando diante de teus próprios anseios.
Sua observação... "indefinida", me dispersa, me irrita, e a ausência de uma ação causou a reação de uma entrega que não aconteceu, seria este um ato singular?
Escrever fascina... mas esclarecer supera o êxtase.
Gosto de quem olha nos olhos e fala! Nada de linhas e entrelinhas. Eu quero ouvir o som, o som daquilo que não estará transcrito em livros ou manuais de instruções.
Seja claro, para não ser esquecido.
Porque não estou propensa a te esquecer!
Mas lhe digo, meu coração não tem uma cadência definida, é imprevisível, e subliminar!
Descompensado e descompassado, e em muitos momentos chega a ser débil, mas possui um senso prático de escolhas e se basta quando farto de amores assimétricos e sentimentos imprecisos.
É eminente que me enxerga como louca, confirmo de fato sou, as paixões me movem...
Mas como não se alterar? Abster-se de escolhas? Preferir o caminho avesso as sinuosidades?
O não escolher, por si já é uma escolha.
Então que seja o afeto explicito o principio, desta desordem, que seja a causa e efeito o perfazer desta amizade visceral.
Não tenha muita pressa, mas tente não se ater, pois se não houver em ti desejo suficiente para apreciar a curiosidade, a inércia lhe consumirá.
Não sou feita de meros toques, ou retoques, sou apenas uma versão absolutamente mutável, governada por valores, instintos, crenças e intuição.
As vezes me observo e bem lá fundo e me assusto!
Há ainda tantos anseios, vontades certamente insanas para olhares que guardam sua obsoleta lucidez na gavetinha de cabeceira, mas não me privo de tê-las e desejá-las, e querer realizar cada uma delas a meu momento. Tudo bem eu sinto que a qualquer instante tudo vai se tornar numa grande tragédia emocional de caráter generalizado onde certamente irá atingir alvos não previamente estabelecidos. Mas fazer o que se nunca tive uma cabeceira, nem tão pouco a gavetinha?
Sei que há por ai um certo ditado que diz: "Quem muito quer nada tem"
Eu particularmente o considero de péssimo gosto, pois isso tem cara daqueles tipinhos que são dados ao comodismo.
Como não desejar muito?
Fico aqui imaginando aqueles que realmente fizeram História, os grandes inventores, criadores, pesquisadores, artistas, personagens fantásticos que pisaram aqui na Terra e mudaram o mundo, ali sentados contemplando o infinito e se permitindo a tal condição de pensamento?
E você ai deste seu observatório, analisando as fontes de energias, gerando emoções, retardando reações e comprimindo corações, fará o que para sair da caixa ?
Consulte seu terapeuta, pois certamente ouvirá que minha presença é prejudicial a sua saúde.
Mas se mesmo assim, desejar correr riscos, então pare de pesquisas no Google, nada que encontrar chegará perto de uma definição coerente. Lembre-se não sou nenhum ratinho de laboratório, não estou a espera de analises.
Sou apenas a raposa.
Rê Pinheiro.
Há muito tempo que eu havia deixado de acreditar no príncipe encantado com seu lindo cavalo branco,em alguém que eu não conseguisse viver sem, não pensava mais em ‘’foram felizes para sempre’’. Na verdade a vida por si só tinha feito com que eu deixasse de acreditar nisso. A vida pegou todos os meus sonhos de Barbie e de romances de cinema e jogou tudo na privada no dia em que levei meu primeiro fora. E depois de chorar litros de lágrimas eu decidi que não pensaria mais em felizes para sempre. E mesmo depois de tanto tempo, eu continuo não pensando. Não penso em contos de fadas, nem em amores eternos como no Titanic. Conforme a idade vai chegando, você acaba percebendo que a vida real é muito mais interessante. Nos contos de fadas, a princesa nunca acorda o príncipe domingo de manha e faz amor com ele escondido, o príncipe nunca discute com a princesa dizendo que tem ciúmes do vizinho, a princesa nunca fala mal da roupa do príncipe rindo da sua cara por sua calça ser grande demais pra ele. A princesa nunca obriga o príncipe a comer maionese, e o príncipe nunca obriga a princesa a comer catchup como prova de amor. No conto de fada, o pobre príncipe tem que conhecer o rei, na vida real, é só conhecer o pai mesmo (apesar de que eu acho que conhecer o rei, nesse caso, é bem mais fácil). Nas histórias, o príncipe não ri do cabelo bagunçado da princesa, e a princesa nunca fala de boca cheia. Tudo isso porque contos de fadas, são só contos de fadas. A vida é bem mais que isso. A vida é bem mais engraçada, mais divertida, mais picante também. Sinceramente, eu não troco meu homem por um engomadinho das histórias de reinos encantados. Não troco minha história com ele por um simples final feliz e viveram felizes para sempre. Que para sempre é esse? Eles brigaram? Reconciliaram-se? Viveram uma crise financeira? Discutiram sobre a comida do jantar? Vai saber... Esse viveram felizes para sempre deles não me satisfaz, e feliz de mim que cheguei a essa conclusão. Não quero passar a vida beijando sapos a procura de um príncipe.Eu tenho em casa algo muito melhor (e já me dá um arrepio na nuca em pensar que nesse momento ele está me esperando cheio de amor pra dar). Isso que ele nem vem me buscar de cavalo branco, a gente vai de ônibus mesmo. E olha, não que eu não consiga viver sem ele, é só que eu não quero viver sem. Não vejo graça em viver sem. Não quero promessas de finais felizes e de vamos viver felizes para sempre. Quero apenas o que tenho, amor de sobra, pra dar e vender. Quero apenas ser feliz, sempre.
Gostar de alguém nunca foi tão difícil pra mim e, agora, eu não tenho mais a desculpa do príncipe encantado me esperando. Eu que já não sou princesa florida há tanto tempo. Sou a plebéia de cabelos desgrenhados, vestida com maltrapilhos de hipocrisia. É a vida real, é a minha vida, apesar do linguajar não é um conto de fadas, poderia ate ser, mas eu que pedi tantas vezes a Deus pelo príncipe encantado montado a cavalo branco e de pura raça, com a crina lisinha e alinhada, acabou dando tudo errado. Deus até que me ouviu, mas não direito, talvez ele tenha entendido errado e me mandou um cavalo mestiço com a crina espetada ao invés de um lindo príncipe. Pense, pedi um príncipe e ele me manda um cavalo, acertou no mamífero e errou na questão da raça (apesar de que a ignorância de ambos diferir-se apenas em pequenos aspectos).
As vezes eu paro pra pensar, e vejo que é muito difícil achar o nosso “príncipe encantado”, e que ele talvez nem se quer exista. Muitas vezes perdemos oportunidades porque esperamos achar o par perfeito, mais damos de cara com a imperfeição de todos. Mais imagine, se ele fosse perfeito, seria tão chato né? Não teria o motivo de uma briguinha pra depois fazerem as pazes, não teria aquilo que agente queira tanto consertar nele. Séria uma vida monótona, aquela que todos os dias seria a mesma coisa, vê-lo e simplesmente matar a saudades, ou apenas ligar pra não dizer que não ligou, porque não teria nada exatamente pra perguntar.. nem pra dizer: como foi seu dia hoje? Não teria pra que, porque um dia você iria ver, que não precisa mais ligar, ele é tão perfeito que faz tudo certo todos os dias! É tão bom, ter algo pra ajudar o outro a melhorar, é tão bom agente saber que esta contribuindo para que o outro seja uma pessoa melhor (: a procura pelo namorado perfeito, é simplesmente inútil! Quando achamos aquele que nos faz tão bem, aquele que agente se sente bem quando estar com ele, aquele que agente chora só de saudades que sente dele, aquele em que matamos e morremos por ele, vemos que ele é aquele mais imperfeito, vemos que ele é aquele que mais é diferente de você, e é por isso que eu tanto acredito na lei de que os opostos se atraem. Porque quando estamos apaixonados, muitas vezes não queremos que o outro saiba disso? será que por medo de que ele, por saber que já lhe tem nas mãos, perca a vontade de lhe conquistar? Pode ate ser, mais as vezes temos que deixar esse medo pra lá, e não ter medo de expressar nossos sentimentos, porque muitas vezes, por medo de expressá-los, perdemos a pessoa em que amamos, e depois talvez já seja tarde demais! É tão triste quando a pessoa que amamos esta com outro, nos sentimos tão mal, que não conseguimos abrir o nosso coração para outra pessoa. Será que existe amor a primeira vista? Ou será que isso é mera coincidência? Eu acredito que sim, existe amor a primeira vista! Nós é que não percebemos que esse fato ocorre. Quando vemos aquele garoto que, olhamos pra ele não por ele ser bonito, e sim porque simplesmente olhamos, daí não queremos mais tirar os olhos dele, e queremos o ver todos os dias.. eu acho que é aí que esse fenômeno ocorre. Por mais que deduzamos que não, não queremos nada, absolutamente nada com ele, que algo a mais que amizade, com ele, seria impossível tudo mais, parece que é ai que o cupido nos flecha de propósito mesmo; parece que ate vemos a cena de aquele anjinho que vem aqui na terra só pra nos fazer ficar apaixonadas, vim e nos flechar logo quando estamos mais frágeis. Ter em quem confiar, saber que quando estivermos tristes teremos alguém para enxugar nossas lagrimas, e tudo mais, isso é tão significativo pra nós, mulheres. E quando dizem que o primeiro amor, jamais sai da gente é a mais pura verdade. Quando pensamos que é um passatempo qualquer, ou uma aventura de amor, ai é que nos desabamos por aquele que nunca aviamos pensado, que jamais tínhamos pensado que nos deixaria desse jeito. E depois que somos flechadas, para se retirar essa flecha dói, sofremos ate demais. Nosso mundo vira o mundo dele, fazemos com que ele seja feliz de toda maneira, porque temos pra nós mesmas que a felicidade dele, é a nossa felicidade. Mais porque o deixamos apossar de nossa felicidade, porque colocamos a nossa felicidade nos outros? Assim, nunca seremos realmente felizes! Todo dia, a todo momento ele fica presente em nossos pensamentos, mesmo com o passar o tempo, o primeiro amor, é único. Mais se dizemos que sem ele não vivemos, como estaríamos vivendo agora? Sem ele? Será que dizíamos essas coisas de que sem ele não vivemos ou sei lá, só por dizer mesmo? Ou será que realmente é verdade? Sim, quando se é amor mesmo, não conseguimos mais viver sem ele! Nos conseguimos sobreviver, mais viver? Já não mais! Mas nós não temos culpa de estar o amando, nos não mandamos em nossos corações. É inútil pensar que o tempo faz com que esqueçamos, possa ate ser que um outro venha e preencha o nosso coração, mais como já havia dito, o 1º é o único. Mais o único o que? O único homem que existe? Não.. simplesmente o único que nos faz feliz! Mais por parte temos culpas, porque deixamos acontecer e, por uma historia que se alongou, fantasiamos de verde uma historia incolor. É mais do que desejo, é bem mais do que amor, é o que estar todos os dias em nosso sonhos.
Existe os que acreditam que é melhor só do que mal acompanhado, e os que acreditam que ruim com ele, e pior sem ele ;s teorias são sempre exatas, e se acreditássemos em teorias, seriamos pessoas melhores. Se acreditarmos na teoria de que melhor com ele e pior sem ele, iremos estar alimentando uma eterna dor. E se acreditarmos que é melhor só do que mal acompanhado, vamos ficar sozinhas para sempre, e ninguém gosta disso, ninguém quer se ver sozinha! Por isso, na minha concepção, deveríamos, simplesmente, alimentar um amor que saibamos que é verdadeiro, e tentarmos juntos, sermos felizes, aprendendo, um a melhorar o outro, de uma forma em que nenhuma das partes sejam magoadas. Tem os que dizem que quando começarmos a amar outro pessoa, vamos esquecer o tal do único. É, possa ser que sim, por um certo momento esquecemos.. mais apenas por um certo momento, aquele momento que achamos que estamos “felizes” com o outro. Mais, se a nossa felicidade esta no único, naquele que foi, ou é o nosso primeiro amor, como estaríamos sendo felizes com um outro que ocupou o nosso coração? Nos somos apenas enganadas por nos mesmas, no simples fato de que achamos que estamos sendo felizes. Mais será que nesse enorme labirinto não tem saída? Um dia temos que achá-la. Pra que sofremos tanto, superarmos tantas barreiras por nos dois, pra depois de uma longa caminhada, tudo ser acabado? Seria tão lindo, se depois de todo um certo tempo, vicemos que somos felizes juntos, que a felicidade dos dois só acontece quando há uma corrente de amor.. mais isso não acontece por ambas as partes são bastante orgulhosas para isso, e também pelo simples motivo de um das partes já ter cuidado de refazer a sua vida, e a outra esta se prendendo a um amor, em que acredita que seja impossível de ser esquecido. Mais sempre que a chama de um verdadeiro amor vai se apagando, parece que algo vem para que ela seja reacesa, e volte a queimar. É um ciclo que vive girando em torno de si mesmo e, por mais que a velocidade desse ciclo seja diminuída, ela nunca para! As musicas que o lembram são as que mais nos acompanha a toda parte; tudo quanto é musica que fale de amor, nos lembra ele, como se nele estivessem em todas as histórias de amor! é inexplicável, mais.. por mais que queiremos por um ponto final naquela história, sempre ocorre algo para que isso seja impedido. É que é tão difícil deixar aquele em que amamos, quanto deixar aquele amigo que tanto somos apegados. Agente sempre acha que aquele em que estamos é o eterno, e sempre erramos.. porque tudo tem um fim. Um namoro ou coisa do tipo tem um fim, mais um verdadeiro amor jamais! É mais do que desejo, é muito mais do que amor, é quere-lo a todo instante; é não querer apenas um companheiro. É querer muito mais que um namorado, um amigo.
Aprendi ser a única protagonista
da minha história.
Sem essa de esperar pelo príncipe encantado, ou um beijo para me despertar no final do ato.
Tomei o controle das rédeas, coloquei o meu melhor sorriso no rosto e um pouco de malícia.
Ocupei o trono, que era à mim predestinado,
nesse incrível teatro que se chama vida, eu deixei de ser uma mera coadjuvante.
As pessoas se concentraram tanto no príncipe segurando o sapato perdido da Cinderela que não perceberam que o verdadeiro final feliz foi o momento em que ela percebeu que era corajosa o suficiente para ir ao maldito baile sozinha.
"Sim, meu príncipe, era mesmo uma pomba,
só que agora já voou..."
[É preciso aproveitar a ocasião. Este provérbio é o desfecho da conhecida história em que, numa caçada, o príncipe em vez de disparar logo sobre o objeto, enredou-se em longas discussões com seus acompanhantes sobre se se trataria de uma pomba ou de uma pedra, até que o objeto (era uma pomba mesmo) escapou voando...]
Um príncipe deve, portanto, aconselhar-se sempre, mas quando ele entender e não quando os outros quiserem; antes, deve tirar a vontade a todos de aconselhar alguma coisa sem que ele solicite. Todavia, deve perguntar muito e ouvir pacientemente a verdade acerca das coisas perguntadas. Até, achando que alguém, por qualquer temor, não lhe diga a verdade, não deve o príncipe deixar de mostrar o seu desprazer.
Niccolò Machiavelli - O Príncipe - cap XXIII
Princesa linda, se faz de difícil, distante, aí o príncipe resolve ficar com a plebeia que é simples,presente e menos concorrência
Você não é meu primeiro príncipe encantado. Você não é real. Somos apenas boas ideias na mente um do outro. E elas se tornam más quando entram no mundo normal.
Esbórnia noturna
Oscuridad de la noche
o pequeno príncipe perde sua realeza
não existe guarnição
homens vorazes invadem seus jardins
à procura de corpos ávidos
excitados pelo desejo de possuir
caminham solitários, atentos, silenciosos
resguardados pelo véu da obscuridade
homens sem rosto, sem identidade, sem memória
se olham, se reconhecem, se aproximam
são herdeiros da mesma natureza
descendentes de Afrodite
Oscuridad de la noche
ouve-se um gemido monótono
todos os homens correm na mesma direção
reclinado sobre as raízes do velho cedro
um jovem rapaz, de ares ingênuos
esmoreceu-se, está dormindo
sobre a pele alva do seu rosto
o néctar opalino de Eros
Sabe aquela vontade de ser acordada com um beijo apaixonado do príncipe encantado? Na verdade nunca tive. Uma xícara de café bem quente faz o mesmo efeito e me livra do risco da desilusão.
“Como te tirar de mim se está impregnado por tudo?
Se sonho com seu cheiro e acordo com a boca pedindo o seu gosto?”